Vera Iaconelli > Djamila veste Prada Voltar

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  1. Alaor Leandro Rosa

    Djamila hoje é a antítese do que pregava antes de ganhar visibilidade. No entanto, o que se vê, é que, no seu íntimo, sempre desejou vistir uma máscara branca. Djamila veste o símbolo da opressão das maiorias subjulgadas por uma minoria. Talvez acredite mesmo que veste Prada.

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  2. Alaor Leandro Rosa

    Djamila Ribeiro, em suas aparições recentes, esbanja narcisismo. Se apresenta como a mulher negra periférica que furou o teto do andar de cima. Gosta de se apresentar com tal, sem perceber, no auge do seu pleonasmo, que foi cooptada para legitimar o discurso racista de que o topo da pirâmide está acessível a todos e todas e não há entraves na estrutura social para que isso ocorra. O único entrave são os próprios afrodescentes que não se esforçam para chegar lá.

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  3. Roberto Calvet

    O sonho dos militantes identitaristas é serem aceitos numa sociedade opressora que é a nossa. O que não tem nada a ver com mudanças na estrutura que faz a maioria negra se contentar com menos. Djamila Ribeiro não me representa.

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    1. Adalto Fonseca Júnior

      Olha Roberto, eu costumo fechar com a Vera, ela como sempre, trouxe muito conteúdo para a matéria, é uma pessoa que tem trabalho intelectual sério na bagagem mas a imagem da legitimação da desigualdade que uma marca de luxo como essa constrói torna este lugar de mera ostentação no mínimo questionável. A classe dominante continua excluindo pessoas de pele preta. A Vera entendeu isso?

    2. Adalto Fonseca Júnior

      Olha Roberto, eu costumo fechar com a Vera, ela como sempre, trouxe muito conteúdo para a matéria, é uma pessoa que tem trabalho intelectual sério na bagagem mas a imagem da legitimação da desigualdade que uma marca de luxo como essa constrói torna este lugar de mera ostentação no mínimo questionável. A classe dominante continua excluindo pessoas de pele preta. A Vera entendeu isso?

  4. Ana Cristina Nassif Soares

    Vera, amei!!!! Estava ansiosa para poder ler seu texto que aquietou meu coração! Obrigada!

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  5. adenor Dias

    SR Kaida, eu não acredito que todos que estudam alcança sucesso, mas sem estudar ninguém chega nem em patamares intermediário...

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  6. RODRIGO NAFTAL

    Vera. Os seus textos são sempre bem reflexivos. Só discordo da sua afirmação de que a misoginia e o racismo são intrínsecos ao capitalismo. O fato de tanto a misoginia como o racismo estarem presentes nas sociedades capitalistas, não tornam os conceitos intrínsecos. Uma das faces do capitalismo, o liberalismo, permite-nos a questionar tais conceitos e buscar a sua superação. Nunca o racismo e a misoginia foram tao questionados, inclusive a sua face estrutural.

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    1. Elzira Eunice

      Concordo ! Infelizmente misoginia e racismo existem em todos os lugares e culturas ! Dizer que são intrínsecos apenas ao capitalismo é coisa de ativista panfletário tipo djamila e a autora do texto!

  7. Maria José de Araujo Costa

    Costumo dizer que chique é poder comprar um produto de luxo e optar por não comprar, por ter outras prioridades. Nao gosto de criticar quem usa, se sacrifica pra ter algo de grife cara, cada um sabe de suas fragilidades. Mas se exercitarmos esse pensamento, veremos que o quanto nos liberta, o quanto nos fortalece.

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  8. Daniele dos Santos Scarcella

    A publicidade foi estruturada em lacre e lucro, desde sempre! Ótimo, que todos possam usufruir disso e se sentirem representados! Djamila e Vera são impecáveis!

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    1. Kaída Kama

      só alguns poucos podem usufruir de produtos de luxo; a moça do comercial representa o seleto grupo das madames. Muito justo.

  9. Daniel da silva peixoto

    Vera o que seria normal? Uma modelo branca no ensaio? Sua visão mostra o colonialismo e o racismo.

