Opinião > Leis que alimentam desigualdades Voltar
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Uma terra onde o sucesso das elites estatais e privadas depende da desgraça do Povo é uma terra fadada ao fracasso e às catástrofes planejadas convenientemente por quem manda.
O livro de Acemoglu é muito bom, mas o autor o usou para fazer um ataque violento no funcionalismo público pelos privilégios que só os servidores do judiciário têm. O que precisamos é reverter e avançar sobre as leis trabalhistas, da previdência, tributária, reformar o sistema financeiro e rever papel do Estado e esquecer o fracassado neoliberalismo.
Professor Zé, não é claro em seu artigo de opinião. Sendo servidor público, por óbvio, imagino que defenda que mais pessoas tenham direitos; não menos. Entretanto, receio que, com seus sofismas, esteja defendendo, por exemplo, que a jornada laboral de todos os trabalhadores brasileiros seja majorada e não diminuÃda. Caso seja isso, este artigo é nausebundo.
Muito bem colocado. Ele pegou alguns poucos exemplos. O livro do Acemoglu e Robinson deveria ser mais amplamente discutido.
Não creio que uma análise, como de costume, baseada na constatação dos efeitos, nos leve à compreensão exata de processos históricos, culturais. Houve, e agora ainda mais, uma intenção aberta, que abandonou qualquer parâmetro de equidade e o combate à s desigualdades estruturais e crônicas do paÃs. "Extração de recursos" é uma bela forma de eufemismo, de escamoteação, para domÃnio dos meios de produção e exploração da força de trabalho, já devidamente analisados por aquele senhor alemão, KM...
Walter Scheidel diz que a desigualdade vem aumentando em grande parte do mundo. Será que há estudos que indiquem que a desigualdade está aumentando no Brasil? Quando essas leis que perpetuam a desigualdade serão revogadas no Brasil? Ainda sabemos muito pouco a esse respeito. As nossas hierarquias polÃticas tornam esse processo de redução da desigualdade muito lento e gradual. A nossa estratificação social e polÃtica não colabora para isso. Os que estão mais perto do poder polÃtico ganham mais.
Caro Vinicius, se pegarmos o Ãndice de Gini como medida da desigualdade em nosso paÃs, vemos o imenso trabalho a ser realizado. O Ãndice varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero menos desigual é o pais. Scheidel dá a fórmula G= 1-1/n, n é a população. Brasil G=0,533; Japão G=0,249; meio rural brasileiro G= 0,727. Entre o campo e a cidade no Brasil há muita desigualdade! Sua sugestão merece elogios.
Prezado Vinicius, concordo plenamente. Nossas polÃticas públicas deveriam ser avaliadas e medidas por Ãndices de redução da desigualdade e pela eficácia. Um pouco de objetividade e evidências empÃricas para melhor escolher entre polÃticas públicas alternativas.
Muito bem colocado, Vito. A desigualdade pose ser medida pelo Ãndice de Gini. Acho que seria crucial que tivéssemos metas de redução do Ãndice de Gini anuais e de longo prazo. Seria também interessante que as reformas fossem analisadas levando em contato esse ou outro Ãndice de desigualdade.
Salvo engano, a classe polÃtica brasileira é a segunda mais custosa do mundo, atrás apenas dos EUA, acrescente-se que também está entre as mais perdulárias.
Como dizia o Eduardo Mascarenhas, um dos principais problemas dos pobres é que seus amigos e parentes são também pobres. O que explica porque as leis tendem a favorecer os que não são pobres.
A instituição de cotas para o ensino superior em estabelecimentos de ensino federais não é coisa nova. À época do governo Costa e Silva foram instituÃdas cotas para agricultores (em especial filhos de proprietários rurais) para ingresso nos cursos de agronomia, sendo assegurada a estes 50% das vagas de acesso no primeiro ano. Era a "lei do boi", revogada alguns anos depois. A diferença é que, a rigor, não havia oposição a esse sistema escandaloso, como injustamene agora se constata.
Agora as cotas visam mais a população desprivilegiada, embora ocorram coisas como alunos ricos de colégios federais ou militares entrando por cotas. O setor público precisa também ser mais solidário com o povo. Agora, o autor do artigo é claramente privatista: silencia sobre empresários, latifundiários, etc.
