'Questão de saúde pública' é sempre usado como cala boca a argumentos contrários. Depois de perder um filho por aborto espontâneo e de ter a segunda, me parece cada vez mais absurdo o aborto como direito à dignidade humana. Me solidarizo com o sofrimento das mulheres diante de um filho indesejado, mas nada justifica assassinatos. Com 4 semanas, o feto já gera memórias inconscientes e tem um coração que bate. Estudar o desenvolvimento do feto mudaria a opinião de muitos pró aborto.

Grande Djamila, parabéns pela coragem do artigo, por se posicionar sempre em defesa das mulheres e das mais pobres, nesse país racista, fundamentalista e intolerante! Para os donos do poder, para que Constituição, para que justiça e STF?

Está aqui nesse mesmo diário: Negras morreram mais por aborto do que brancas entre 2020 e 2021, aponta dossiê. Elas não precisam morrer. Mas elas precisavam engravidar? Elas queriam engravidar? Era evitável essa gravidez não desejada? E se a alternativa é o aborto, ele deve sim, ser legal e seguro.

A questão não é religiosa, é humanitária. Falam em aborto como se fosse uma limpeza: quero o direito de retirar este tumor do meu corpo! Lavou, tá limpo! Decadente é a sociedade que adota como solução para uma gravidez indesejada o assassinato de um ser humano em formação. E dizem lutar por direitos e pela vida! Sou contra a criminalização do aborto, mas defendo um debate amplo e profundo sobre o tema. Lamentável. Defender este tipo de ação nos aproxima mais dos animais do que do ser humano.

A questão no fundo é: aborto pago pelo contribuinte ou pelos pais da criança? Porque como a colunista diz, quem consegue juntar dinheiro aborta de uma forna razoavelmente segura. Ao contrário das drogas, não se ouve falar de gente presa por abortar, sejam mães ou médicos.

Certíssima, é uma maldade machista onde a mulher é criminalizada ,julgada pela decisão de fazer um aborto.

A religião por séculos atrasou a ciência e até hoje atrasa o direito de livre escolha . O aborto deve ser legalizado e com regras como o do limite de semanas do feto. Não podemos nos prender a falácias e colocar muitas vezes vidas humildes em perigo , pois os que se dizem cristãos , sempre acham um meio de esconder suas mazelas.

Legalizar o aborto nada mais é do legalizar um homicídio cometido pela própria mãe... Para quem não sabe, o coraçãozinho começa a bater a partir de 16 dias, ou seja, já é um ser humano vivo, isso não conta? Onde está o direito à vida do ser que está na barriga da mãe?

Corretíssima a posição adotada pela Djamila. E é sempre bom lembrar que este país é laico. Países que se deixam levar por preconceitos religiosos, são justamente os mais atrasados socialmente.

A saúde da criança não nascida não conta? A criança não nascida não é um cidadão? Toda vez que aparecem com essa conversa fiada de "saúde pública", estão na verdade tentando criar um "bem maior", por sinal para lá de difuso, para poder escapar de um debate que não têm a menor chance de vencer, sob qualquer perspectiva moral ou ética. Essa gente é como crianças; quer e quer de qualquer jeito, e se necessário bate pé e dá piti.