Hélio Schwartsman > Identitarismo tem problemas de conteúdo e método Voltar
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Considere a extinção dos dinossauros. Há muitas hipóteses logicamente possÃveis mas um pequeno número de hipóteses sérias. Como se dá a escolha entre as ideias boas e más? Duhem disse que elas não são testadas isoladas. E a história mostra que o debate é algumas vezes temporariamente inconclusivo. Darwin eliminou as hipóteses de seus contendores mostrando as inconsistências. Poderemos fazer o mesmo aqui?
Como se dá a escolha entre as ideias boas e más? Elas não surgem do nada, mas da cabeça de indivÃduos. Max Planck dizia que a ciência se modifica a cada funeral, na medida em que a nova geração de cientistas não fica comprometida com as "boas" ideias da geração anterior. Mill contribuiu para melhorar o projeto epistemológico da ciência e da filosofia. O éter era a boa ideia até Michelson mostrar que não existia. Einstein trouxe uma nova visão do mundo. Na renovação parece progredirmos ?
O senhor confunde questões. Dialeticamente confrontá-lo-ei. A unimultiplicidade é um princÃpio de reconhecimento da diferença que concilia o universal. Reconhece a própria diferença como denominador comum. Iguais no fato de sermos diferentes. Esse é o fundamento humanista da luta dos hierarquicamente inferiorizados historicamente. Amplia a humanidade da soberania para oferecer uma relação de menor exclusão entre o eu e o outro. "Identitarismo" é sofisma reducionista. Desqualifica.
Truque retórico:
Ótimos comentários, José. Outra tática é tachar quem critica o identitarismo de bolsonarista, obrigatoriamente. Com isso querem fazer parecer que só bolsonaristas criticam o identitarismo, e assim criam a ilusão, no seu espectro polÃtico, que ser a favor do identitarismo é ser contra Bolsonaro. Nenhuma pessoa com o juÃzo no lugar quer ser enquadrada como bolsonarista, então tenho visto a estratégia funcionar até com pessoas inteligentes, agora rendidas a essa seita. A polarização é trágica.
Truque retórico.
Acuse alguém de algo que não está fazendo. Quando este refutar, normalmente 'irritado' com a falsa acusação, use a irritação dele como prova da acusação. É um recurso muito usado por grupos militantes, onde é importante ter opositores para justificar a causa.
Bolsonaro usa demais isso e se dá até requintes de dispensar a coerência - fala uma besteira e se alguém acha ruim é 'comunista'... Mas não foi ele que inventou isso. Os grupos militantes há muito usam esse recurso, principalmente os 'renovados'.
Talvez este seja o grande traço distintivo dos "renovados" - importam vitórias, 'movimento cheio' e a coerência 'a gente' constrói no caminho. Vi tantas acusações de racismo por aqui a diversas pessoas do forum. Serão mesmo? Ou quem os acusa 'precisa' que sejam? ;)
Não consigo determinar com clareza o que o autor entende por "esquerda clássica", desconfio que está se referindo a Marx, se for isto, de fato o comunismo visava a emancipação plena do indivÃduo e o fim da luta de classes só que isto não significava um universalismo, ao contrário, era a afirmação da liberdade de cada um poder ser feliz a sua própria maneira. Neste sentido nada mais clássico para a esquerda que as determinações identitárias.
Muito boa coluna. Uma coisa é a afirmação da diferença, outra é a defesa da identidade. Essa última está ancorada na negação, e perpetua o estado de coisas da qual é vÃtima.
Dados do ibge: taxa de analfabetismo - 3,9% entre brancos e 9,1% entre pretos e pardos; pessoas abaixo da linha de pobreza - 15% brancos e 33% pretos e pardos; força de trabalho desocupados: 35% brancos e 64% pretos ou pardos; tx de homicÃdios por cem mil hab - 15 entre os brancos e 40 entre pretos e pardos, etc., etc., etc.
Sempre acreditei que os conflitos latentes são os piores. Quando expostos é possÃvel debatê-los e estabelecer consensos e dissensos melhor definidos. Entretanto, penso que os argumentos devem partir de pessoas com a mesma capacidade de elaboração e conhecimento. Caso contrário estaremos diante do quadro "Polemica da Semana" do humorÃstico Porta dos Fundos.
