Opinião > A ditadura militar e o mito do 'milagre' econômico Voltar
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Ao contrário do Chile de Pinochet, o Brasil já tinha uma economia complexa. O Chile fez o ajuste recessivo necessário na crise do petróleo em meados dos anos 70, e colheu os dividendos mais tarde. O governo Geisel, já com o projeto de abertura polÃtica temia o desemprego, sem falar na reação do empresariado que apoiava o regime. Aà continuou tocando o barco rumo à cachoeira, que chegou com o colapso da dÃvida e a aceleração inflacionária no inÃcio dos anos 80.
Foi isto. Apesar dos choques do petróleo e reflexos nas contas externas - e na dÃvida - Delfim *ganhou* a parada com Simonsen e manteve o pé no acelerador. A ditadura permitiu ao ex-ministro todas as suas idiossincrasias: arrocho sem dó no lombo, desvalorizações diversas....etc
5o. comentário - Prezado Thales: Ignácio Rangel, ao encontrar Herbert Levy depois do Golpe de 1964, perguntou-lhe: "vocês foram tão contra o projeto de correção monetária quando o apresentei ao Congresso antes do Golpe, e agora esse foi um dos primeiros projetos que vocês implementaram ?!?!" Herbert Levy: "fomos contra a correção antes porque, se tivesse sido implantada, Jango Goulart não teria caÃdo!"
Quarto comentário - Prezado Thales Zamberlan Pereira: eu teria apreciado ainda mais seu artigo se contivesse menção à importância do sistema de correção monetária para que acontecesse o "milagre brasileiro". Ignácio Rangel, economista importantÃssimo porém pouco conhecido, narra em um de seus artigos aqui na Folha de S. Paulo um diálogo que teve com Herbert Levy, deputado udenista e dono do extinto jornal Gazeta Mercantil, sobre a instauração da correção monetária.
Terceiro comentário - Prezado Thales Zamberlan Pereira: eu teria apreciado ainda mais o seu artigo se contivesse alguma menção ao sucesso que foi a industrialização brasileira por substituição de importações.
Segundo comentário Prezado Thales Zamberlan Pereira: "Usando técnicas estatÃsticas para criar esse grupo, o aumento na renda durante a ditadura não foi maior do que a média dos paÃses com renda semelhante que estavam se urbanizando e passavam pela transição demográfica." Seu artigo bem que poderia conter pelo menos uma tabelinha simples com alguns desses dados que você anuncia nesse parágrafo.
Primeiro comentário Prezado Thales Zamberlan Pereira: "O crescimento na ditadura não ocorreu pela ausência da democracia. Esse é um mito que precisa ficar no passado." Duas frases ótimas: precisamos que essas frases entrem para o repertório geral dos brasileiros.
Se procurarem nos arquivos, ainda verão as grandes filas causadas por desabastecimento de mercadorias (açúcar, carne, etc). E ainda tem a violência, que tinha indicadores piores do que temos hoje.
De fato. Acreditem, o governo adotou até algo parecido com voucher para distribuição de alimentos. Tempos tenebrosos.
Prezado Thales, esse foi um raciocÃnio classudo. Mas, estando em tempos de raciosÃmios cascudos, em quais termos nos compararmos, hoje em dia, com outras nações? Eu sugeriria o número de vacinados a cada 100.000: isso nos põe lá pelo trigésimo lugar no mundo. Pode ser também usado o número de falecimentos em acidentes automobilÃsticos, pela polÃcia em confrontos, ou de pretos na cadeia. Foge da temática econômica, mas não do milagre: só por milagre a gente vai ombrear com paÃs decente...
Faltou acrescentar um detalhe importante, se é que se pode chamar de detalhe: Em 1963 nossa dÃvida externa era de 3 bilhões de dólares; ao final da ditadura era de 100 bilhões. Isso explica tanto o crescimento econômico do perÃodo da ditadura quanto os problemas econômicos enfrentados posteriormente, exatamente em função da dÃvida quase impagável.
"Impagáveis", caro Luiz, eram os cartazes em mau ingrêis pedindo a volta dos milicos e o retorno de Jedi. Tomara que Jesus da Goiabeira só fale português, a lÃngua do Pai...
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