Apesar de, no julgamento do caso Raposa Serra do Sol, o ministro Ayres Britto ter explicitado que a CRFB/88 trabalhou com data certa, 05.10.1988, como insubstituível referencial para o dado da ocupação de um determinado espaço geográfico pelos índios, também deixou claro que "a tradicionalidade da posse nativa, no entanto, não se perde onde, ao tempo da promulgação da Lei Maior de 1988, a reocupação apenas não ocorreu por efeito de renitente esbulho por parte de não-índios".

Depois de ler esse texto de "tiozão polemista", leia a coluna de José Reinaldo Lopes, de 04/09, e, especialmente, a de Conrado Hübner Mendes, de 01/09. Para dizer o mínimo, Dedé confunde identidade étnica com "identitatirismo". Pobre. Não sabe o que escreve.

Ótima coluna. Agradeço a ponderação e a coragem de enfrentar os dogmas desse identitarismo que é uma nova versão do episódio das Bruxas de Salém.

O colunista deve ter lido "Enterrem meu coração na curva do rio" (Dee Brown), que trata da demarcação de terras indígenas nos Estados Unidos. E ali ficou claro, o objetivo de reduzir o tamanho de áreas ocupadas e com um efeito devastador: o de propiciar que haja uma maior concentração/ confinamento nas áreas demarcadas, piorando a condição de tais populações e tendendo à sua extinção. Ficou célebre a frase de Touro Sentado: " vocês estão destruindo a nossa capacidade de reprodução."

Além de infeliz, este artigo é um desserviço.

Quem lê a coluna fica com a impressão de que os Kaiapós, Guajajaras, Yanomanis, Ticunas, Xavantes entre outros estão em grande expansão territorial, e avançando sobre as áreas de cultivo do agronegócio...realmente não me parece ser o caso. Além disso, a constituição de 1988 não fala explicitamente sobre este ser o ano de referência. Isso é uma interpretação, que na falta de outras leis a respeito, cabe ao STF decidir.

Tem a legalidade e tem a legitimidade. Muito estranho quando um sociólogo, podendo enfrentar ambos os aspectos, opta por tratar apenas da legalidade. Pensamento sociológico não pode ser limitado pelo Direito. Se estivéssemos em 1850, esse senhor escreveria um texto enaltecendo a Lei de Terras.

Artigo publicitário, pago pelo agronegócio. Que vergonha para um sociólogo ; (

Disse o colunista que estuda a matéria e não tem nenhum rechaço geral ao "identidarismo": "Marco temporal para terras indígenas com menos de 15 mil anos é insulto à justiça e à história". O resto é o chorume de sempre do Demétrio Magnoli.

Beleza de matéria mestre.

Diante deste monumento de saber e boa fé que é o último parágrafo do artigo, só me resta retirar- me; ganharei alguns minutos nas manhãs de sábado...

Realmente é um absurdo o que se pretende com a ação em tela. É óbvio que um marco temporal plausível se faz necessário pra que se faça justiça a todos os envolvidos.

Demerito bocamole ,e suas picaretagens envernizadas de sempre,só se compara a uma tal catarina rocha mente e pondé, quando leio este trio, não sei se caio na gargalhada ou se vomito

Demétrio e suas falácias: sempre recorrendo ao recurso do exagero pra defender posições absurdas.

Assim vai presidir a Funai.....

Vc está errado Demetrio, não conheces o Brasil. Vá andar nas terras do ribeirinhos e. caboclos, isso, não existe. Muitos ribeirinhos são indígenas, já vi muitas comunidades nas beiras de rio e os fazendeiros jogando pesticida neles. Da vontade de rir da sua falta de conhecimento do Brasil. Quem encomendou esse texto para vc? Os que roubam terras indígenas?

Caro Demetrio, concordo quase sempre com seus pontos de vista, mas neste caso vc está redondamente enganado. Quando da Constitde 88 milhares de indígenas estavam alijados de suas terras ancestrais por processos brutais de expulsão. Há dezenas de milhares de Guarani Kaiowaá em MS morando à beira de estradas! Essas pessoas não brotaram da terra nem são migrantes. A antropologia é uma ciência que tem instrumentos para conferir se uma terra é mesmo indígena.

Bem, seu Demétrio, se a escolha é entre uma data arbitrária ou um laudo antropológico bem fundamentado de uma história de ocupação concreta, há que se argumentar muito melhor para convencer-me da primeira opção. A ancestralidade na ocupação de uma terra e da vida nela decorrida não é uma abstração: são pessoas e histórias de fato, que não podem ser negadas. Além de um povo, está em jogo a conservação das florestas. Não é pouco nem é blá blá blá.

Artigo de Demétrio demonstra quão ignorantes são os sociólogos para tratar de temas antropológicos. Isso não é novidade. É comum sociólogos pegarem por por restringir suas análises às limitações de sua formação . A pobreza do homem do campo não pode justificar a pobreza cultural. É o mesmo que dizer que os pobres têm direito a exterminarem animais em extinção para não morrerem de fome. A perda da diversidade cultural não é menos grave que a má distribuição de renda.