Quanto ao método, penso que MIll achava que já possuia um método ( talvez empÃrico ) para poder escolher entre as ideÃas boas e más. Na ausência desse método, um lado apresenta "bons" argumentos e o outro lado também, ficando a cargo do consenso da comunidade chegar a algum acordo. Feyerabend se opôs a esse método na ciência e acredito que a filosofia não encontrou tal método. Ficamos com uma proliferação de teorias explicativas que leva ao dissentimento. Qual o valor epistêmico da discussão?
Os regimes mais abomináveis experimentados pela humanidade só prosperaram pela imposição de censura , "cancelamentos" próprios de cada época , queima de livros/estátuas e por fim o uso da força para calar as vozes dissidentes. Não se trata de ser contra ou a favor da patrulha da "pauta identitária " mas de assegurar a Liberdade para todos.
Parabéns, Roger. Conseguiu fazer um comentário sensato e não ofensivo.
Olá, Hélio. Acho até que por uma questão de ética e respeito, a coluna deveria trazer o exemplo que inspirou tal reflexão. Seria a coluna racista de Leandro Narloch, que este jornal resolveu tratar como natural? Ou seria no debate cotidiano? Polarização nas redes? Efeito bolha? Há uma série de coisas que poderiam ser associadas. Mas, infelizmente, por estratégia, método ou desinteresse, não foram tratadas na coluna.
Argumento bobo, Bruno!
Identitarismo? Benjamin franklin e Norbert Wiener ( pai da cibernetica), entre outras coisas, tbm foram jornalistas e filosofos. Se eles perdessem tempo com esse tipo de assunto insipido, nao teriamos hoje: aquecedor, lentes bifocais, para-raios, cibernetica: internet, milhares de plataformas, aplicativos e tudo decorrente dela. Tive que recorrer ao estilo Saramago... Obs.: Meu aplicativo de grafia e acentuacao correta sumiu. Hehe.
As mulheres não são a minoria neste paÃs. O paÃs tem mais de 50% da população feminina.
Mas são tratadas como minoria. Basta ver a pressão para cotas femininas na polÃtica, por exemplo.
O identitarismo é um movimento neoliberal na economia (ver hardt e Negri em Império) e fascista no modo de agir.
Economistas ainda usam modelo de escambo entre indivÃduos intra e inter tribos indÃgenas amigáveis, onde todos eram potenciais produtores, comerciantes e consumidores de bens desejaveis, ignorando a gde transformação devido a industrialização, como descreveu Polanyi. Filosofos ainda pensam com a cabeça do século 18, ignorando a gde transformação digital e a explosão de ideias. Tudo em nome da liberdade econômica e de expressão.
Em nome da liberdade de expressão defendamos que um escritor nazista diga que os campos de concentração não foram assim essa Brastemp e que os judeus estavam com muito mi mi mi; que o Eduardo Bolsonaro defenda o kit Covid; poderÃamos também convidar alguém que elogiar a tortura nas delegacias...
O trêfego corredor pelas ruas da Vila Madalena, que observa novos restaurantes enquanto miseráveis catam ossos, resolve discutir o identitarismo da esquerda. Que tal correr pelas vielas de Paraisópolis com o livro de Stuart Mill nas mãos?
Renata estamos discutindo ideias e não sectarismo da extrema-esquerda.
O maior crÃtico ao identitarismo é o PCO, o partido mais à esquerda que existe no Brasil. Dê uma pesquisada. Segundo eles, identitarismo e individualismo andam juntos e são cria do capitalismo. Não estou julgando se faz sentido ou não, mas leia a respeito.
Na minha opinião, todo filósofo brasileiro que se preza, deveria circular pela vielas e periferias do Brasil. Eu tenho duvida se os filósofos que detona à esquerda, conhece os guetos do paÃs...
Talvez o melhor artigo que já publicou. Na Folha de hoje há o artigo Negacionismo da Casa Grande, que comete exatamente os erros que Hélio aponta, atacando a Folha por publicar Narloch. Em meu comentário digo que para combater o ver me, é necessário conhecê-lo. Não fingir que não existem. Houvesse Sócrates apenas lacrado os sofistas, os banindo das suas rede sociais, como bem diz Hélio, a Filosofia Dialética não existiria. Como querem os professores de História que assinam o outro artigo.
