Não é 7 a 1; é 1 a 7, esta é a ordem numérica correta da tragédia descrita num placar de jogo de futebol quatro anos antes. E o brasileiro, muito longe de ser um povo sábio, muito ao contrário, aliás, foi lá e digitou o placar nas urnas. Agora, Inês é morta. Que toquem um tango argentino.

que texto lindo e pungente, Sérgio.

No intervalo - como relatado por um jogador alemão à época - eles diminuíram o ritmo no segundo tempo para não aumentar a acachapante humilhação. Inocentes, pois não sabiam que sofreríamos anos depois uma maior ainda.

Foi o coroamento de uma seleção à beira de um ataque de nervos. Jogadores chorando demais, emoção à flor da pele. Desde que o populismo chorão se instalou em 2003, não ganhamos mais. Ainda estamos mergulhados nele.

Caro Sérgio, a vida não é de todo injusta: no futebol xing ling, o boleiro deve estar ganhando uma bala; está num país com a pandemia controlada; lá, devem estar assistindo futebol com gosto, no campo, como torcedor sempre deseja. Ele, se estiver com família, está vivendo uma vida muito mais tranquila do que se estivesse cá. De bola e Boleiros, sei nada; por racional e empático, torço pelo goleador e seu bem-estar. E faço votos para que um gordo pé de meia aguarde para ser desfrutado...

Se antes era certo que Lira desengavetasse uma das dezenas de pedidos de impedimento do presidente da República, não é agora que o deputado sairá de cima da pilha ou do muro. Não faltam deputados para o blindarem a peso de ouro no Parlamento. Cabe à oposição mostrar se é capaz de mobilizar os "Somos 75%". Bater tampa de panela na janela nunca foi suficiente. Não há gol ou vitória 'moral'. Aliás, 7 a 1 ou 7 a 0 dá no mesmo. O Brasil segue degradando-se até hoje. Seja na bola, seja como um todo.

Discordo. 7 X 0 seria melhor. Pq como se vê todos já esqueceram. E que ódio dos alemães que decidiram não fazer mais.

Tenho a mesma impressão, Sergio. Basta ver a gesticulação do goleiro alemão contra o resto do time, depois do gol. Foi um gol importante.

O Brasil já sofreu derrotas maiores , caro escriba. Foi no dia em que reelegeram o pior presidente(a) da história desse pais. Favor não ignorar esse fato...

A reação começará domingo, 12. MAM

Não curto futebol, não assisti à nefanda partida, e, ainda assim, sua crônica me tocou. Admirável esse atleta, que entrega o seu melhor até o fim, mesmo contra todas as possibilidades. Pena que não tenha sido melhor valorizado, diferentemente de outro que sempre se machuca quando é mais necessário, sempre se protegendo dos vexames.

Acho que esse foi o seu texto menos inspirado. No lance anterior, o atacante alemão só não fez o oitavo por pura displicência. Hoje estamos precisando bem mais do que um gol de honra.