Demétrio Magnoli > Corpos numa exposição Voltar
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E ele, Demétrio, com seu dedo em riste, silenciava os pretos da plateia. Os brancos podem falar o que quiserem, pois sempre foi assim, e os pretos só podem ouvir. Agora, eles terem espaço d fala legitimada, expressarem seus sentimentos diante de tal artigo, isso já é perigoso, histérico e imaturo. Interessante ver como essas pessoas se incomodam e lutam para manter o seus privilégios e silenciar os demais.
Não por acaso, colunistas como Narloch e Demétrio tem sua permanência legitimada na FSP, pois atendem uma parcela significativa desses assinantes, fato evidenciado nos comentários. Para estes, esta coluna foi catártica. Uma vez que, a de Amparo, lhes pegaram de sobressalto. Mexer com o racismo estrutural é isso, abalar a base e ressignficar essa estrutura. Lendo o artigo do colunista, lembrei de sua participação, em um debate contra cotas na UNB, cuja banca era formada só por brancos. Cont.
Obrigada, Demetrio, pela lucidez. Sua coluna e a de Joao Pereira Coutinho me mantem como assinante da FSP, que se tornou uma espécie de panfleto dos identitarismos.
O texto parece indicar que a deslegitimação moral da escravidão não deveria ter ocorrido. Nada ligado à escravidão pode ser valorizado, tudo o que ocorreu foi horroroso, a vida de milhões de pessoas destruÃda das formas mais cruéis. Temos de discutir se havia um lado bom nessa tragédia toda? Quem faz tanta ironia poderia tentar imaginar o que é ser discriminado toda hora, todo dia, anos a fio. Ninguém tenta, só critica. Analisar a vida negra sentado em seu privilégio branco é fácil e vergonhoso.
Parabéns Demétrio ! O verdadeiro perigo em relação a democracia vem dos militantes ensandecidos e medÃocres que querem impor uma narrativa única sem debate e pensamento elaborado.
Será que os racialistas brasileiros (mimetizadores dos racialistas norte-americanos) legitimam a escravidão ao promoverem Silêncio Absoluto sobre a atual escravidão existente em Ãfrica? Não é localizado nem restrito. São cerca de 750 mil africanos escravizados. 2021. Em Gana, Nigéria, Guiné, Congo etc... o mundo está todo interligado, pq não falam disso?
O texto do Itamar Vieira Junior é bem melhor do que essas tristes letras.
Recomendo enfaticamente os últimos livros de Antônio Risério: Em busca da nação e Sobre o relativismo pós-moderno e a fantasia fascista da esquerda identitária. Assim como Teorias cÃnicas - como a academia e o ativismo tornam raça, gênero e identidade o centro de tudo - e por que isso prejudica todos, Pluckrose e Lindsay.
A 'corda do pluralismo' de Thiago Amparo é eufemismo torto para inflexibilidade intransigente e pessoal. A histeria que acompanha a intolerância. Fogueiras acesas. Sanitização me lembra o processo de nazificação. Eugenia mental, uma limpeza do mal/bem em prol de qualquer coisa. Narloch provoca e generaliza, enquanto Thiago ultrajado,-ofende e desclassifica. Claudia F.
Excelente, caro Demetrio. Vc e Risério são geniais. Estou aguardando "Sinhás pretas da Bahia" chegar à Amazon, para comprá-lo. Espero que o antropólogo baiano e vc tratem sempre e mais desse tema para desbancar de vez identitários medÃocres como o enjoado.
Geniais, Demetrio e Narloch!!! aguardando as sinhas pretas , capitalista bem sucedidas (ô Brasil bom de tantas oportunidades!) , fazerem o que deve ser feito, enquadrarem a branquitude como exploradores e opressores.
