João Pereira Coutinho > Festejar volta do Taleban é acreditar que o Oriente Médio é como Las Vegas Voltar
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É impressionante como você se coloca distante de uma ingenuidade polÃtica e, ao mesmo tempo, parece que não passou do módulo 1 em geopolÃtica do ensino médio. Os EUA, o maior patrocinador das ditaduras latino-americanas, sob sua ótica, é o maior bastião da democracia. Um absoluto e vergonhoso disparate. Sei bem que não é preguiça ou burrice, mas uma escolha em segui à risca a narrativa de Washington.
Toda vez que leio um artigo de Coutinho, me pergunto: por que diabos a Folha insiste em ariculistas como Rochamonte e, agora, Narloch? Se há Coutinho nas trincheiras conversadores, penso, deve haver outros... Não é preciso insistir em gentes de baixo quilate como Rochamontes e Narlochs. Se é pluralismo o que a Folha quer mostrar, aparentemente, os conservadores devem ter algo melhor a oferecer.
Artigo duro e sombrio, que reflete nossos tempos.
Mais um erro dos americanos. Ficaram 20 anos ocupando o Afeganistão e não conseguiram criar uma alternativa, doaram milhões em equipamentos do exército aos talibãs. E agora? Vão embora, deixam tudo para trás, traem aqueles que os apoiaram. Isso mostra que os americanos não prestam, só trabalham para seus próprios interesses. Nada confiáveis.
Que tal fazer uma analogia: Talibã do Afeganistão com nossos Talibãs cristãos? Lembro-me dos antigos Talibãs queimando videocassetes e k7 em praças públicas, proibiram música em todos os lugares, proibiram meninas e mulheres adultas de frequentarem escolas, somente permitiam orar, orar, orar...Gozo de Allah. Ora, nossos Talibãs cristãos com seus pastores obscurantistas estão aÃ..."Quem tem olhos para ver, e ouvidos para escutar.."
Como diria Caetano, os americanos representam grande parte da alegria existente neste mundo. O taleban que o diga, vão levar um exército inteiro montadinho, na faixa.
Concordo: comemorar a volta do Taleban é coisa de descerebrado, ou do PCO. Mas fazer afirmações pro-intervenção dos EUA, deixando cair pelas bordas os fatos mais importantes, é complicado, se não chega à má-fé. Existiria Taleban se os EUA não tivesse feito uma proxy war na guerra do Afeganistão contra a URSS? Entendo o liberalismo anglo-saxão de Coutinho, só não creio que ele consiga dar respostas a esse problema. Toda ação unilateral, como nesse caso, dá errado. Basta lembrar do Vietnam.
Coutinho é muito infeliz nas afirmações!
Quero ver como serão agora as relações com a China e a Rússia. Ambos tem problemas com minorias islâmicas em seu território, mas se conseguem um relacionamento razoável com o Irã, porque não com os Talibãs?
Eu não vi ninguém da esquerda festejar a volta do Talibã ao poder, com a exceção do PCO, que é uma seita de m*lucos. Agora, é claro que se pode criticar a desastrosa campanha dos EUA, eivada de erros do inÃcio ao fim. Até porque, agora que já ocupou, os EUA tinha a obrigação de fortalecer um governo afegão democrático e moderado antes de ir embora, garantir a segurança. O que os EUA fizeram foi, também, bárbaro. Nem medieval, da antiguidade: guerra de terra arrasada, destrói tudo e vai embora.
Impossibilitando a construção de qualquer coisa de sólida naquela terra, quiçá, por mais alguns séculos.
O texto parece problematizar o papel dos EUA sobre a polÃtica mundial desde os anos 1930 a partir de referências hollywoodianas. No contexto, soa como ato falho a paráfrase sobre Vegas. Posso até imaginar, ao lado das páginas da Folha, o cartaz do Tio Sam colado na parede.
Essa fuga de afegãos do próprio paÃs me faz lembrar a fuga de alemães do lado oriental para o ocidental, com a diferença que a carga ideológica eram tão forte do lado socialista, que muitos preferiram ficar no lado de origem/residência oriental. Às vezes me pergunto se ainda não há ranços ideológicos que ultrapassam os limites da razoabilidade, como no exemplo recente desse grupo extremista Taleban, e também aqui no Brasil: 'se não é petista, é bolsonarista', 'tem que ser Lula/PT em 2022' etc.
