Creditar a extensão das fronteiras da então colônia e depois Império somente à ação desbravadora dos bandeirantes é meia-verdade. Sem a ação da diplomacia portuguesa, em especial do negociador do Tratado de Madri (1750), Alexandre de Gusmão, patrono da diplomacia brasileira, esta extensão seria impossível. Há dados que são essenciais. Omiti-los é torcer a História.

Certamente que tomar decisões no calor de questionamentos tão revoltantes não é um bom caminho. O artigo trás uma das muitas soluções. Em Budapeste, pós-socialismo, retiraram todas as estatuas ufanista e monumentos do período e reuniram num parque fora da cidade. Conhecida atração turística bastante frequentada.

A questão nem é se Borba Gato merece ou não ter estátua. A estátua é patrimônio público e não pode ser depredada por arruaceiros filhinhos de papai.

Certamente que tomar decisões no calor de questionamentos tão revoltantes não é um bom caminho. O artigo trás uma das muitas soluções. Em Budapeste, pós-socialismo, retiraram todas as estatuas ufanista e monumentos do período e reuniram num parque fora da cidade. Conhecida atração turística bastante frequentada.

E como você sugere as estátuas das vítimas do Borba Gato? Todas ao lado dele, com um negro sendo segurado por uma corda amarrada ao pescoço, uma mulher com as roupas rasgadas prestes a ser estuprada e um índio morto, ensanguentado esparramado no chão?

Brilhante artigo! Parabéns!

Finalmente um comentário sensato. Um dos grandes problemas das discussões políticas no Brasil atualmente são os discursos estúpidos e binários, como se tudo fosse uma briga entre vilões e mocinhos.

Excelente artigo. Simplesmente impecável.

Parabéns ao articulista: " O texto no contexto", com certeza os Bandeirantes não são os heróis que nossa história propaga, embora vivessem em um mundo selvagem e inóspito. Lembro muito de personagens da história recente que permanecem no esquecimento dos mais jovens, como o Deputado Ulisses Guimaraes, pai da Constituição cidadã de 1988, que tantos direitos inequívocos deu ao povo brasileiro, enfrentando a Ditadura militar com coragem ,liderando a campanha das Diretas Já!

E por que silenciar diante de "encontro sorridente" da autoridade máxima do país com deputada de partido neonazista da Alemanha? Sinal de que o passado mais sombrio da humanidade continua a amedrontar. E no Brasil dos bandeirantes ele é reiterado todos os dias.

Felizmente um bom colunista sensato. Imitamos o hemisfério norte! Concordo que não devemos apagar as homenagens do passado, mas talvez algumas como os nomes de ruas do meu bairro aqui RJ, que homenageia argentinos que comandaram, junto com brasileiros, o massacre do povo paraguaio, Bartolomeu Mitre, General Urquiza, General Artigas, e também o brasileiro que também participou do massacre, Venancio Flores, não precisamos conviver com essas ruas, tendo tantos brasileiros e cariocas merecedores.

De fato, a Coroa portuguesa se estabeleceu com seus sistemas de tributação e justiça nos recônditos explorados pelos bandeirantes, que por sua vez se beneficiaram dos conhecimentos indígenas para poderem adentrar os sertões. A construção de uma 'memória paulista' inserida numa 'memória nacional', na virada do século 19 para o 20, fez dos bandeirantes heróis estilizados; olhando mais de perto, o cenário era mais desolador e violento...

Parabéns ao articulista! "Oh tempos! Oh costumes!" (Cícero no senado romano).

A destruição de monumentos nunca foi problema no Brasil. Tudo depende o que esse monumento representa, explico: O Monumento Eldorado Memória, projetado por Oscar Niemeyer para homenagear os dezenove sem-terra mortos durante o massacre de Eldorado dos Carajás foi destruído duas semanas depois de sua inauguração. O Memorial 9 de Novembro, também de Oscar Niemeyer, em homenagem aos trabalhadores mortos na Greve dos Operários de 1988, também. O problema é destruir símbolos que representam a elite.