Talvez o problema central do artigo do Narloch esteja oculto sob o véu da questão racial. Ele utiliza o estudo sobre o enriquecimento de mulheres negras no perÃodo escravocrata para exaltar a suposta meritocracia pessoal como fator determinante da ascensão social, argumento tão apropriado para justificar moralmente a desigualdade tÃpica das sociedades capitalistas. E por meio desse exemplo se julga apto a convocar os pobres (negros, no caso) a trocar a luta coletiva pelo individualismo. (Marisa)
Perfeita tua análise. Claro que haverá escravos bem sucedidos, isso não legitima a escravidão. Seria o mesmo que legitimar os campos de extermÃnio de Hitler e os de escravidão de Stalin argumento que houve sobreviventes e dentre estes, gente que se deu bem na vida.
Era isso que o Thiago deveria ter escrito! Combater o argumento! Parabéns. É esse o ponto!
Oi Marcos, obrigada. Meu nome é Marisa.
Bingo, classudo, caro Flávio.
O professor Thiago Amparo, habituado à falta de diversidade de opinião nas universidades brasileiras, onde uma claque cativa aplaude sem questionar seu discurso identitário, está , obviamente, desconfortável num ambiente mais democrático onde é permitido que outros expressem opinião discordante.
Marcos Benassi, logicamente, ele está se referindo aos cursos de humanas (história, por ex). E não precisa ser um gênio pra perceber que existe sim uma hegemonia de pensamento nesses cursos.
Na mosca caro Roger !
Roger Zi Muár, seu conhecimento acerca da universidade rivaliza com o do imprecionante Weintrolha e sua fantástica parvoÃce, criadora de pérolas como as plantações de maconha e os laboratórios de metanfetamina. Tá cheio de coleguinha Bozofrênico na universidade, Roger, vai nas engenharias, na medicina, na veterinária - nesta última, encontrar bons cuidados médicos para si, vai que vai. E pára de falar bobagem em público.
Como me oriento ideologicamente à esquerda, tendo a discordar frequentemente do Narloch. Mas preciso registrar como estou horrorizada com a perseguição que ele tem sofrido. Desde quando defender a democracia é defender o pensamento único, a impossibilidade do diálogo, a pluralidade de vozes e perspectivas?
Perseguição??? O sujeito escreve repetidos artigos negacionistas ( do clima, da história, etc etc) e vira vÃtima de acusações de racista, negacionista, "historiador" falacioso e oportunista! Francamente!!!!
Cara Ana, à s vezes creio imerecidas parte das crÃticas. Mas quem dá a cara a bater, tem que estar preparado; quem, como ele, bota imp(r)udentemente a bunda na janela, não pode não estar preparado para levar passada de mão - e, sinceramente, não precisa de defensor. O que, evidente, não desmerece tua consideração, civilizada pacas.
Quero parabenizar vc pela lucidez. De fato, é uma perseguição.
Normalmente, acho a postura dos "ativistas identitários" ruim, na medida em que comumente aderem a um discurso raivoso, resumindo a questão, racial no caso, a uma luta entre "brancos opressores contra negros oprimidos" e incentivando linchamentos públicos. Só que no caso especÃfico, achei o texto do Narloch péssimo, partiu de uma situação limitada para minimizar, sim, o horror que foi a escravidão no Brasil.
Nossa, a repulsa à escravidão como horror na trajetória da humanidade precisa falsificar a história da escravidão de africanos ( com vistas à exploração colonial) ? Processos muito distintos, se comparamos a escravidão antes existente na Ãfrica com outros momentos históricos. Básico isso pra qualquer estudioso minimamente responsável!!!
Ha escravidão hoje, 2021, na Ãfrica. Cerca de 750 mil africanos negros são escravizados por outros africanos negros neste momento.
A escravidão foi um horror imensurável e o Brasil foi a última nação ocidental a extirpa-la. A escravidão não é um horror na história do Brasil, mas antes da história mundial no decorrer dos milênios. até pouca décadas ainda havia escravidão na áfrica de tribos ou nações maiores contra as menores. Nossos antepassados como opressores e/ou oprimidos faziam parte deste sistema no decorrer dos milênios. A extinção da escravidão ainda será um marco a ser comemorado pela humanidade.
