Solange Srour > Desinflacionar a economia não será fácil Voltar
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É o que acontece quando se coloca um completo idi ota na presidência da república, que nomeia o quebrador de bancos, que nada entende de finanças públicas, como ministro da economia.
Se fosse a Dilma no poder, e os números do Bolsonaro aparecessem na economia, a analista aqui já estaria revirando os olhos. Por que a análise com Bolsonaro tende a ser fria, como se ele fosse uma vÃtima da conjuntura? Pura ideologia neoliberal. Não analisam nada, torcem para o seu time. Assim, economia e astrologia dão na mesma.
Gente muito experiente já quebrou a cara na atual aceleração inflacionária. Mas é também possÃvel quebrar a cara no sentido oposto. Tanto em 1999 depois da maxi-desvalorização, como em 2015 após o tarifaço, não pensei que ela fosse voltar ao leito tão rápido, depois de 1 ano.
Hoje sou obrigado a concordar com a definição de como a inflação foi contida pelo plano real, a um custo social enorme, uma redução forçada de brasileiros integrados ao capitalismo. Hoje esse projeto voltou e a inflação acelera. A colunista passou ao largo da polÃtica fora das urnas que tirou a estabilidade democrática, real sustentáculo da estabilidade econômica.
Nenhuma surpresa aÃ, não é? Afinal, o que são os problemas reais, da gente na fila do osso para ter o que comer, frente ao mercado....?
As taxas inflacionárias estão mais elevadas em todo o mundo. Na União Europeia podem passar de 3% quando, havia anos, o Banco Central Europeu se esforçava para "elevar" - sim, elevar! - a inflação para pelo menos 2% anuais. Há vários fenômenos de alcance mundial que explicam esta alta. O que o Banco Central não pode fazer é condenar o paÃs a uma recessão ou um crescimento ainda mais medÃocre no próximo ano pelo desespero do "mercado" em elevar as taxas de juros para a lua.
Joaquim, não se pode ser complacente com a inflação, é claro, mas 9% ao ano está a uma distância gigantesca da hiperinflação. O importante é o BC continuar a ter sangue frio e não exagerar na alta dos juros.
Quem tem c. tem medo. Quem já viveu a era da hiperinflação que levou décadas para ser controlada sabe o que pode acontecer daqui em diante.
É o custo bozo, meu caro.
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