Opinião > A ditadura militar e o mito do 'milagre' econômico Voltar

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  1. José Cardoso

    Ao contrário do Chile de Pinochet, o Brasil já tinha uma economia complexa. O Chile fez o ajuste recessivo necessário na crise do petróleo em meados dos anos 70, e colheu os dividendos mais tarde. O governo Geisel, já com o projeto de abertura política temia o desemprego, sem falar na reação do empresariado que apoiava o regime. Aí continuou tocando o barco rumo à cachoeira, que chegou com o colapso da dívida e a aceleração inflacionária no início dos anos 80.

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    1. PAULO ROBERTO SCHLICHTING

      Foi isto. Apesar dos choques do petróleo e reflexos nas contas externas - e na dívida - Delfim *ganhou* a parada com Simonsen e manteve o pé no acelerador. A ditadura permitiu ao ex-ministro todas as suas idiossincrasias: arrocho sem dó no lombo, desvalorizações diversas....etc

  2. CESAR AUGUSTO A GUIMARAES

    5o. comentário - Prezado Thales: Ignácio Rangel, ao encontrar Herbert Levy depois do Golpe de 1964, perguntou-lhe: "vocês foram tão contra o projeto de correção monetária quando o apresentei ao Congresso antes do Golpe, e agora esse foi um dos primeiros projetos que vocês implementaram ?!?!" Herbert Levy: "fomos contra a correção antes porque, se tivesse sido implantada, Jango Goulart não teria caído!"

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  3. CESAR AUGUSTO A GUIMARAES

    Quarto comentário - Prezado Thales Zamberlan Pereira: eu teria apreciado ainda mais seu artigo se contivesse menção à importância do sistema de correção monetária para que acontecesse o "milagre brasileiro". Ignácio Rangel, economista importantíssimo porém pouco conhecido, narra em um de seus artigos aqui na Folha de S. Paulo um diálogo que teve com Herbert Levy, deputado udenista e dono do extinto jornal Gazeta Mercantil, sobre a instauração da correção monetária.

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  4. CESAR AUGUSTO A GUIMARAES

    Terceiro comentário - Prezado Thales Zamberlan Pereira: eu teria apreciado ainda mais o seu artigo se contivesse alguma menção ao sucesso que foi a industrialização brasileira por substituição de importações.

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  5. CESAR AUGUSTO A GUIMARAES

    Segundo comentário Prezado Thales Zamberlan Pereira: "Usando técnicas estatísticas para criar esse grupo, o aumento na renda durante a ditadura não foi maior do que a média dos países com renda semelhante que estavam se urbanizando e passavam pela transição demográfica." Seu artigo bem que poderia conter pelo menos uma tabelinha simples com alguns desses dados que você anuncia nesse parágrafo.

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  6. CESAR AUGUSTO A GUIMARAES

    Primeiro comentário Prezado Thales Zamberlan Pereira: "O crescimento na ditadura não ocorreu pela ausência da democracia. Esse é um mito que precisa ficar no passado." Duas frases ótimas: precisamos que essas frases entrem para o repertório geral dos brasileiros.

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  7. Paul Muadib

    Se procurarem nos arquivos, ainda verão as grandes filas causadas por desabastecimento de mercadorias (açúcar, carne, etc). E ainda tem a violência, que tinha indicadores piores do que temos hoje.

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    1. PAULO ROBERTO SCHLICHTING

      De fato. Acreditem, o governo adotou até algo parecido com voucher para distribuição de alimentos. Tempos tenebrosos.

  8. MARCOS BENASSI

    Prezado Thales, esse foi um raciocínio classudo. Mas, estando em tempos de raciosímios cascudos, em quais termos nos compararmos, hoje em dia, com outras nações? Eu sugeriria o número de vacinados a cada 100.000: isso nos põe lá pelo trigésimo lugar no mundo. Pode ser também usado o número de falecimentos em acidentes automobilísticos, pela polícia em confrontos, ou de pretos na cadeia. Foge da temática econômica, mas não do milagre: só por milagre a gente vai ombrear com país decente...

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  9. LUIZ LEAL

    Faltou acrescentar um detalhe importante, se é que se pode chamar de detalhe: Em 1963 nossa dívida externa era de 3 bilhões de dólares; ao final da ditadura era de 100 bilhões. Isso explica tanto o crescimento econômico do período da ditadura quanto os problemas econômicos enfrentados posteriormente, exatamente em função da dívida quase impagável.

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    1. MARCOS BENASSI

      "Impagáveis", caro Luiz, eram os cartazes em mau ingrêis pedindo a volta dos milicos e o retorno de Jedi. Tomara que Jesus da Goiabeira só fale português, a língua do Pai...

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