O falatório e as planilhas são os mesmos que não explicaram a crise de 2008/2009, o câmbio fixo à custa do juro lunar durante o Plano Real de FHC I e II. Literalmente, não explicam coisa alguma de coisa nenhuma. A inflação de 8% só existe na numerologia astral de Pessoa, porque já passou de dois dígitos nos principais indicadores econômicos. Pessoa não admite, porque sempre fez estimativas otimistas mal informadas, que o país está em bancarrota desde 2017 e o default é a situação já factual.

A boca do Jacaré só fecha quando este governo acabar. Aliás, nenhuma linha sobre a responsabilidade do desgoverno nisso tudo. Né?

Por mal: Taxa de juros elevada.

Garbage in, garbage out. É incrível como o colunista brinca com macroeconomia. Crescimento da economia e renda dos brasileiros depende da Demanda Agregada. Estamos com demanda baixa, desemprego e precisamos ajusta-la com câmbio de competitividade econômica internacional de R$10 (calculado), juro taxa neutra de Zero (como o FED) e investimentos de R$2 trilhões em moradia, EAD, internet e mobilidade. Querer inventar uma taxa de câmbio correta é ideologia liberal, não é Ciência. É desemprego.

Qual a chance de fazermos a coisa certa, com esse desqualificado no planalto?

Segundo o BC, nosso deficit de transações correntes reduziu-se de 25 bi em 2020 para 19 bi de dólares nos 12 meses até maio/21. Mas se continuamos em deficit, não vejo como dizer que o real esteja depreciado. Por outro lado, concordo que o descontrole fiscal com tendência de piora joga lenha na inflação.

As duas soluções costumeiras do colunista: mais arrocho e "reformas" pra "modernizar" a economia e omitir o papel central do desgoverno bolsonarista e dos piores ministro e equipe econômica da história do Brasil.

Com o preço das commodities em elevação e a desvalorização do real, está feito o cenário de paraíso para os exportadores do agronegócio e da mineração. É lógico que isso gera uma transferência de renda para os exportadores e explica em parte o aumento não só da inflação, mas também da desigualdade. O acúmulo de capital por parte dos exportadores pode ser aplicado na expansão da produção, o que em parte justifica o aumento no desmatamento.

Como sempre, os modelos não funcionam, apesar de todos os sacrifícios impostos à classe trabalhadora. Aí vem justificativas diversas, mas as saídas sempre são mais arrochos para os pobres. O nome disso é macroeconomia.

Tudo isto é medo do Lula?