Para quem achou a coluna esplêndida, veja aqui nesta mesma Folha: https://f5.folha.uol.com.br/cinema-e-series/2021/08/como-o-filme-rambo-3-ajuda-a-explicar-a-origem-do-taleban.shtml
Como sempre, João Pereira Coutinho foi esplêndido.
Explêndido no racismo e no elitismo, só se for. Eu senti nojo ao ler o texto.
Não é de festejar a vitoria do talibã mas a derrota do EUA sim. Desde a sua independência invadiram diversos paises, patrocinaram golpes de estados, perseguiram ativistas de esquerda em seu paÃs e nos outros. Um pais que tem um sistema de eleiçao indireta e um pais racista não tem moral para dar lição nos outros.
Por outro lado, as outras potências são tão boazinhas...
Quem financiou e treinou a guerrilha taleban? Quem treinou e apoiou Osama? As vezes o feitiço vira contra os feiticeiros!
O conservadorismo religioso é manobrado pelo imperialismo ianque contra o avanço societário na periferia do capitalismo. Ao abrir a caixa de Pandora, os demônios não vão poupar seus libertadores.
A guerrilha do taleban foi treinada e financiada pelos EUA, Osama idem! Se tem ignorante aqui, não sou eu!
Quem financiou e treinou o Talibã foi o Paquistão. Não seja mais um ignorante a confundir o Talibã com a Al Qaeda.
Como no Iraque os estado-unidenses chegam, destroem os barracos, prometem um mundo melhor e depois que se satisfizeram e as coisas complicaram saem fora e deixam a desgraça para os que acreditaram neles. Se virem, diz Biden à s afegãs, cada um com seus problemas e deixa um aeroporto em chamas de herança. Quem precisa de uma polÃcia dessas? Por isso são amados mundo afora!
Os "campeoes" da democracia devem ser lembrados de sua responsabilidade no surgimento do Talibã. Foram armados e treinados pelos EUA na guerra contra a URSS nos 80.
Os EUA financiaram, equiparam e treinaram os mujahideen ("jihadistas") em sua luta contra a ocupação soviética. Porque isso se deu através do serviço de inteligência paquistanês, os recursos eram alocados particularmente aos grupos religiosamente mais fanáticos, que recrutavam militantes do mundo inteiro. Foi nesse contexto de islamismo internacional e radicalizado que surgiu o Talibã, bem como o terrorismo islâmico de um modo geral. Responsabilidade americana, sim.
Não, o Talibã surgiu muitos anos depois da retirada soviética. É mais um que confunde o Talibã com a Al Qaeda.
Só relembrando também que a OTAN derru bou o KADAFI para colocar um regime muito pior na LÃbia, o mesmo aconteceu no Iraque derrubou o Sadam Hussein e morreu centenas de milhares de pessoas com a democracia do EUA. Deixem cada paÃs encontrar o seu proprio caminho. E desconfiem do bom samaritano dos EUA.
As últimas ações civilizatórias americanas levaram a 250 mil mortos no Afeganistão, dentre os quais 60 mil civis, e mais de 600 mil no Iraque. Como está o Iraque hoje? (Afeganistão estamos vendo). E o Vietnã, deixado à própria sorte depois da saÃda dos militares estadunidenses? Está exportando o totalitarismo? Não fico feliz com a derrota estadunidense ou o ataque ao WTC, mas qualquer ação legÃtima tem que passar pela ONU, ouvindo não apenas o conselho de segurança, mas tb os paÃses da região.
Concordo com Bento e me permito ir além: não tem comparação com o Iraque também. A guerra do Iraque foi motivada por dinheiro, essa por combate ao terrorismo. Ainda que tenham fracassado em arrumar ambos os paÃses, a razão da invasão volta para mostrar que o problema afegão é outro.
Não tem comparação a guerra no Vietnã com essa no Afegão. A debandada americana são são semelhantes pêla desorganisação, mas, o povo vietnamita não ficou abandonado, pêlo contrário, foi unificado por um regime e govêrno organisado e responsável.
Como humanista não tenho como defender Talebans. Só acho curioso um buraquinho ali na retórica do colunista. Os EUA, do alto do pedestal de defensores da democracia, patrocinaram uma porção de ditaduras pela América Latina. Eram ditaduras do bem? Matavam pouquinho, como disse o Bolsonaro? Que mundo mais chato que não cabe em uma coluna apressada, né?
Outro que confunde o Talibã com a Al Qaeda. Os talibãs surgiram nos anos noventa, no Paquistão, muito tempo depois da retirada soviética do Afeganistão.
