Hélio Schwartsman > Divergência convergente Voltar

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  1. Vito Algirdas Sukys

    Curioso é o nome do livro "Just Deserts" que significa "a punição merecida por alguém", embora a pronúncia de 'deserts' seja a mesma que a palavra 'desserts' = 'sobremesas'. É lógico que alguém que é punido por algum crime contra a sociedade não vai ganhar sobremesas na cadeia. 'Desert', como punição surgiu antes no inglês , ao passo que 'dessert' como a sobremesa que se come depois do jantar surgiu por volta de 1600. 'Quicksand' é areia movediça mas se afunda devagar

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  2. Vito Algirdas Sukys

    Daniel Dennet é acusado por Caruso de ser um consequencialista misto, não puro. Caruso admite ser um consequencialista, e que o consequencialismo tem gradações. Dennet diz que não há um sistema legal sem punições, e para o bem da sociedade devemos punir aqueles que poderiam agir de forma diferente, se não tivessem um tumor cerebral. O livro parece ser interessante para aclarar alguns pontos da discussão. O livre arbítrio importa?

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  3. ricardo fernandes

    o que há de novo nessa proposta?

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  4. Washington Luiz Vera Celestino

    Quando eu trato do "helenismo", sou professor de história, eu demonstro para os meus alunos que como é possível divergir sem agressões perguntando - o que acontece quando dois ignorantes se encontram e divergem? E o que acontece quando dois sábios se encontram? - Se você não o que foi o "helenismo", talvez não entenderá o argumento. A ignorância é mãe de quase todos os males.

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  5. JOSÃ EDUARDO FEROLLA

    É difícil encontrar convergência quando ela se torna um argumento simbólico, respaldado por métodos de intolerância, violência verbal e comportamental a serviço de postura ideológica e suposta superioridade moral - aquele lugarzinho cheio de divergências, condensadas em fundamentalismos autocomplacentes que com certeza ignoram as contingências do Universo. .../Claudia F.

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  6. MARCOS BENASSI

    Caro Hélio, hoje acordei mais burrro do que minha média, e tive a inspiração de esperar. Depois do Pratinha, do Ricardo, o Tuga e do Seu Jorge, primo da escherichia, dá pé. Para aqueles que duvidam da importância de "dar o exemplo", uma reflexão científica - especificamente, social-comportamentalista: essa intenção dissuasória baseia-se na aprendizagem observacional. Sem a experiência direta da coisa, apenas observando suas consequências ruins, não vou realizá-lo. [Cont.]

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    1. MARCOS BENASSI

      [Cont.] E até funciona, como "medida de proteção do futuro". Por outro lado, o encarceramento - a experiência direta de quem violou a regra e foi pego - dado seu contexto concreto, não soluciona absolutamente nada: pelo contrário, produz eficaz e eficientemente membros de grupamentos do crime. O cerne evidente de qualquer solução deveria ser o processo de encarceramento, só que não: às vezes dá impressão de ser vingança.

  7. Vito Algirdas Sukys

    A premissa do livre arbítrio não é necessária? A conjectura filosófica do consequencialismo acha que pode justificar a prisão de bestas feras na sociedade. Gianetti fala do Giges-sem-lei à solta. Hume diz que o homem trancafiado sem amizade será infeliz. Aristóteles e Epicuro dizem que sem amizade o homem não vive. Nietzsche diz que a amizade não existe. Uma hipótese empírica fundada pode refutar a conjectura consequencialista?

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  8. José Cardoso

    Só discordo quanto à pena capital. O Hegel escreveu uma vez que as leis deviam ser adequadas aos povos. Aqui em nuestra america, os índices de criminalidade e violência estão nos níveis da Europa século 17. Ao banir a pena de morte, como se vivessemos na Europa atual, terceirizamos as execuções para policiais, milicianos e traficantes "donos do morro". Ela existe e em grande escala, mas sem processo judicial, promotor, advogado e juiz.

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    1. Hernandez Piras Batista

      E, veja você, que, mesmo mantendo a pena de morte, os EUA ainda são o mais violento entre os países desenvolvidos. E os Estados que mantém a pena de morte não são nem um pouco menos violentos do que aqueles que a aboliram.

    2. MARCOS BENASSI

      Eu diria, caro José, que abdicamos da civilidade na lida com o desconforme: escolhemos métodos do século XVII pra reprimir o que não se enquadra. Já seria tempo de prover o mínimo, educar o máximo, exigir o razoável, só que não: estimulamos desejar o máximo, em mínimo tempo, fora do razoável....

  9. Geraldo Junior

    Seria oportuno que um filósofo bonzinho desses convivesse algum tempo com um psicopata, ou trouxesse para sua casa um sujeito como o maníaco do parque e tentasse recuperá-lo. Descobriria que 20% dos presos são psicopatas incuráveis que matariam tão logo tenham oportunidade.

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  10. carlos costa

    caro colunista: notei que já algum tempo seus textos se tornaram estranhamente agridoces, menos acre e mais doces - e algumas vezes insípidos -, aconteceu alguma coisa que seus leitores desconhecem ou vc está em tempo de muda?

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    1. MARCOS BENASSI

      "Tempo de muda" foi excelente!

  11. FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA

    Isso era válido , aqui no Br, antes do cabrunco do Planalto tripudiar sobre a vida de tantos. Estamos em regime de excessão. Pessoalmente não vejo possibilidade de dialogar com o gado bolsonarista.

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  12. Luiz Alberto Franco

    "Universo determinista em que provavelmente vivemos"? Laplace pensava que sim, no século XIX, mas parece que a física quântica detonou essa visão determinista do universo ...

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  13. Décio Ceballos

    Pois é, queremos ser livres, mas tendemos a autômatos. Porque as decisões resultam, não de forma individual, mas de aglomerados. Valem para elas leis similares a da física. Um planetinha atraindo uma pedra b.urra e livre. Uma multidão de seguidores de um político em uma motociata exerce sua liberdade, assim como, um torcedor de futebol assistindo TV decide pela substituição de um jogador. Não importa ser, mas parecer ser, e dai a exploração e a imbecilidade geral.

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  14. Nelson Vidal Gomes

    Livre-arbítrio deve ser distinguido de liberdade, o que nós é restrito é esta não aquele, cujo âmbito é interno e consubstancia a consciência que é irrestringível, exceto pela vontade. Já a possibilidade de discordar sem agredir a tenho testado com sucesso nos sítios de política desse Jornal, eis que, persisto, após atingir a marca de 10 mil comentários, sem revidar aos que me agridem, por denominar o PT com sua verdadeira identidade que é PEB- Partido das Empreiteiras e dos Banqueiros.Namastê!

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    1. Hernandez Piras Batista

      Ninguém tem o direito de dizer mentiras sem resposta. E quem justifica até o golpe de estado em nome de um pretenso moralismo político merece sempre uma crítica severa. Como dizem os bolsonaristas, vitimismo.

    2. Nelson Vidal Gomes

      * o que nos é restrito.

    3. MARCOS BENASSI

      Devo concordar com você em dois terços do acrônimo, caro Nelson: país das empreiteiras e dos banqueiros. Sempre foram muito beneficiados aqui na terra do pau-brasil, por quem quer que estivesse no poder. Em todo o resto, divergimos legal.

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