Falou "falsa simetria", já sei que é censor "do bem".
Impressiona o teor dos comentários, incomodados com as crÃticas advindas das polÃticas de identidade, alcunhadas de patrulheiras e silencionadoras das vozes dissonantes. Claro que excessos semprem ocorrem - a tal curvatura da vara que ao reagir a enverga excessivamente em sentido contrário. Mas parece até que o Brasil é um paÃs plural, não um paÃs hegemonizado por homens, brancos, héteros...esses, pelo visto, não silenciam ninguém!!!
FabrÃcio Martins, acho que vc não entendeu meu comentário, sinceramente. Não tem vitimismo, só constatação de um paÃs racista, homofóbico, sexista etc etc etc.. que finge( infelizmente não como o fingidor do poeta português, que nos brinda com literatura elevada) que é plural, que não é dominado ppr homens, brancos, héteros....
Boa, Zé Roberto, esta discussão têm tido umas considerações beeeem civilizadas e argutas, tá valendo a pena.
Poxa vida! tadinho dos 'homens brancos heteros'.. tão injustiçãdos, frágieis, vÃtimas de campanha de perseguição, mi mi mi... A prepotência do seu comentário mostra a sua laia...
Bem por ai Reis. e até que o Brasil é bem plural. falta muita inclusão, mas oxalá temos espaços abertos as discussões. pode ser uma nação hegemonizada, mas plural.
Impressiona o teor dos comentários incomodados com as polÃticas de identidade
Parabéns pelo artigo Demétrio! A FSP insiste em colocar em evidência militantes hora multiculturalistas radicais, hora lÃderes de uma matilha de minorias que querem calar vozes por meio do linchamento público. Muitos desses militantes são pessoas medÃocres no campo de atuação profissional e conhecimento, mas que usam o jornal como plataforma autoritária do que pode ser publicado. Lembro a esses linchadores que o jacobinismo da Revolução Francesa matou seus próprio filhos.
Só um aparte, de leve: a última coisa que o Amparo, particularmente, é, é mmmeedÃocre. E hora não é ora, ora.
A estratégia do Narloch é apresentar algum fato histórico ou cientÃfico que de algum modo perturbe a crença moral dominante. É sempre uma provocação, seja em relação ao aquecimento global ou ao tráfico transatlântico. Concordo que pode ser irritante, como as provocações do Sócrates em Atenas, questionando as convicções arraigadas dos cidadãos. Se o Thiago vivesse na época, teria sido um dos que o condenaram a beber cicuta.
Juntou Narloch e Sócrates num mesmo parágrafo.
O Narloch tá mais pros sofistas que o Sócrates humilhava em praça pública.
Thiago Amparo defende a pluralidade que só vale para os que concordam. Achei a coluna de Narloch ruim, fraca, até um tanto estúpida, mas daà a pedir sua cabeça é de uma tirania impudente. É o espÃrito do tempo. A ver se a Folha resistirá à pressão.
Thiago Amparo defende cotas para negros no Congresso Nacional!!! Imagine!!!!!! E quem discorda ele diz que "não quer democracia e não quer que o Parlamento seja democrático"... negros desde pelo menos 1988 podem se candidatar, concorrer e votar, mas o autoritário quer forçar a entrada pela Raça (agora, ela existe - curioso observar esse fato), anulando com isso a nossa possibilidade de escolha via voto...
Foi o que pensei ao ler os comentários dos leitores publicados no jornal impresso no day after.
Perfeito, Demétrio. Suas férias pelo jeito foram restauradoras. Não à censura e aos canceladores. E por fim, Risério deve estar rindo dessa polêmica toda. Já comprei o livro do cara.
Dedé, volta e meia, joga tudo no liquidificador e despeja o resultado dessa misturinha danada em sua coluna. Adora falsas simetrias.
