"o fundamentalismo epidemiológico provou-se errado". 918 mortes em mais de um ano de pandemia. 33k casos desde o seu início. A título de comparação, o Brasil tem esses números diariamente. Diariamente. A Austrália, com 1/10 da população brasileira, teve vários eventos que não foram cancelados. Shows com público. Mas para o Demétrio, isso está errado. Liberdade mesmo é permitir que o pessoal morra pelo direito de pegar um cinema em plena pandemia. No país do contrário, a foca aplaude a orca.

Demétrio está equivocado quando afirma que "o fundamentalismo epidemiológico provou-se errado". Os números falam por si. A Austrália teve apenas 915 mortos, uma das menores taxas por milhão de habitantes. É incoerente dizer que os lockdowns não funcionaram.

Há uma diferença fundamental: a França e a Austrália adotaram caminhos diferentes mas legislados nos respectivos parlamentos. Há unidade na representação. Aqui, como faltou a coordenação nacional, cada gestor fez o que lhe deu na telha, assim como, em consequência, cada cidadão e cidadã. O presidente não assumiu, ao contrário, tergiversou, o congresso assumiu em parte, face ao efeito demonstração vindo dos EEUU e Europa, os governadores tentaram voluntaria e descoordenadamente.

Demétrio assistiu ao vídeo e teve uma recaída Libelu... MAM

Quem se recusa a tomar a vacina, por qualquer motivo que seja, se torna uma ameaça a saúde dos outros. Portanto, devem sim ser isolados e só liberados depois de devidamente vacinados.

Estou começando a acreditar na inexistência do interesse coletivo brasileiro. A predominância é sujeição ideológica, rancor, sectarismo doentio e intolerância. As traduções são os ataques antidemocráticos que chegam de todos os lados. .../Claudia F.

Com o devido respeito, comento que você pode estar confundindo direitos, Demétrio. É notório que pesquisas ainda estão aferindo o poder das diferentes vacinas pro covid e suas mutações mas, já atestam suas eficácias. Considerar que mentiras sobre a qualidade de tal ou qual vacina oriente demandas vacinais do SUS a escolhas brotadas destas desinformações é uma quimera democratista sanitária.

Apropriadamente "rebanho" que, de fato, Bolsonaro tem. Não quero repetir o ilustre professor, apresentando aqui um arremedo de verdade. Quero lembrar que, numa situação tão atípica como esta pandemia, não serão as interpretações preferidas das falíveis leis a nortearem todas as ações. Quer dizer, só vamos saber o que foi certo ou errado, daqui a algum tempo. O norte é seguir a ciência na direção da salvação de mais vidas.

"Há uma certa graça nas... " palavras do Prof. Demétrio Magnolli (brilhante, diga-se!) desde que, há pouco tempo, resolveu ser uma espécie de double do Pedro de Lara. Tudo está errado para ele. Nesse artigo ele resgata algumas interpretações prontas de direitos individuais para apontar o seu norte magnético austral. A julgar pelos preceitos que ele recupera, possivelmente encontraríamos justificativas para que nosso presidente, legitimamente eleito, decidisse pela imunidade de rebanho.

O bolsonarismo vive e sempre viver, porque a extrema direita existe e sempre existirá em qualquer lugar do mundo. No Brasil dos anos 30 a 50 existiu o integralismo, que era a direita extrema,com 8 a 10 % dos votos.

Magnoli está sendo dissimulado. Quem estuda comparatística, sabe que comparações cessam na distinção. França e Austrália têm governo central agindo para debelar a pandemia, sendo a França um estado unitário, não federativo. E isso faz toda a diferença. No Brasil, o G. Federal lutou até março de 21 pela imunidade coletiva, se contrapondo à vacinação, razão pela qual, em nosso modelo tripartido de gestão da saúde, governados e prefeitos têm poder de decisão. Quem escolhe, colhe: o rabo da fila.

Defender sommelier de vacina é o fim da picada. Já que estamos falando em interesse coletivo, esses caras frustram os planos de vacinação de Estados e Municípios, procurando postos a quilômetros de sua casa, concorrendo com moradores da região e se apresentando em datas reservadas a outras faixas etárias. Gosto da coluna do Demetrio, mas esse artigo é uma excrescência.

Ê Demétrio, passando pano para Sommelier de vacinas. Não vou me surpreender se você se revelar um deles. Escolher vacinas num momento como esse é uma atitude egoísta que deve, sim, ser penalizada. Todas as vacinas aplicadas no Brasil foram aprovadas pela Anvisa e são seguras e eficazes. Imagine no meio de um tiroteio as vítimas querendo escolher o colete a prova de balas? Pois é...

Também não vejo problema nas pessoas que tentam escolher vacina. O pior que pode acontecer é demorarem alguns dias a mais para se imunizar, na medida em que encontrem (ou não) sua preferida.

Acredito que quem mais errou nesta pandemia foi a (OMS) Organização Mundial da saúde. Errou ao destinar vacinas só para os idosos até vacinar todos os idosos. Se tivesse dividido as vacinas em duas parte, 50% para idosos acima de 60 anos e 50% para trabalhadores abaixo de 60 anos poderia ter salvo a vida de algumas centenas de milhares de vida no mundo.

O bolsonarismo vive por que? Será porque devido ao oxigênio fornecido a peso de ouro por Pacheco, Lira e, sobretudo, Aras? No Brasil, os poderes são cúmplices indissociáveis do genocídio. O PP, o mais corrupto dos partidos, chefia agora o bando, substituindo o bobo da corte Onyx. A fúria de Nogueira pela liberação de dinheiro para o povo do Piauí governado pelo seu rival político revela mais um genocida enrustido. Cara certo para o ideal governo bolsonarista.

Na França não entra em locais públicos sem comprovação de vacina. Mas, de acordo com uma matéria que li aqui na folha, só houve vacinação em massa dos negacionistas, quando a França começou a exigir a vacinação em bares e boates. Dai o pessoal correu, para poder frequentar os botecos... .

O Demétrio sugere uma fila especial para os sommeliers?

o direito individual acaba exatamente quando começa o direito coletivo ainda mais num planeta com 7 bilhoes de individuos

O contorcionismo "teórico" bolsonarista de Magnoli beira a indecência. Ah, Demétrio não é bolsonarista, diriam alguns... Mas a leitura - e releitura... - do artigo só aponta para isso. Não tem jeito: mais cedo ou mais tarde a cobrinha volta ao ninho donde saiu.

Acho que, nesse caso em todos países houve puro arbítrio, apenas com a diferença de neles ser regimentado por leis arbitrárias.

Mas seu Demétrio, peralá: o cara tem o direito de escolher a vacina? Lhe é dado esse privilégio? Se decide não tomar esta, por que não colocar outro cidadão em seu lugar? Epidemiologicamente, o cidadão "seletivo" aumenta o risco dos demais por escolha própria. Por que não pode o poder público, em contrapartida, colocá-lo em definitivo no lugar que ele mesmo escolheu pra si? Eu estou tentando obter uma dose de qualquer coisa aqui em minha cidade, e não consigo. Que cidadania é essa?