"Obrigado por Fumar" é um filme que retrata muito bem os interesses desse tipo de corporação. Enquanto houver os recursos e a demanda pelo consumo, haverá a depredação natural dos mesmos, não há ecologia possível dentro do sistema de capitais.

ESG é outro caso do famoso " criar dificuldade para vender facilidade " igual ao ISO 9000. Quem não era certificado em ISO 9000 ficava fora do mercado. Hoje ninguém mais fala em ISO 9000 mas as  "certificadoras " , na esmagadora maioria um bando de inuteis que não entendiam nada do seu negócio mas davam palpite, se encheram de dinheiro.

Ao ler essa coluna do Sr Rodrigo, fiquei na dúvida quando ela foi redigida. 2010? Na época esperava-se das empresas grandes emissoras de carbono essa atitude. Se foi ontem, é totalmente descontextualizada. Vide documento do Painel Mundial do Clima divulgado recentemente. O consumo mundial de qualquer desses insumos cairá drasticamente nos próximos anos, por falta de consumidores.

Não concordo. Chance perdida do xará de não ter citado que nada mais é do que a conhecida estratégia de” lavagem verde” (“green washing”) usada por empresas velhacas.

Alguém acredita que o junky food está preocupado com a saúde, ou com o planeta quando insere o hambúrguer vegano no cardápio? Grupo hospitalar se transforma em empresa financeira, cuja tecnologia aplicada ao supply chain, investimentos, previsibilidade do custo de RH é exuberantemente mais complexa do que a abordagem ao paciente. ESG é só uma sigla cujo significado apenas dá um contorno, um bordado para que tudo continue do mesmo jeito. Prevalece a máxima de que não há almoço de graça.

Quando tivermos sufocado o planeta com microplásticos, quando os incêndios queimarem as florestas todas, quando faltar água para beber e plantar, vou lembrar desse autor que ganha dinheiro convencendo o público no benefício dos que sempre lucraram com morte e devastação.