Considerar a real renovação do bairro um "processo especulativo" em detrimento da "memória da cidade" soa como cinismo. Esse trecho da Rua Augusta (somado à quadra que faz esquina com a Rua Peixoto Gomide) é tomado semanalmente por uma total baderna que pouco mudou de forma com a pandemia. Os empreendimentos imobiliários mais recentes foram as únicas fontes de melhoria de uma região ainda deteriorada que nunca foi um "centro de cultura fervilhante", mas sim uma verdadeira casa-da-mãe-joana.

O entrevistado fala dos 'pequenos negócios da região' como se não fossem bares e boates que desrespeitam livremente os limites de horário e barulho, sem contar as casas de prostituição. A matéria desconsidera deliberadamente que a Consolação é, em sua maior parte, um bairro residencial e os moradores da região sofrem com o descaso dos órgãos de fiscalização diante dos abusos cometidos pelos estabelecimentos "boêmios" que o ex-secretário de Cultura quer tanto fazer renascer.