Com a palavra os povos originários. Fora os pretos, que foram trazidos como escravos, qualquer fulano é invasor, é ladrão. Muito simples...

Falar que índio vem de supostos ancestrais que ocuparam a terra! Hora pois, me diga que pessoa não tem ancestral? Todos tivemos os nossos ancestrais, ninguém veio do nada. Uma sociedade inteira cuida da sua terra e fica a menos que forçar externas maiores a impessam de ficar! De forma geral então, se eles estão naquelas terras devem estar lá por várias gerações. Direito posse adquirido.

Interessante que a direita cristã conservadora, ao defender o direito do Israel moderno às terras que hoje ocupa, utiliza como argumento a ancestralidade bíblica, ou seja, Israel tem direito a essas terras porque seus antepassados, nos tempos bíblicos, as possuíam.

Cacete Demetrio....existe um tal Direito Originario.

Uma conveniente ignorância e uma rasa compreensão da questão da etnicidade, forçosamente encaixada na já conhecida e limitada interpretação racial que Magnoli faz do Brasil.

O Demétrio sabe muito bem o que são as construções histórico-culturais das identidades étnicas, nacionais, subnacionais, supranacionais e demais e suas relações com as dinâmicas dos poderes econômicos e políticos. Mas fingiu ser analfabeto em sociologia só para se posicionar contra o direito originário dos povos indígenas. E tascou uma preocupação com os caboclos amazônicos como ponto alto (baixo) da sua cena farsesca.

Interessante o exercício combinado de direito constitucional e raciocínio sociológico, do comentarista, pouco afeito a "antropologias". Resulta, da tese militante, a conclusão de que a bancada bb (da bala e do boi) e a nata do agronegócio estão mobilizadas, de modo encarniçado, pelo marco temporal, na defesa dos interesses dos "pequenos agricultores e caboclos amazônicos ameaçados". Notável!!!

Artigo ruim de uma interpretação do tipo "tirado do querer". Os povos indígenas foram expulsos de terras que consideram sagradas e sim as dívidas precisam ser pagas

Pelo seu texto os indigenas eatao em um projeto de expansao e vao ocupar todo o pais? Se o numero de populacoes fosse o mesmo da época da invasao de suas terras ok.. mas a verdade é que estao praticamente em processo de extincao.. de onde tirou essa comprovacao de que eles rstao invadindo terras? jaja vai falar que eles estao queimando a amazonia tambem.. junto com o leonardo de caprio..

O autor usa a antiga estratégia de exagerar radicalmente para se posicionar contra. Nesse caso, a favor do marco temporal. Demérito, vc não sabe o que é ciência e nao entende nada de constituição. Vive de convicções hepáticas. Já ouviu falar de boldo?

O termo "índio" não reconhece a diversidade dos povos indígenas. O que o colunista quer dizer com "atemporal"? Por acaso não há indígenas hoje? Que ele quer dizer com "supostos"? O jornal deveria se retratar pelas ofensas deste artigo.

Viva o Latifundio!! E vamos terminar de expropriar o que resta dos indigenas e suas terras. Afinal, a Lei elnos faculta esse direito, não é mesmo??

É isso aí Demetrio. Vamos teinar de esfolar os indios. Interessante fenômeno a conversão do ex-LIBELU a apoiar o grande latifundio. Pois não há dúvidas de quem vai se beneficiar da expropriação das terras será, em ordem crescente: os grileiros, as madeireiras, os posseiros e depois a " venda" pro grande latifundio. E era uma vez uma floresta... Mas e daí, não é sr Demétrio? Está nas escrituras. Então tá e vamos fingir que vivemos numa sociedade de cen te.

Missivista tem coragem para dizer o que deve ser dito: Os legisladores eleitos legislam e cabe aos juízes aplicar as leis.Simples assim! Se os membros STF querem fazer leis basta que concorram nas próximas eleições e aprovem seus projetos.

Indio passou a ser intocavel no BR. Nao pode criticar o indio que mora em Guarulhos, pega onibus de headfone, dorme em cama king size, mas anda de cocar e roupa de palha no meio da rua, pra dizer que é indio. No meio da Amazonia, indio de motoca...Eu vi, ninguem me contou. Eles mesmos nao respeitam a propria cultura.

O parecer da PGR, no sentido que deve-se analisar caso a caso, por não haverem premissas generalizantes que resolvam adequadamente a questão, me parece o melhor caminho.

Qual documento dá suporte à sua fala de que "a maior parte das “terras contestadas” envolve posses antigas de pequenos agricultores e caboclos amazônicos ameaçados pelo projeto de restauração de um mítico Brasil ancestral"?

Não me parece que os indígenas estejam interessados em sair por aí ocupando terras, até porque o número de nativos brasileiros é pequeno para tal empreendimento. No sentido contrário, há evidências de sobra para duvidarmos das boas intenções das entidades do agro, sempre prontas a destruir as florestas e cerrados de modo vertiginoso.