Hélio Schwartsman > Desafio olímpico Voltar
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Entendi!
Faz sentido a matéria, mas fica a pergunta: por que grandes atletas nem sempre produzem outros bons atletas com seus genes?
porque há o fator que o próprio colunista nomeou como 'loteria cósmica'; tal qual existem vencedores desta, existem perdedores. Não obrigatoriamente a prole de duas pessoas altas será alta também, embora chances sejam de que sim; a mesma lógica se aplica à herança dos genes 'esportivos' dos pais :)
Ora, isso vale para muita coisa na vida: você precisa ter sorte, mas precisa estar preparado para aproveitar a sorte quando ela vier, o tal cavalo encilhado. E mais: se você está sempre preparado, você dá mais chances à sorte.
Hélio é um estraga-prazeres. Deixa-nos com o pouco de esperança que nos restou no que de bom a humanidade é capaz de fazer!
Excelente texto, útil para reflexão sobre o denominado "preparo para a vida".
O Thomas Sowell numa analise sobre as desigualdades sociais, especula sobre um conjunto de requisitos para te colocar no topo. Por exemplo, se há 6 requisitos não adianta ter 5 apenas, porque você estará muitÃssimo abaixo. É o que acontece quando se acerta 5 números na megasena por exemplo. A genética é sempre um deles, mas nas olimpÃadas como em muitos outros casos, está longe de ser o único.
Parafraseando Nelson Rodrigues, ou quem quer que seja, sem sorte não se chu-pa nem um picolé.
O que ele quer dizer sem perceber é que Deus é que é soberano.
Não, é evidente que ele não quis dizer isto. "Deus" não é igual a "acaso" ou "aleatório". Se ele quisesse dizer "Providência Divina", teria dito. O colunista é filósofo, não predicador ou ministro religioso.
O fato é que qualquer um pode chegar a ser presidente.
diria que, pela história recente (pegando exemplos do Brasil e dos EUA), existe não mais a 'sorte circunstancial', como nomeado pelo colunista; acredito que possa chamar este fator de 'azar circunstancial', por se submeter à uma parcela da sociedade pútrida e de péssima Ãndole - classe dos eleitos, e também 'azar constitutivo', que é nascer em alguma famÃlia deste caráter. Quanto maior educação moral e cÃvica, tende-se a termos menos reveses circunstanciais, como refletido pelos presidentes.
O Hélio em sua melhor forma, jogando em nossa frente, com um raciocÃnio impecável e cristalino, verdades que deveriam ser óbvias mas que pouca gente enxerga. Acrescento a observação de que, sem uma combinação excepcional de genes, o aspirante a campeão olÃmpico não precisa nem começar a treinar.
Desafio olÃmpico é o brasileiro suportar diariamente esse desgoverno tresloucado que empobrece a Nação moral, econômica e fisicamente nosso (ainda) Brasil.
Hahaha, há boa piada nisso. Ocorre que nossa relação com os deuses do Olimpo está mais para o sopé do Vesúvio: tamos é na forja de Hefaistos, com as chamas no traseiro e uns Titãs dando-nos marretada na testa. Titãs, obviamente, mais do que como figura de linguagem: a única coisa titânica nesses quadrúpedes é a disposição tetânica de infectar a democracia.
Ôôôôô, carÃssimo, essa é uma ferida que pede por dedos! É impressionante o quanto a sorte, o acaso, tem responsa sobre aquilo que ocorre entre o magma e a estratosfera. É uma quantidade tão grande de variáveis que concorrem para um desfecho que, pessoalmente, acho a noção de mérito um tanto sobrevalorizada. Tratar o componente "esforço" como importante, perfeito; dar a ele todo o valor moral - e o desvalor, quando dá errado - é papo de Formiga SuÃça Protestante com inveja da cigarra sortuda...
Ah, carÃssimo, obrigado da dica. A Dona Maria Homem tem agudeza de uma fina broca alemã de implante, é ótima. Não tá na edição de hoje, né? Suspeito da última ilustrÃssima, mas vou procurar pela autora, será facÃlimo. Grato novamente!
Se ainda não leram, chamo a atenção do parceiro Benassi e do colunista para o sábio e belo artigo ("Deuses do Olimpo') da psicanalista Maria Lúcia Homem sobre o que está por trás da 'sorte constitutiva': a 'trama de vetores' e 'a teia de relações' que vertebram o sucesso de atletas (e, de resto, creio, os dos meritórios em geral). É um verdadeiro ensaio sobre o 'materialismo' epistemológico, que deixa pra trás as concepções ordinárias de sorte e 'milagre'.
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