Coisa impressionante! Ainda tem quem apóie um artigo racista e que deturpa gravemente a história como o do Narloch. Puro farelo dado aos porcos como disse a historiadota Wlamyra. Só podia ser o Demetrio, o colunista dos vários chapéus. Ora é a favor da vacina ora gosta de costear o alambrado do bolsonarismo. Isso em nome de uma dita autonomia intelectual, do pensador que trafega na contracorrente mas que não passa de uma estratégia de lacração. Pra isso vale até corroborar artigo racista!
E aà José Flávio,? O que isso justifica a por ca ria do artigo do Demétrio e do Narloch? Ãfrica de colonialismos e violências historicamente inegáveis, aliás sempre naturalizadas porque envolvem governos autoritários e escabrosos???
Caro xará, sabe onde há escravidão de africanos em 2021? Na Ãfrica. Africanos escravizando africanos. E não é "trabalho escravo" como ainda existe aqui no Brasil não. É escravidão à moda antiga, com compra e venda de escravos no mercado. Junta a turma identitária de raça e vai lá.
Artigos que não passam de falácias, o do Demétrio e do Narloch. Nenhum historiador sério, que o Narloch até cita pra dar um verniz ao seu texto, sustenta as conclusões do seu negacionismo histórico. Uma coisa é problematizar e questionar certo identitarismo à s vezes sectário; outra é falsificar a história a partir de dados empÃricos (liberta(o)s que de fato enriqueceram) que não revelam o sentido geral de um processo histórico brutal, como a escravidão de africanos.
Ótimo texto. Dá-lhe, Demétrio!
Texto imprescindÃvel. Não podemos abdicar da inteligência e da maturidade. Os militantes que vomitem suas limitações cognitivas e emocionais. Ou tenham coragem de pensar.
Ao falar sobre a exposição do corpo das mulheres muçulmanas Demétrio diz que Os curadores não temem a ira de regimes fundamentalistas mas antes dos dos arautos dos multiculturalismo que poderiam acusá-los de desrespeito à “cultura muçulmana”. Os pseudo intelectuais são de fato uma praga e tudo e sob a égide daquilo que acham corretos, seja pelo pretexto do multiculturalismo, seja por qualquer outro pretexto, tentam enfiar guela baixo os seus valores. Ditatoriais e criticam ditadores (por vezes)
Ô mania de alguns de meus colegas leitores de censurar barbaridades - ou, como no caso especÃfico do Jarbas, imediatamente agora, de denunciar um comentário que foi mal entendido, como se ele fosse uma barbaridade. Bem ou mal entendido, barbaridade ou não, defendo que devem ficar expostos ao olhar público, e, se necessário, combatidos explicitamente. Deixar um comentário vago é primo de publicar receita de bolo no lugar de artigo censurado pela ditadura.
Que triste os arautos da "liberdade de expressão" ao ler a defesa de Narloch. Atualmente este mesmo argumento tem sido feito não só pelo Bolsonaro para atacar a democracia, como todos os bolsonaristas para a volta do regime militar. Que contradição... Magnoli, esse raciocÃnio se tornou além de eticamente reprovável ao naturalizar a barbárie, te coloca nesse lado obscurantista e, porque não dizer, cafona...
Seu Demétrio, eu entendo perfeitamente seu esforço, bem sucedido - e talvez até demais - em separar uma coisa da outra. Achei o texto do Narloch ruim, simplório; sua toxicidade, pareceu-me, reside na tentativa de desqualificar o anti-racismo com base no fato de que este não se deu exclusivamente por parte de brancos, uma exceção. Não li, mas não creio, que o texto do Risério tivesse esta intenção. E esta safadeza, ninguém retira das costas do Narloch. Nem seu bem-acabado raciocÃnio.
Caro Luiz, sou só um progressista, de esquerda, capaz de pensar e debater, que não tergiversa. Não estimo nada nem ninguém sem motivos, sou capaz de ouvir e mudar de perspectiva. E não exponho ao ridÃculo ninguém que não se exponha desavergonhadamente a tal. Sou um hidiota, como pode perceber. E abomino gente burrra.