Faltou isso mesmo. Achei o texto bom, até concordo, mas nem precisamos lembrar na América Latina nessa nota de rodapé, pois o taleban é armado pelos USA nos anos 80 para fazer guerrilha com os soviéticos. Logo, justo que tenham gastado trilhões para corrigir o erro, lamentável que tenham fracassado.
Realmente não há o que festejar nessa derrota (mais uma) humilhante do paÃs mais poderoso do mundo. Há sim que se lamentar que eles tenham feito a invasão e a ocupação. Movidos apenas por vingança e interesses econômicos e geopolÃticos e não por questões humanitárias, é bom que fique claro. O acordo para a retirada foi feito diretamente com os terroristas, à margem do governo afegão estabelecido. Deu no que deu. Mais uma traição dos EUA, cujo preço será pago pelo povo afegão.
Fechando, não acho que fizeram por caridade. Entraram lá para caçar o Bin Laden e nao podiam sair deixando o paÃs arrasado para trás. Se viram obrigados a ajudar. O problema, reforço, eles mesmos criaram. Mas a verdadeira traição não é sair de lá, nem mesmo o que foi feito nos anos 80, mas sim não ir atrás do dinheiro que sustenta o terrorismo sunita, que é saudita. Lembremos que o prÃncipe saudita esquartejou um jornalista americano na embaixada saudita em Istambul e ficou por isso mesmo...
Caro Luiz, eu discordo muito... Os USA têm toda a culpa do cenário afegão, mas pelo que aprontaram nos anos 80, quando armaram esses fanáticos para lutar contra os soviéticos. Ao contrário da aventura no Iraque, a invasão do Afeganistão foi para conter terrorismo, sem agenda financeira e com grande prejuÃzo. Vendo a barca furada que se meteram, ficaram para tentar arrumar antes de sair. Não conseguiram. Por fim, ainda que Biden sofra alguns arranhões, os derrotados são os afegãos e seus vizinhos
Quando os Estados Unidos lavam as mãos em problemas de pasises que afrontam a democracia a sujeira só aumenta, e consideravelmente . Estamos todos sós, nessa situação a esquerda também está sem rumo. A tal terceira via, não procede. O Lula depois de presso...
Eles nunca lavam as mãos, só as sujam, e adoram entregar seus ex aliados sos leões quando não lhes são mais convenientes, como fizeram com o povo iraquiano e depois com os curdos, um dos grandes responsáveis por conter a barbárie do estado islâmico, muito similar ao taleban. Patrocinam as ditaduras que convém aos seus interesses. Só não perdoam as violações de direitos humanos em Cuba, que aà já é demais!
Estudantes da religião, dizem ser os talibãs. Inimaginável ver a humanidade retrocedendo em visão de mundo, em liberdade, em fraternidade, em igualdade, tudo em nome do fanatismo. Que humanidade é essa?
Comentarista racista: então o sucesso dos paÃses se deve perante a homogeneidade étnica? PaÃses como o Brasile estariam fadados ao fracasso. Ele realmente acha que Japão e Alemanha são etnicamente homogêneos? A Alemanha e toda a Europa são frutos das misturas entre diversas tribos germânicas, eslavas, celtas, latinas e helênicas. Até os EUA, mesmo quando seus brancos se declaram puros, são uma mistura de diversos povos do Planeta!
Marcelo, seu comentário é de uma estupidez sem tamanho! Aqui mesmo na Folha apareceram fotos do Afeganistão na década de 1960: um paÃs com ares de modernidade, garotas na escola de minissaia, etc. Primeiro: Japão não é Ocidente. Você desconhece aquilo que fala. Segundo: foram as invasões, primeiro soviética e depois estadunidense que desestabilizaram o Afeganistão. Uma sociedade tribal seria modernizada, cedo ou tarde.
Ou você acha que o Japão e a Alemanha, 70 anos antes da Segunda Guerra, não tiveram que, respectivamente, lidar com seus samurais e shoguns e com os ducados e diversidade religiosa (católicos vs protestantes) na Confederação Germânica (resquÃcio do Sacro Império)? Você precisa estudar!
Não foi isso que ele escreveu, é isso o que você gostaria que ele tivesse escrito. No Afeganistão e não só temos uma variedade de grupos que se envolvem em disputas étnico -religiosas que absolutamente não ajudam em nada à integração das nações. Isso em comparação com o ocidente no contexto de Japão e Alemanha destruÃdos pela segunda guerra indica que a possibilidade de unir o Afeganistão para consolidar uma reviravolta sócio econômica e/ou industrial nunca foi uma possibilidade realista.
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