Hélio, identitarismo é como ideologia de gênero, um conceito vazio de significado. Para quem defende o debate, esse termo o interdita. Além disso, não é a esquerda q está se "identitarizando" (olhe o palanque Lula e veja como se mantém pálido), mas os movimentos sociais q estão pressionando a esquerda para mudar o discurso. E fazem isso numa base liberal, de onde surgiu as ações afirmativas. Leia A dÃvida impagável, de Denise Ferreira da Silva.
Serviu pra uma coisa ler este texto. Perceber que a filosofia do Colonizador se coloca confortavelmente contra a luta do oprimido para reconstruir sua história na sua própria versão não na versão do opressor. Viva Paulo Freire. Fora Paulo Guedes.
"Identitarismo", gostei de entender o significado. Militância em causa própria e conflito de agenda eram termos mais inteligÃveis para mim, mas não se encaixavam tão bem na análise de muito do que eu observava. Obrigado pelo enriquecimento vocabular. Quanto ao mérito dos argumentos, bem, fico devendo, ainda não consigo decidir se combate-se melhor um vÃcio à direita com outro à esquerda ou se firmar posição no centro é estratégia melhor....
Apesar da colocação muito bem feita do articulista, eu penso ainda em se será mesmo possÃvel vencer argumentos ruins com base no contraponto corretamente embasado? Será que não verÃamos mais do mesmo, onde argumentações toscas como o de um articulista curitibano sejam abraçadas por mais e mais pessoas devido a visibilidade alcançada, em detrimento da análise sobre se aquilo que está escrito faz mesmo sentido?
Excelente artigo Hélio! Cirúrgico! Precisamos de mais pessoas como você neste debate! Parabéns!
O colunista não quis assumir mas mandou recado aos pares do jornal crÃticos dos textos de Leandro Narlock. E errou porque os crÃticos apontaram as falsidades históricas e cobraram dos editores um posicionamento. Não li nenhum dos crÃticos exigindo a interdição do debate.
Concordo, caro Marcos. Mas, não li nenhum colunista do jornal pedindo a demissão, como fizeram alguns Leitores. Entendo que estejam no direito deles.
A interdição do debate surge no momento em que pedem a demissão do Narlock. Pra mim ele não deveria nem ter sido recontratado, mas como foi, deixe ele perder nos argumentos.
Bravo, finalmente o identitarismo está sendo identificado pelo que, é e arrastado ao debate que se escusou por tanto tempo, alegando injustiça histórica e sensibilidade como argumento erga omnes. Além de resgatar o debate do sequestro promovido pelos progres, vamos a tratar os problemas de forma adequada, com menos fla flu e mais método.
Ricardo aqui exemplo de como querem sequestrar o debate.
Racistas estão elogiando racistas, sem nenhum pudor.
Ótimo artigo. É uma grande verdade: a polÃtica identitária polariza com a direita.
Vejo uma racista aplaudindo outro.
Não entendi mt bem o ponto do Hélio. Até aqui me parece uma generalização que põe de lado séculos de história bem como as incomensuráveis dificuldades de inclusão que certas porções da população humana vivem. No mais, o princÃpio universal dos direitos humanos é o da inclusão da diversidade. Esse ponto parece ter escapado ao Helio.
Não há como negar. Alguns dos colunistas contratados pela Folha ao que parece para cumprir cota racial, praticam o identitarismo em quase todas as suas colunas. E muitos o fazem baseados apenas apontando o dedo ao branco, como vÃtimas. Ora, o mundo inteiro tem a oferecer exemplos belÃssimos de pessoas negras que se projetaram. Por que não publicam textos sobre Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, por exemplo?
De fato, os negros são tratados exatamente como os brancos. Com as mesmas oportunidades, chances de estudo, de ingressar em Universidades públicas. Há claramente uma equidade de tratamento dispensada pelas PMs para os brancos e para os negros. As exceções são regras.
Talvez porque sejam exceções de negros bem sucedidos. Talvez porque a maioria ainda é marginalizada em termos de educação, saúde, segurança pública, emprego, etc. justamente em decorrência da cor da pele. Talvez porque as oportunidades não venham para todos de forma equânime, sendo diferenciada conforme a raça. Ou talvez, só talvez, o fato de que menos da metade das negras com filhos de até três anos consegue trabalhar (conforme apontou o ibge) seja só um sonho...ou pesadelo.
Recentemente, fizeram atos em memória do atentado as torres gêmeas. Assim como vc, achei um absurdo. Ficam presos ao passado e não olham qtos outros prédios não foram derrubados. Gente mimizenta...