Narloch é um traficante de ideias ruins.
Marcos Benassi, o intelectual de colunas que critica tudo, mas lê apenas aquilo o que lhe agrada. Amiguinho, você é só um progressista iliberal (autoritário).
Pela lógica desta coluna, a FSP não deveria se limitar a Leandro Narloch. Deveria contratar também um terraplanista para externar sua teoria, em nome do pluralismo. Que tal também contratar um criacionista para fazer frente à coluna de Reinaldo José Lopes? Melhor ainda: contratem algum supremacista branco para ajudar Narloch e fazer frente aos tiranos Thiago Amparo e Silvio Almeida.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Aqueles que se acham " progressistas " nunca deixam de surpreender.
Os que mais berram contra o racismo e têm ânsia de vômito, são os mais intolerantes em relação a outros. O artigo de Magnoli é excelente e um alento ao pensamento democrático e plural. Cancelamento é fascismo.
O fundamentalismo identidário de alguns articulistas da FSP é de fato uma grande aporrinhação.
Caro João, o que é o Magnóli faz é sanitizar o ambiente ao ponto de desqualificar a raiva que um preto possa sentir pelas centenas de anos de chicotada no couro. Apontar o excesso é uma coisa; não tocar no fato de que não há crÃtica sem história coletiva e pessoal, para quem tem excelentes miolos, é pecado, e dos bons.
A Folha claramente optou, como estrategia comercial, por passar a produzir material majoritariamente para os inquisidores da esquerda, em detrimento de priorizar a livre circulaçao de ideias. Isso vem sendo intensificado nos ultimos tempos. O tal de Thiago Amparo eh uma das principais vozes nisso, e faz parte do conselho editorial da Folha. Eh uma pena, pois dessa forma este jornal nao ajuda no incremento do debate publico, tao necessario para melhorar as condicoes do Brasil.
Victor, o Zé Roberto fez um contraponto importante, que me tinha passado batido: a ortodoxia econômica. E é verdade, repare: gente mais progressista em economia, com ares mais frescos nos miolos - Luiz Nassif, por exemplo, embora ele seja muito mais do que "economista" - são raros.
As pautas de esquerda da Folha só se revelam na assunção de certo identitarismo. De resto, em termos econômicos, é um tal de Arminio Fraga, Marcos Mendes, Lisboa, Insper etc etc .. uma mainstrean liberal ou mesmo neoliberal arrebatador. Quanto ao artigo do Demétrio/Narloch é pura falácia que nenhum historiador sério da escravidão, corrobora. Simples assim!!!
Caro Marcos, quando voce fala em ortodoxia, soh se for a ortodoxia do pensamento de esquerda. A Folha abracou completamente e vem avancando nas pautas identitarias, que eh a principal expressao da esquerda. Inclusive em reportagens e manchetes racistas, nao somente em artigos. Supondo que esse tipo de abordagem seja justa (e legal), eh dificil de nao ver as contradicoes desse discurso, como ajudam a apontar os artigos do Demetrio e do Leandro.
Caro Victor, a folha é um jornal que tem posição: a institucional, do veÃculo - que faço questão de dizer que não acompanho, como apenas pelas beiradas - é mais ortodoxa; a de seus articulistas, tem espaço para ser mais de esquerda. Se é também estratégia comercial, dá algum equilÃbrio. O fato é: nada está escondido, quem quiser acompanhar e refletir, que o faça e boqueje. Acho razoavelmente justo.
Posso entender, mediado por Magnoli, que "as sinhás pretas da Bahia" eram donas do poder à época? Se sim, posso também deduzir que tinham "ações" junto ao empreendimento do tráfico de escravizadas/os da Ãfrica para a América, e ainda papel crucial no dinamismo da Revolução Industrial na Europa? É isso mesmo? Mas, proporcionalmente, quantas eram "as sinhás pretas" com escravos e joias comparativamente à s demais pretas sem escravos e sem joias? Magnoli, que leu o livro, pode nos dizer?