Talvez tenha faltado neste bonÃssimo texto uma explanação sobre as benesses excessivas e sem sentido dos deputados e senadores. Poderia ter feito uma comparação com paÃses onde estes servidores do povo não têm nem metade das regalias dos nossos. Não têm automóveis, nem motoristas, nem apartamentos funcionais, nem seguro isso e aquilo. Como deputados e senadores estão ligados diretamente à vida do povo, é ali que tudo também pode começar.
Quanta lucidez! Parabéns, que suas palavras reverberem para que se possa focar no que realmente importa neste PaÃs.
A desigualdade é um dado escandaloso no Brasil. No entanto o artigo comete muitos deslizes, omissões e não toca no fundamental da nossa desigualdade: os 1% com mais de 40% da riqueza nas mãos, os gastos suntuários da elite econômica e joga o problema nas costas de servidores públicos x trabalhadores do setor privado. Existem problemas a� Claro, mas será esse nosso maior gargalo social? Eu sou servidor e minhas férias e de trinta dias e a..
Eu concordo com você José. Precisamos dos serviços públicos e os servidores não são - em sua maioria marajás - mas estão em vantagem com relação a situação da maior parte da população - a elite de fazendeiros, empresários e polÃticos passa intocada pelo artigo. A questão é que o funcionalismo no Brasil tem um lobby muito forte, em crise econômica os funcionários do setor privado são demitidos, tem salários diminuÃdos, sabemos que no funcionalismo não é assim, infelizmente!
A desigualdade é um dado escandaloso no Brasil. No entanto o artigo comete muitos deslizes, omissões e não toca no fundamental da nossa desigualdade: os 1% com mais de 40% da riqueza nas mãos, os gastos suntuários da elite econômica e joga o problema nas costas de servidores públicos x trabalhadores do setor privado. Existem problemas a� Claro, mas será esse nosso maior gargalo social? Eu sou servidor e minhas férias e de trinta anos e a..
Digo...é de trinta dias e a aposentadoria atualmente é igual a do setor privado, com teto igual ao do INSS, não existe mais licença prêmio e os anuênios e progressões são definidas em planos de carreira desde a entrada por concurso público. Tem certas regalias em alguns casos? No judiciário sobretudo mas considerar essa a grande trava da nossa desigualdade é pôr de baixo do tapete coisas bem mais importantes e por fim essa fantasia da internet democrática e salvadora tem cheiro de bolsonarismo!
Estava concordando até que li sobre as universidades públicas: as intenções no Brasil são até boas, o problema é a forma como são implementadas. O problemas não está na universidade - que nos paÃses com alta preocupação social é sim gratuita - está na desigualdade de acesso ao ensino básico de qualidade. Agora, porém, temos cotas. Isso o autor ignora. Ele quer o quê? Empréstimos e juros para o endividamento estudantil?!
Seu Pastore, texto de uma clareza cegante; com refinadas óculos escuros na cara, o andar de cima dá boas risadas do senhor. Esta sua reflexão sócio-jurÃdica reflete, neste campo, as contradições e lutas que a lupa marxista enxerga na sociedade e nas relações econômicas de poder. É uma lição (indireta) importante, essa: o materialismo dialético, como instrumento de análise e crÃtica, é especialmente útil; não se precisa compartilhar objetivos e fins, tão-somente aproveitar o poder da ferramenta.
Perfeito! Dito com todas as letras. O rol da desigualdade vai muito além. Os 3 poderes trabalham única e exclusivamente em prol dos ricos e dos seus próprios interesses. Enquanto o povo em geral não tiver educação de qualidade para que haja mobilidade social e conhecimento das razões da nossa desigualdade histórica, nada mudará.
E também não o será pelo poder da internet, cara Jane, podemos apreciar cotidianamente o pior aspecto da "neutralidade da rede": diferentemente da definição técnica da expressão, trafegam igualmente diamantes e estrume pelos cabos da vida...
Este artigo deveria estar estampando na capa e o povo na rua lutando contra isso
Com serenidade e lógica, o Professor José Pastore dá uma aula magna sobre as raÃzes da nossa desigualdade e porque ela se amplia ao longo do tempo.Nos anos 80 o 1%(um porcento) mais rico detinha uma renda igual à dos 50% mais pobres.E assim continua..Faltou incluir neste ensaio várias outras classes de funcionários públicos.
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