Ruy Castro > Agrippino Grieco?, perguntaram Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Não faz mal que Agripino Grieco permaneça no limbo. O paÃs que tem crÃticos estudiosos e competentes como João Luiz Lafetá, Antonio Candido, Alfredo Bosi, Massaud Moisés, David Arrigucci, Luiz Costa Lima, Alcides Vilaça, Ariovaldo José Vidal, Roberto Schwarz , Carlos Felipe Moisés e Silviano Santiago (para citar só os principais) não precisa desse crÃtico meramente intuitivo.
E isto para citar somente parte do elenco masculino. Lúcia Miguel Pereira, Cleonice Berardinelli, Gilda de Mello e Souza, Leyla Perrone Moisés, Lúcia Helena Carvalho, Genilda Azeredo, Adélia Bezerra de Meneses, Maria Augusta Fonseca, Viviana Bosi e Maria Lúcia dal Farra são apenas alguns nomes do elenco feminino da crÃtica literária brasileira, que nada fica a dever a melhor crÃtica literária européia ou norte-americana. Agripino achava-se humorista só por estar sempre de mau humor.
Agrip No bom menino, porque a acidez tempera a crÃtica e aguça a curiosidade da leitura. Ruy Castro, escavando e revolvendo a poeira na estante, pra desenterra tesouros e ilumina o apagão da nossa ignorância literária. Genial e simples, como deve ser, porque a felicidade se resume nisso.
Se o único erro dele foi escrever no Brasil. Convenhamos estamos, vc, eu , muitos, cometendo o mesmo erro.
Ferreira Gullar sempre dizia: "a arte existe porque a vida só não basta". Então, a frase original é de Agrippino Grieco: “Se a vida bastasse, ninguém se daria ao trabalho de convertê-la em arte”?
Será que temos edições novas? Só pela breve apresentação do Ruy, não pode deixar de ser lido.
Final sensacional. Seu erro foi escrever no Brasil. Realmente Camões não sepultou Homero, mas as hordas de ignorantes conservadores podem sepultar muito mais.
Caramba, era um verdadeiro Karl Krauss. Vou ler alguma coisa dele.
Bem lembrado, entre os nossos "Profetas" do cotidiano, além do Agripino, não podemos esquecer o Nelson, o Millôr e acrescento nessa Lista o "Carlos Zéfiro", o qual Profetizou em nossa adolescência que a República no Brasil é um coito geral. Não sei por que não consigo esquecer o Sarnei e o Chico AnÃsio.
Sensacional !
Nós, leitores desarmados, estamos fritos: o tÃtulo da matéria, com esse 'wit' obsceno e depravado, certamente náo foi proposto por Ruy. A linguagem corrente em certos meios expressa a decadência geral: ontem li que alguém ia faltar a um encontro por causa de outro... date! (vômitos)
Concordamos. Há abusos. Naturalmente existem algumas expressões estrangeiras que são usadas internacionalmente por não terem equivalentes em outro idioma. Exemplos, penso eu, seriam "Realpolitik" ou "déjà vu". Entre várias outras. No caso de "wit", creio que Ruy não encontrou um termo totalmente equivalente em português. A palavra tem inúmeras conotações em inglês. Inclusive humorÃsticas. Eu creio, posso estar enganado, que ele usou o termo propositadamente.
As lojas e o 'informatiquês' querem vender (não cuidar da LÃngua) e fazem o que podem para aliciar o distinto público dos 'wit', 'date' e 'coach'... O que causou estranheza foi a 'distinção' ser veiculada num texto de Ruy, que nunca apela (nem precisa) pra tais artifÃcios. Que fique claro: 'zap' e 'pet' pegaram, por motivos óbvios (como 'futebol' e 'abajur' de outrora). Agora, 'wit' e cia. (e CEO?) precisam ainda de um banho de tolerância e bom-humor para moderar o ridÃculo de seus usuários.
Sugiro, então, dar uma olhada no informatiquês corrente. Nós não arquivamos, nós salvamos, nós não apagamos, nós deletamos. As lojas não dão desconto, elas dão off, a pizzeria faz delivery, não entrega. E assim mesmo, continuamos um paÃs monoglota.
... e o que é um wit?
Ayer. Wit e "Witz" (maiúsculo) têm muito em comum. E os que sabem não precisavam perguntar. Mas muitos perguntaram.
Alguns sabem que é inglês, Peter; se fosse 'witz', seria piada em alemão...
Pelo que vi nos dicionários da web pode ser traduzido literalmente por inteligência e também por juÃzo, no sentido de tenha juÃzo...Mas realmente uma "novidade" estranha em Ruy Castro. Excelente a lembrança e o artigo, como sempre.
Pô, Eleny, sua oportuna interrogação socorre a milhões e milhões de brasileiros, mas a cândida resposta do comentarista aqui ao lado só pode ser encarada como rotunda ironia...
É inglês.
Grande Agrippino Grieco! Só conhecia de nome. Mas com essa frase, o cara é gênio: “Só existiu um cristão: Cristo”. Tão óbvio, não??
Momento 'wit' do Baião... desculpe Zé Geraldo, fiquei com inveja.
Prezado Sergio Saraceni, você encontra no "Anticristo", de Nietzsche: "Só houve um cristão, e ele morreu na cruz".
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ruy Castro > Agrippino Grieco?, perguntaram Voltar
Comente este texto