Acho curioso, no entando, a Sra tentando caracterizar o conceito polÃtico de imperialismo como clichês de uma esquerda dos anos 60. Nem vou entrar no mérito do equÃvoco conceitual. Mas estranho que nesse caso vc não se furtou a recorrer ao passado que devemos esquecer.
Claro Marisa, sua intenção está mais que clara. Vc a explÃcita muito bem. A ideia é esquecer o passado, pelo menos aqueles fatos do passado que lhe são desagradáveis e que ainda se fazem muito presentes. Não sei se vc notou mas concordei com vc. Esqueçamos os milhões que foram e são ainda hj oprimidos. Bola pra frente, até pq, eu mesmo não vivo isso na pele. Então pq me incomodar com os outros? Entendo perfeitamente vc.
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Daniel, certamente o meu objetivo não é fazer ninguém dormir melhor. Os antepassados de todos nós enfrentaram dificuldades. Lógico que incomparáveis às que negros enfrentaram. Mas o que sugeri é usar exemplos como das cientistas que botavam todos no chinelo lá na N A S A e não se preocupavam em ficar só esbravejando contra quem tinha escravizado seus antepassados.
Concordo. Vamos esquecer o passado, a história e os fatos que nos trouxeram até aqui. Vamos olhar para frente, negar a realidade cotidiana pois ,assim, dormimos mais tranquilos em nossas fantasias pessoais. Se teve uma Michele Obama que prosperou, esqueçamos as milhões de pessoas que foram e ainda são vitimas da opressão. Afinal, não tiveram negras que compactuaram com esse sistema de opressão e assim prosperaram?
Creio que a mãe de Michelle Obama, tinha estas mulheres como exemplo ao incentivar a filha a ir estudar numa universidade de qualidade como aquela que ela cursou. Mesmo considerando as diferenças enormes que existem entre os 2 paÃses, em termos de oportunidades, é para frente que se deve olhar e não ficar com estas acusações q só olham pelo retrovisor.
Eu fico me perguntando se não é mais fácil construir um diálogo identitário ao invés de universal? Uma coisa que me preocupa é que em algum momento o estado poderia ficar totalmente inoperante, uma vez que não teria espaço pra atuar sem infringir o direito de um grupo.
Chamem do que quiser, identitarismo, militância, etc. Enquanto se discute isso, permanece no BR, desde sua colonização, uma clara, manifesta e escancarada exclusão social étnica na educação, distribuição de renda, saúde, segurança pública, intervenção da PM.
exclusão étnica e racial!
Nossa!! Mais uma análise genial de tirar o chapéu ! Parabéns !
Racistas acham feio o que não é espelho
Enquanto se discute (o que se chama de) *identitarismo* vs. equanimidade, a maioria dos negros (em relação aos brancos) são iletrados, miseráveis, são mortos pela polÃcia, constituem a maioria da população carcerária, são desempregados,...Chamem do que quiser, mas a exclusão étnico-racial é explÃcita e indiscutÃvel e permanece como marca registrada deste paÃs desde sua colonização.
Nossa. Que decepção. Errou feio. Pergunte a quem já sofreu com racismo, homofobia e transfobia sobre o que eles acham das pautas identitárias. Precisa repensar e se retratar. Que percepção distorcida. Daqui a pouco tá vendo Jesus na goiabeira junto com a Damares. Tenha dó. Sai dessa lama.
Vejo como lutas de afirmação, busca por respeito e pelo direito de transformar uma sociedade baseada em estereótipos criados pelos colonizadores. Tem uma profundidade e uma seriedade que o colunista não levou em conta. É um enfrentamento diário que precisamos construir.
Eu já sofri, Adalto. Sou filha de um casal interracial, e pude alcançar uma educação elevada para padrões brasileiros. Não vi aqui nenhuma defesa contra a abominação chamada racismo ou qualquer outra forma de discriminação. Mas qual é o benefÃcio em cultivar tantas secções da pessoa humana? Só estamos nos aprofundando na discórdia que nada constrói.
Nossa. Que decepção. Errou feio. Pergunte a quem já sofreu com racismo, homofobia e transfobia sobre o que eles acham das pautas identitárias. Precisa repensar e se retratar. Que percepção distorcida. Daqui a pouco tá vendo Jesus na goiabeira que junto com a Damares. Tenha dó. Sai dessa lama
Parabéns pelo artigo, Hélio Schwartsman. O seu raciocÃnio é brilhante, tanto que os ataques dos identitários que o têm como alvo só conseguem provar que você está... certo.
