Opinião > E se ajudarmos os 'sommeliers de vacina'? Voltar
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Posicionamento bastante sensato, perder tempo, recursos e dinheiro registrando e punindo esse pessoal é inútil, no final puni-los não vai melhorar nada, vou mais longe, existem inúmeras situações que punir os "transgressores" resulta em beneficio zero para a sociedade, só serve para aplacar aquele sentimento de revanche.
A saÃda mais adequada é a educação. Se essa não funciona, a vacinação compulsória deveria ser o caso. Talvez a "punição" sejam inadequada. Talvez as pessoas que se recusam deveriam receber punições mais severas como pagamento de multas caras e proibição de circulação em locais públicos. Quando mexer no bolso, eles vão pensar duas vezes.
No caso vc propõe uma passada de pano pra falta de caráter das pessoas. Os danos subjetivos criados por isso podem ser maiores que os objetivos. Eu já penso que o certo seria: recuso, ficou sem. Vai ter os que não irão se imunizar, a galera que tem dinheiro pra fazer turismo de vacina, mas imagino que essa rigidez coibiria a maioria de fazer isso. A passada de pano seria um reforço para quem vê qlqr baboseira no instagram e toma isso como verdade.
"Ajudar" esse pessoal, no caso, seria incentivar esse comportamento; sem nada a perder, as pessoas continuariam tentando obter a vacina escolhida. Se dois ou três podem, então todo mundo pode. Se a maioria da população resolvesse fazer isso também, terÃamos vacinas rejeitadas sobrando e escassez das vacinas escolhidas, ou seja, muita gente não vacinada. Ficou parecendo que o colunista é um desses "sommeliers" que se deu mal e agora está tentando se dar bem (tomando a vacina escolhida).
Também penso assim. Embora ache condenável a escolha de vacina, cabe a pergunta: o que é mais importante? Certamente a vacinação do maior número de pessoas. Então, vamos estimular em vez de sancionar. Como? Por campanhas de esclarecimento e talvez premiações. Por exemplo: o comércio dar descontos aos já imunizados.
A dose que o someliê não toma vai no braço de quem quer tomar. Se tivesse sobrando doses ai quem sabe daria pra ser mais exigente.
Há um outro aspecto. Finalmente chega a vez de a pessoa tomar a vacina, que por acaso naquele dia é a "da boa", a preferida. Ela vai ao posto, mas não consegue ser imunizada porque 6 mil pessoas "sommeliers", que não estavam agendadas para aquele dia, descobriram que era a "da boa" e chegaram antes, e por isso vacina acabou.
Uma polÃtica pública não tem espaço para esse tipo de escolha, principalmente porque o desejo por essa ou aquela é baseado em falsas premissas e fake news. Quer escolher? Espera a disponibilidade de vacinas na iniciativa privada e paga!
Uma ideia seria o governo reservar uma parcela das vacinas/ marcas mais procuradas e taxar. Quem quiser escolher, que pague.
Na prática, esse governo reservaria a "pfizer" e a "janssen" exclusivamente para a venda, fornecendo de graça apenas a "coronavac" e a "astrazeneca". Quem não quiser essas, que compre uma das outras (propina incluÃda no preço). É claro que a maioria da população não iria poder pagar. Mas como todas as vacinas foram compradas com dinheiro público, todos têm direito a elas, não só os que podem pagar por elas uma segunda vez, agora do próprio bolso.
Achei o texto sensato. Trata-se de uma antiga discussão entre o individual e o coletivo. Entendo que o caminho do meio seja sempre a melhor opção: ao mesmo tempo que precisamos imunizar rapidamente a população, não podemos retirar o direito individual do cidadão de escolher o que entra no seu corpo. Na verdade esse conflito tem como origem problemas sérios de polÃtica pública, onde nossos representantes agem com intenso despreparo e displicência.
É, podemos ajudá-los, sim: ao invés de vacina, que tal tomar vergonha na cara? Uma dose dupla de simancol? Uma dose da covaxin a r$ 80? Na verdade, epidemiologicamente, não há perda, pois outro cidadão imediatamente se habilita à dose deixada pelo seletivo. Ele põe a si próprio e ao seu entorno em risco majorado, e mostra baixa consideração pelo esforço coletivo de imunização. Se pego no pulo, que vá para o fim da fila mesmo...
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