Ilustrada > Companhia das Letras recolhe livro infantil com crianças em navio negreiro Voltar

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  1. Neli de Faria

    O escritor deveria conhecer a realidade.Hoje não sei, mas, na minha infância, as crianças paupérrimas não tinham o direito de brincar. Digo embasada na minha própria e das de então.Com sete anos fiz o primeiro arroz . Coloquei muita água...! Fui tão xingada! Com oito passei a cuidar da casa, fazer compras de mantimentos.Só não passava roupas,a defunta mãe,então viva, tinha medo que me queimasse! Outras crianças também.Crianças naquele odioso período do Brasil brincando?Nem como ficção!

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  2. Raimundo Carvalho

    Ah, tá. Livrinho de escritor branquelo sobre um importante poeta e ativista negro normalizando a escravidão para o deleite de crianças dos colégios particulares da elite branca. Essa versão refutada diz muito sobre o tanto de opressão contra a qual temos ainda de lutar com os nossos corações e as nossas mentes vigilantes.

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  3. Carla Oikawa

    Esse tal de pseudo escritor Torero não pode ser chamado de escritor infantil. A resposta dele mostra descaso e é inaceitável. A editora deveria vetar qualquer trabalho editorial com o tal.

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  4. Carla Oikawa

    Esse tal de pseudo escritor Torero não pode ser chamado de escritor infantil. A resposta dele mostra descaso e é inaceitável. A editora deveria vetar qualquer trabalho editorial com o tal.

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  5. Lohanna Machado

    Uma pena não ter mais exemplos sobre o que incomodou no livro ao ponto dele ser recolhido para não poder ser lido (o que é sempre um ato extremo). Julgando apenas por haver uma cena que fala que as crianças que estavam no navio brincavam de coisas que dependiam apenas do corpo como pega-pega e brincar de roda, concordo com a analogia do autor, crianças brincam até em velório - e isso é normal.

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  6. Ricardo Andrade

    Pela resposta de Torero, percebemos que é um escritor sem responsabilidade social e que apenas o lucro o interessa. Um oportunista branco sem pudor.

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  7. Carlos Oliveira

    Com certeza os navios negreiros tinha áreas de lazer, jogos, piscinas e restaurantes all inclusive para que as "peças" alcançassem bom valor de mercado. Daí os autores terem imaginado o playground dos pequenos. Parabéns a editora de assumir que houve falha na revisão. Os tempos estão mudando, já dizia Bob Dylan.

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  8. Jane de Oliveira Silva Acosta

    Constrangimento?? Não tenho palavras! Eu queria DESLER muitas vezes!

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  9. Wilson Lima

    Desde sempre, e isto não justifica o fato de os autores e ilustrador terem lançado mão do mesmo tipo de artifício!, as telenovelas brasileiras -- para ficarmos só neste exemplo entre uma infinidade deles -, várias delas de enorme sucesso e aceitação por parte do distinto público, fazem o mesmo ao abordar temas relacionados ao nosso longo e desumano período da escravidão. Boa parte do que se deu de modo extremamente cruel, sujo e dramático, nos tem sido mostrada bem leve, limpinha e bonitinha.

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  10. ROSANGELA SILVESTRIN

    Desculpem, não sei escrever em espanhol. Verifiquei. O correto é diecisiete.

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  11. ROSANGELA SILVESTRIN

    Tempos sombrios, de restrições, de acusações. Quero "volver a los dezessiete".

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  12. Sandra Losa

    Se a elite brasileira, e até uma parte da população negra que apoia a violência policial, tivesse acesso à este livro na infância, contextualizado pela professora, talvez teríamos mais empatia.

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  13. Rocia Oliveira

    A resposta de Torero é espantosa, verdadeiramente espantosa.

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    1. Bira Scutari

      Concordo com vc Sandra, e do ponto de vista do universo infantil, o escritor foi correto sobre brincadeiras em meio a situações inapropriadas, do mundo adulto. O que faltou foi empatia do autor em face ao contexto surgido com criticas às ilustrações da obra.

    2. Sandra Losa

      Por que espantosa? Lembro de jogar bola no enterro de minha avó quanto dia 4 anos, não lembro de seu rosto, mas lembro-me da bola ir para debaixo do caixão. O filme "A vida é bela" é o que? Ah, esqueci...é um filme sobre o holocausto, é importante as crianças saberem dele.

  14. Denis Sousa

    Eu fico pensando quais os caminhos trilhados por esse bando de "sem noção" para trabalhar com literatura. Os "sem noção" que escrevem a dita obra e os "sem noção" que autorizam a publicação.

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