Parabéns ao articulista! "Oh tempos! Oh costumes!" (Cícero no senado romano).

Bom dia, Joel! Ao ler o texto, fiquei atônito; sobretudo com esta passagem: “Bons ou maus, devemos muito a esses homens que se lançavam na mata por meses, sem saber se iriam voltar.” Não penso que atear fogo em uma estátua seja a melhor forma de lutar contra o passado; mas, acho que o passado histórico precisa ser contextualizado com a História nos dias atuais. Os meios não podem justificar os fins.

Exige tempo, recursos e alguma leitura, nem precisa ser muita, para compreender o comentário do articulista; que possui cores e contrastes nem tão sutis assim; como todos estamos com pressa e a formação escolar é capenga, a balança moral é sempre rápida e "infalível". Que a utilizemos sem dó para o progresso da nação.

Garanto que se essa estátua horrível fosse implodida não faria a menor falta para a cidade. Se fosse uma estátua do demônio seria a mesma coisa. Parece que os defensores da escultura desse borba gato se esquecem dos seres humanos que foram dizimados pelos bandeirantes simplesmente por serem os verdadeiros brasileiros. Homenagear um bandeirante assassino é como se o povo judeu erguesse uma estátua para homenagear Adolf Hitler. Se alguém tem de de ser homenageado é o Índio brasileiro.

A par de uma injustificável defesa de um matador de índios e negros, em nome de um discutível progresso da civilização , o articulista , nem a Folha , cogitam sobre a verdadeira matiz ideológica do grupo autor do incêndio . Seria da esquerda ou da direita?

E o mimimi saiu das obras de Monteiro Lobato e chegou em Borba Gato. Quem será o próximo????Brasil um país de mimimi!

Estátuas em lugares públicos são como homenageamos pessoas e glorificamos suas imagens. É óbvio que a história tem suas nuances, mas é justamente por isso que a estátua de Borba Gato mais serviría num museu, amplamente cercada de informação sobre sua pessoa e sua época. Caso contrário, é apenas mais um caso de deificação (como no caso dos imperadores romanos) ou culto a personalidade (como vemos no caso de vários ditadores por aí).

Estátuas em lugares públicos são como homenageamos pessoas e glorificamos suas imagens. É óbvio que a história tem suas nuances, mas é justamente por isso que a estátua de Borba Gato mais serviría num museu, amplamente cercada de informação sobre sua pessoa e sua época. Caso contrário, é apenas mais um caso de deificação (como no caso dos imperadores romanos) ou culto a personalidade (como vemos no caso de vários ditadores por aí).

Se, ao invés de sermos um gigante territorial impiedoso e injusto com o seu povo, cheio de uma certa noção de ordem e um progresso perverso, fôssemos uma nação menor mais justa e mais respeitosa com o seu povo seria muito melhor. Não vejo problemas com isso. O problema é que a caça ao ouro, aos pretos e aos indígenas - portanto, desde logo em desconsideração pelos direitos humanos - ainda são nosso maus fundamentos não resolvidos.

Se a idoneidade moral de Borba Gato aponta as atrocidades dele contra os povos brasileiros, ele não precisa de uma estátua. Nao devemos nada a este senhor. O que é a expansão do território diante das vidas perdidas nas mãos deste senhor? Ele é uma ofensa a todos nós. Muito infeliz seu texto.

Porque foram aqueles que alargaram o tamanho do Brasil. É o mesmo que reconhecer nossa existência graças aos nossos antepassados. Isso já não é o bastante?

Joel, por que não tem mais nenhuma estátua de Hi tler na Alemanha? Ele acabou com a inflação e desemprego, recuperou a indústria alemã que estava arrasada. A medicina avançou décadas em apenas 6 anos e o orgulho alemão foi revigorado.

Não foi uma publicidade da folha sobre como mentir só falando a verdade que ganhou um prêmio? Taí a fonte do Joel

Vou propor que o bairro carioca Recreio dos bandeirantes seja Recreio dos tupiniquins.