Acho que o Jarbas exercitou a chamada vaca grega, a Eironeia. Não dá pra pegar uma pequena parte e, com ela, justificar o todo.
Tem alguns comentários que me espantam. Fico pensando no grau de insanidade do sujeito. O que é isso que esse Jarbas cabral escreveu, meu deus!3
Em um jornal que tem insistentemente estampado a palavra 'racismo' para classificar notÃcias aleatórias, como aquela de um homem em Belo Horizonte que não gostou do desenho feito no outão do prédio em que mora, é um alento ver que alguns poucos, como Magnoli, seguem sem se ajoelhar diante do cutelo com que os identitários - jornalistas e leitores - que vêm dominando a Folha tentam decapitar os 'infiéis'. É por esses poucos, mas bravos, resistentes que seguimos assinantes.
Bárbara concordo com seu comentário e principalmente com o a continuação abaixo. É policialesco o controle que colunistas e leitores fazem sobre quem pensa diferente.
Cara Bárbara, são argumentos de respeito. Entretanto, praticamente todas as manifestações contra o Thiago Amparo desconsideram - e, nesse sentido, desqualificam - a raiva histórica e pessoal que se possa ter por manobras retóricas que,pegando um ponto em particular, suavizam e sanitizam uma barbaridade mais geral. Acho que o seu Amparo passou da conta, o que não torna o texto vvvaaagabundo do narloch nem meio grama melhor, muito menos intelectualmente inocente.
Parabens pela coragem e animo para se expressar em um veiculo tao hostil a liberdade de expressao.
Se um colunista desta Folha entende que os argumentos de um colega são ruins, rebata-os com argumentos que julgue melhores, não com esperneios e atuações dramáticas dignas de um Framboesa de Ouro, nem com descrições sobre suas reações estomacais, tampouco com os usuais 'racista, fascista, machista, homofóbico!'.
Narloch veio pra implantar na folha aquilo que Marcelo coelho bem definiu como "pluralismo de hospÃcio". Demétrio, Pondé, Catarina.. utilizam a mesma tática de defender umas besteiras pra polemizar e assim serem lidos. Narloch não, é apelação desmedida da fsp
Este caso é de desesperos. O desespero de um colunista que precisa da provocação para sobreviver e a faz da forma mais rasteira possÃvel. O desespero de outro colunista que, para não parecer ultrapassado e démodé, se arrasta aqui na mesma lama. O desespero de um veÃculo precisando de publicar clickbait asqueroso para ganhar dinheiro. E o desespero de um homem a quem foi dito que não se deveria sentir tão mal porque pessoas da sua cor também foram proprietárias de outras pessoas da sua cor.
Perfeito!
Debate é sempre ótimo. Porém, Narloch não fez uma simples resenha: ele articulou citações para construir uma argumentação no mÃnimo imatura. E com qual objetivo? DeverÃamos ser levados a pensar que, porque negros enriqueceram, a escravidão não era um sistema tão violento e desumanizante assim? O raciocÃnio no penúltimo parágrafo — que se pode resumir em algo como "você deveria se sentir melhor porque um dia pessoas da sua cor escravizaram outras pessoas da sua cor" — é asqueroso e doentio.
"Um dia" não. Hoje. Hoje, perÃodo de tempo definido bem como o espaço: negros escravizam negros na Ãfrica, bem no estilo antigo.
E, car@ Nande, *intelectual mente desonesto*, e não pouco. Isso merece a pancadaria, e na verdade foi deixado de lado. Nesse ponto, o intelectual picareta ganhou: não se discutiu a vileza da manobra retórica, mas sim, a periferia da picaretagem intelectual.
Putz... a gente tá mesmo perdido. Racismo agora é pertinente em uma livre expressão de pensamentos ? E se a fsp contrata alguém que defenda o nazismo ?