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    1. Renata Lima

      Não precisa ser branca, basta não ser militante da causa em questão. Poderia ser a Tais Araujo ou a Naomi Campbell ou tantas outras personalidades pretas. O luxo, especialmente no Brasil, ainda é inacessível para a maioria da população preta, ou não? Por isso soa como um contrassenso. É como a Monja Coen fazendo campanha pra Ambev... Pra mim é a mesma contradição. Mas posso estar errada.

  10. Renata Lima

    Lacrar pra lucrar. É a onda do momento!

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  11. MARCOS BENASSI

    Bela reflexão, dona Vera. Para começar, uma surpresa com a beleza da dona Djamila, é ótimo que ela não tenha abdicado dessa esfera da vida. É bom debater com gente bonita, e a feiúra não tem nada que ver com pensamento de boa qualidade. E, desde que a ação e o pensamento não se confundam com o produto anunciado, que ela se mantenha íntegra, tá fechado, é a vida correndo e as contradições sendo vividas. Acho que ninguém quer que o Criolo ou o Emicida mantenham-se pobres. Pobreza não é pureza.

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  12. André Ramos

    Cada ocasião sugere uma roupa específica, logo: Prada veste Djamila. Assim seguimos, eternamente manipulados.

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  13. José Eduardo de Oliveira

    E ninguém passa ou passou fome por causa disso. Ao contrário dos senhores da casa-grande que não só exploram há séculos os famintos como também tira o alimento que eles merecem, e diga-se de passagem, sempre vestiram Prada...

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  14. adenor Dias

    Que os brancos brasileiros não impeçam que apareça as Djamilas, e que os negros engulam o choro e estudem como Djamila...

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    1. Kaída Kama

      você acredita mesmo que, se os negros estudarem como a moça do comercial, eles subirão na vida. Tomara, né? A maioria das professoras universitárias não ostenta itens de luxo porque não ganha para isso. Não vai ter Prada pra todo o mundo, não. Os pobres que se sintam representados na bolsa da moça. E é só.

    2. E Tavares

      Admiro Adenor Dias. Ele K H pra gramática, mas bate na lata.

  15. Antonio Pinto Neto

    Ela so queria se sentir bonita e desejada, como qq mulher.

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  16. PAULO AFONSO ORSI PEREIRA

    Triste mesmo é ver reações viscerais irrelevantes para a evolução social e repletas de bile reacionária daquilo e daqueles que se apegam a um fracassado modelo concebido para aumentar a desigualdade e a manutenção da exclusão do diverso. Triste! Muito triste!

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  17. Elzira Eunice

    Hilário quando alguém que trabalha em um grande conglomerado capitalista critica o capitalismo como o grande mau a ser combatido .... bom mesmo deve ser viver no socialismo né !?? Fora isso o texto está repleto das mesmas bobagens pregadas pela Djamila !

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    1. Elzira Eunice

      Jose padilha qual a riqueza que é socializada em Cuba ?! liberdade de expressão não é socializada lá tb né !!?

    2. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

      Toca num ponto que a própria Vera abordou de passagem, para defender o socialismo seria necessário fazer voto de pobreza. Mas o sistema socialista, assim como o capitalista, é um sistema produtor de mercadorias, a diferença é que propõe a divisão igualitária dos bens produzidos pelo sistema. A única proposta que conheço de negação desse tipo de sistema foi o hipismo, que defendia e vivia o fim do trabalho e suas relações de subordinação. Socializar é distribuir igualmente a riqueza. Difícil?

    3. MARCOS BENASSI

      Sua crítica é mais ou menos como eu invalidar seu discurso porque você chama Elzira, e não Alzira.

  18. Kaída Kama

    É bom ser rica, né?

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  19. Kaída Kama

    É bom ser rica, né?

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  20. ana maria marques

    A foto está linda mas o sapato não combinou mesmo. Onde é que se vai calçando uma coisa daquelas? E temos uma ótima indústria de calçados. Não deixa nada a dever a essa Prada.

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  21. Jose Fernando Bastos

    Qual o sistema econômico melhor que o capitalista

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    1. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

      O liberal Delfim Neto costumava dizer que o sistema capitalista é o mais eficiente na produção de riquezas mas é péssimo na distribuição, ou seja, a desmistificação do deus mercado como modulador das relações sociais. Está aí um dos problemas do sistema, mas não o único.