A oligarquia ofendida por seus bandeirantes heróis. Tomara que o articulista não seja chamado a analisar a obra de Hitler.

É só colocar estátuas das índias violadas por ele ao lado de Gato Borba e tá tudo ótimo.

A questão mais importante agora não é o mérito ou demérito dos bandeirantes, mas o direito de um grupo sem representatividade decidir sobre a paisagem urbana. Vândalos. E a questão dos bandeirantes também está mal colocada. Não foram seus contemporâneos que ergueram as estátuas, mas as elites paulistas com grana, mas sem o status nobre das cortes no Rio. Visava enobrecer o brasileiro contra europeu. Tudo isso faz pouco sentido hoje, mas essa não é a forma democrática de decidir.

Gente, coitados dos bandeirantes! Eles não eram moralmente inferiores a quem eles mataram, estupraram, roubaram e torturaram, eles eram só mais fortes belicamente. Ô dó. Joel, me desculpe, gosto muito de suas análises, mas hoje você foi muito infeliz.

Excelente artigo, mas deixo aqui uma reclamação contra o responsável pelos hyperlinks, que muitas vezes não têm relação com o texto destacado. Por exemplo, no trecho 'No caso de Borba Gato, chegou mesmo a viver entre os índios por quase duas décadas' o link leva a uma humorista fazendo piadas, e não, como esperávamos, a texto que dê mais detalhes sobre o convívio de Borba Gato com índios. Talvez o responsável pelos hyperlinks deva aprender quando e como utilizá-los, e qual a sua finalidade.

Ok, pelo raciocino dos iconoclastas revisionistas, os bandeirantes foram maus brasileiros. Quem são os bons? Antônio Conselheiro? Marighela? Brizola? Lula? Prefiro um ousado Borba Gato que construiu um país a um macunaimico Lula que o enganou e roubou. Esses posmodernistas piromaníacos devem estar agora buscando o pedalinho de Atibaia para colocá-lo no lugar do bandeirante queimado. Tristes trópicos.

Bom, pela mesma linha de raciocínio, a Alemanha deveria erguer estátuas em homenagem a nazistas, por expandir suas fronteiras durante a Segunda Guerra e serem tecnologicamente superiores a seus adversários. Afinal, pelo que o Joel diz, eles não fizeram genocídio com os judeus, como os bandeirantes não fizeram com os indígenas. Foi apenas pq eles queriam que a Alemanha fosse grande e pq eram belicamente superiores. Também devemos pensar em quanto o mundo evoluiu tecnologicamente por causa deles..

Um país que fez do seu mais cruel e sanguinário ditador, Vargas, um heroi da Pátria, vai se preocupar com um Borba Gato?!

Um país que fez do seu mais cruel e sanguinário ditador, Vargas, um heroi da Pátria, vai se preocupar com um Borba Gato?!

"Desbravar" matas e sertões é um eufemismo para matar e roubar. Joel aqui tenta acobertar o seu racismo com nacionalismo tosco. Se isso aí é a "direita de oposição" que vá pra mesma lata de lixo dos fascistas por que a diferença é só de tom, não de ideologia.

Por que uma coluna defendendo Borba Gato em pleno 2021? Difícil ler tantos absurdos. Sinceramente, é preciso estudar História, viu? Não é possível sair escrevendo tantas distorções e achar que construiu um pensamento político, histórico, que contribuiu para alguma reflexão. Ao contrário! Fez um grande desserviço aos desavisados!

Enquanto o Brasil caminha para 600 mil mortos, viúvas e sabé-se lá quantos órfãos, e mais de 30 milhões de desempregados, estupidos gastam seu tempo em queimar estátuas, como se com isso apagassem o passado ou advertissem para o Futuro

Uma estátua em homenagem ao maior passapanista...bom, maior de nada. Só mais um.

Excelente texto. O estudioso do passado não é um juiz, muito menos juiz enforcador. Afinal, a história não pára e temos muitos anos de mudança pela frente. A busca por culpados sempre leva a enganos, quando não a injustiças.