Essa patrulha da "pauta identitária" perdeu totalmente o controle. Isso tornou-se num macartismo tupiniquim. São como beatas alucinadas, bradando com o hinário da "pauta identitária" na mão, pedindo a fogueira para os infiéis e o pior, estão se tornando perigosos como o incêndio da estátua do Borba Gato prova.
No caso ( não da reação do Amparo, pra não atiçar mais a polêmica) do artigo do Narloch, não se trata de jogá-lo a fogueira, mas de afirmar categoricamente: o artigo é falacioso, negacionista - nenhum historiador sério corrobora tais argumentos - , além de racista. Se se manifestar dessa maneira agora é liberdade expressão a porteira está aberta pra todo tipo de monstruosidade (racismo, sexismo, homofobia, misogenia, "terraplanismo" cientÃfico), o que explica a irrupção do bolsonarismo!
O pior eh que boa parte dessa malta em grande medida imita a loucura que esta acontecendo nos EUA, sendo que ao mesmo tempo sao antiamericanos.
De acordo. Antigamente, quando um articulista discordava de outro, tÃnhamos um debate, com réplica e tréplica no qual ambos expunham suas visões. Hoje, por falta de capacidade de argumentar, os inquisidores de esquerda pedem a demissão da pessoa que feriu a sensibilidade a flor da pele dos politicamente corretos. Não querem debater idéias mas sim eliminar as vozes discordantes.
O objetivo de Narloch foi atingido com sucesso! O Pondè é muito feliz neste jornal também. Seus cursos devem estar vendendo muito. Enquanto isso a boiada continua passando.
Excelente artigo. A tÃtulo de defesa de causas - legÃtimas enquanto preconceito , desrespeito, discriminação Â… não podem ser usadas para defender a censura.
Gosto muito de Thiago Amparo. Entretanto, gostaria que fosse mais tolerante. Narloch não foi racista. Sua visão histórica pode ser equivocada, e isso é tudo. Ele está errado? Escreva uma coluna demonstrando a tese contrária. Fosse a coluna racista, estarÃamos diante de crime, não de opinião. Mas o homem não foi nem de longe racista! Debatam ideias. Parem de ficar adjetivando e pedindo a cabeça dos que estão mais do lado direito. Está ficando feio!
Perfeito seu comentário. Não vi racismo nenhum.
Curiosidade de saber a cor da pelo dos autores dos comentários. Assim como Magnoli, são os mesmo narradores da história oficial de sempre. Narloch é um oportunista que surfa na onda do politicamente incorreto, aliás, com uma superficialidade de dar dó.
Essa piadista Marisa, o que tem de engraçada tem de reacionaria. Um comentário sério sobre a cor da branquitude, exaltada com a crÃtica ( em boa medida problatica do Amparo vira baboseira de politicamente incorreto, identitarismo , etc etc.. e aà vale uma rima boboca da cor supostamente oprimida? Alguém ubvida disso?
Provavelmente brancos, Marmelo, assim como a maioria dos autores de comentários em qualquer artigo da Folha.
Também gostaria de saber a sua, seria amarelo para rimar com marmelo?
Excelente Magnoli. NARLOCH não foi racista, nem tampouco relativizou a violência aos quais os negros foram submetidos. Apenas deu exemplos que ilustram que a história vai muito além da divisão opressores e oprimidos. Mas, para os inquisidores contemporâneos, isso é uma heresia
Alguém ja disse que o mar da história é agitado, não tem simplificação ( vide o bolsonarismo de extrema direita barbar izando no Brasil; quem imaginaria???). Agora,a complexificação dos processos históricos, que os bons historiadores há muito valorizam ( não o aventureiro Narloch), não faz desaparecer a relação opressores e oprimidos; do contrário imperaria o idÃlio, a solidariedade, a justiça. Não é o que se pode ver no Brasil, de tantas iniquidades e estratosféricas desigualdades.
Para mim, dadas as afirmações lidas nas várias colunas derivadas do texto de Narloch, bem como em 90% dos comentários, o que sobressai é histeria.
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