  22. Jose Fernando Bastos

    O sistema capitalista é muito mal, mas todos querem viver nele e qual é o sistema econômico melhor?

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    1. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

      A grande de virtude do sistema capitalista é a sua capacidade de produzir riqueza mas o seu calcanhar de Aquiles é a distribuição. Não fosse a presença do estado na regulação da economia e na intermediação da distribuição e ele já teria submergido há muito tempo em sucessivas crises. As sociedades capitalistas aprenderam a conviver com essa mazela graças à capacidade de adaptação do capitalismo ao avanço do socialismo e às lutas dos trabalhadores. O fim do estado seria também o do capitalismo.

  23. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

    Ao contrário da articulista, eu não acho tão legal assim. A questão é que o alinhamento inicial do movimento negro é de oposição à desigualdade extrema (pois as duas questões estão intimamente associadas no Brasil). Ao usar Prada ela não traz os negros para o andar de cima, mas se destaca como a exceção que confirma a regra, já que a aceitação é 100% acrítica, o que passa a servir de chancela aos símbolos da exclusão. Malcom Gladwell discute isso muito bem em Tokens, Pariahs & Pioneers.

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    1. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

      Se o fim do capitalismo for condição para a redução das desigualdades e das discriminações sociais estamos fritos! Alguém enxerga isso no horizonte?

    2. MARCOS BENASSI

      Caras Daniele e Claudete acompanho só superficialmente o pensamento da Djamila, então não sei dizer. Mas só acharia ruim se ela deixasse de fazer uma crítica ao modelo que gera Prada e desejo por Prada. Sim ela participa da campanha mas, em sua reflexão, aponta a contradição do modelo e de sua participação naquilo, instando, com seu pensamento e sua figura pública, a reflexão, para mim tá de boa.

    3. Claudete Moreno Ghiraldelo

      Perfeito, Dannielle! Djamila mais parece uma construção da mídia para ganhar leitores, seguidores, pretos ou brancos. Ela não é uma intelectual, nem mesmo uma boa pesquisadora. Seus textos são tão fracos, tão senso comum, muito centrados nela própria, em suas experiências pessoais. Quando ela começou a ter destaque na mídia, fiquei esperançosa de ver uma mulher negra ganhando espaço, mas, ao acompanhar seu trabalho, tem sido uma decepção. Ela parece muito deslumbrada com a fama. É só isso.

  24. Eduardo Hollanda Porto de Oliveira

    Perfeita a Djamila fazendo a campanha da Prada - que horror, depois dos pobres negros, brancos de todos os tipos terem invadido as universidades, agora ousam usar Prada! - sacudindo o, como diz Elio Gaspar, andar de cima, vem a Vera e revolve de vez o ambiente, com uma crônica perfeita. Uma análise que não deixa pedra sobre pedra do monumento capitalista e ainda alerta para a nova/velha face do capitalismo, a lamentável vertente neo-liberal. Aplausos entusiasmados para as duas!!!!

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    1. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

      Capitalistas que defendem o neoliberalismo, ou a redução do estado ao mínimo do mínimo, a total desregulamentação da economia, são suicidas. O capitalismo não sobrevive sem o estado, o fim deste seria o fim daquele, mas o que eles querem mesmo é recuperar o que for possível do que imaginam que seriam seus lucros se não tivessem existido as ideias socialistas.

  25. Maria Lopes

    A Djamila na Prada rompe tabus e abre espaços para um imaginário social em que uma mulher negra possa circular sem interdições de classe e raça.

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  26. Jurema Nordeste

    Não sei também... estou confusa... pra mim foi como assistir o Suplicy fazendo comercial de um rolls-royce

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  27. ROGER HOEFEL

    Prada representa o superficialidade na máxima potência.

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    1. Gustavo Libra007

      Se representa na "máxima potência" não é superficial.

  28. MARIA STELA C MORATO

    Texto bem contestável. Não para em pé.

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    1. MARCOS BENASSI

      Para começar, cara Maria stela, em dois ou em quatro pés?

    2. Gustavo Libra007

      Então explique melhor. Contestável é uma "contestação" sem argumentos.

    3. Sandra Maciel

      Argumente.

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