(2)Tanto é verdade a razão dessa impressão, que não tenho problema nenhum- nem mau gosto na boca, nem nada- com o empate no caso da natação, pois ambos se esforçaram (tentaram) ao em vez de decidirem na conversa e, pelo contrário, fico mesmo é pasmo com a coincidência. Enfim, muito bonita a amizade dos dois.

(1)Sobre o episódio das medalhas, só acho que teria sido mais interessante se ambos, em mais um round, tivessem tentado saltar mais alto- pela simples diversão de testar os próprios limites em uma competição amigável- e somente depois, no caso dos dois falharem, ocorresse o que ocorreu. Do que jeito que fizeram, pra mim e também para muitos, ficou a impressão que eles "desistiram" pelo simples fato de não tentarem (afinal de contas, o que vale é tentar kkkk).

Algumas modalidades de esportes como a natação admitem a possibilidade do empate, se ocorrerem, sem a hipótese de continuidade da disputa. Nesse sentido, seria interessante a discussão sobre estender a outras modalidades possíveis situações de empate, o que não elimina competir. Juca Kfouri, lamento pela agressividade do leitor que te acusa de racista. Você não merece manifestações raivosas e sem propósito como essa.

A metáfora (civilizada) da disputa esportiva é a da batalha primitiva, por esse viés, ela só termina quando um vencedor se impõe. Nos tempos modernos, a vitória não implica inimizade muito menos o risco de “perder o amigo”. Dito isso, não concordo com o compadrio, ou “armistício”, e temo que ele pode vir a abalar o “espírito esportivo” (desta vez, eram amigos e foi “fofo”, mas o que impede “acordos espúrios”?); espero que o Comitê Olímpico Internacional coíba a prática.

No mundo ideal do colunista vira-lata, Copa do Mundo e Olimpíada só podem ser disputadas na Europa, terra de gente branca e civilizada. Por mais que ele dê argumentos para se justificar, sua opinião é basicamente racismo (e auto-racismo) refinado.

Pedagogo e historiador francês é tão controverso como o são alguns médicos franceses que são contra a vacinação. Acho que seria ótimo o comitê olímpico flexibilizar e passar a premiar quem chegar ao ponto ao mesmo tempo. Por que não duas pratas, dois ouros, dois bronzes se a marca for igual, alta e até recorde. Os jogos olímpicos são uma grande escola e o governo brasileiro, seja quem for, deve se preocupar em aparelhar e apoiar atletas desde ja para a próxima.

Certa vez, meu irmão, bem radical, disse que copas e olimpíadas só deveriam ser disputadas na Europa. Eu não discordei, mas nunca tive coragem de defender essa ideia. Talvez agora eu tenha. Quanto ao impasse das medalhas divididas, creio que eles deram seus melhores, não combinaram, portanto usar a regra não tira o brilho da prova.