Como é fácil desmerecer a luta alheia com um monte de baboseira acadêmica. Como diz minha santa mãezinha, pimenta nos olhos dos outros não arde. FSP já deu.
Hélio é mais um oásis na FSP, ao lado do artigo do Riserio que nos traz “fatos inconvenientes”. Faz sentido para nós cerrar fileiras em categorias norte americanas sendo o nosso paÃs miscigenado, sem a segregação oficial, ou impedimento legal para casamentos interraciais, por exemplo? Enquanto a briga no ringue só cresce, perde-se o foco sobre as ações que interessam e não tem nada de novo: educação, saneamento, geração de renda, só para começar. Tristes trópicos.
Diga o que disser, é uma racista, machista, homofóbica, fascista sem vergonha.
Esse é o jornalista que tremeu nas bases quando ameaçaram ele porque tinha desejado a morte do Bozo com Covid (muito conveniente aliás). Passou dias tentando se justificar usando argumentos filosóficos pra desdizer o que tinha dito. Mas quando se trata de bater em ideais, aà vira corajoso pra usar termos desqualificantes como "identitária".
Amabile, desqualificar é reduzir. Identitária é uma pauta, uma tecla, repetitiva e desconectada da realidade, que tenta se impor como verdade, excluindo o contraditório por não abrir espaço para o contraditório, num assunto que contamina. Se isso não é desqualificante pra você, deixa assim.
Acho, ironicamente, muito engraçado o autor criticar o que chama de identitarismo ou de pautas identitárias, de atribui-las, genericamente, à esquerda e de não criticar o racismo estrutural, o machismo, a homofobia e a exclusão entre outros comportamentos preconceituosos. Aparentemente, o autor (e diversos comentaristas aqui) são anti os antifascistas, são anti os anti-racistas, são anti os anti-machistas, etc... Racionalmente, é visÃvel o lado em que se colocam.
Perfeito Ricardo. Também fiquei indignado com esta publicação absurda. Sem noção nenhuma. Quanta bobagem em um texto só.
Concordo com o autor quando sinaliza a ideia de que algumas táticas polÃticas identitaristas alimentam e fortalecem a extrema-direita. Não obstante a importância fundamental de suas pautas para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, movimentos identitaristas precisam encontrar formas de somar e não de dividir.
Muito bom. Enfim, saiu da vala comum. O identitarismo tem provocado mais males para os grupos que pretende tutelar do que benefÃcios. E, certamente, é um dos principais responsáveis, senão o maior, pela atual cisão da sociedade brasileira. Não é autossustentável, porque se baseia em sofismas dogmáticos empurrados à força pelas goelas alheias. Sempre que isto ocorre, há resistênciaÂ…
Os fascista parecem que ganharam voz na Folha, estão se elogiando uns ao outros. Se alguma vez tiveram, perderam de vez a vergonha.
Penso exatamente o mesmo, caro Henrique. O artigo de Narloch não foi racista, desrespeitoso, o que seja. Não há sentido em se querer calar quem pensa diferente, exigir sua demissão. JanaÃna Paschoal fala sempre das perseguições que sofria na USP. Uma livre-docente em direito penal é contra a descriminação, por razões jurÃdicas. Para a esquerda, ela se torna mera "fascista", "religiosa", "fundamentalista". Quando não causa "ânsia de vômito". Isso é ditadura de mentalidades. Empobrece o debate.
Tolerar a maldade é um crime. Frase de Thomas Mann. Racismo, homofobia e outras discriminações são crime.
Descriminação do aborto*
Não existe polÃtica ou movimento identitario (ou identitarista, como o articulista diz). O que existe é a abordagem pós-estruturalista, que argumenta que para compreender um objeto é necessário estudar tanto o objeto em si quanto os sistemas de conhecimento que o produziram. Talvez por desconhecimento, mas o que muitos chamam de pautas "identitárias" ou de "gênero" não existem academicamente.
O movimento identitário tem por objetivo unicamente a conquista de poder, status e dinheiro. Não deseja a igualdade. Deseja tomar o lugar daquele que considera adversário. Deseja se apropriar dos sÃmbolos e da cultura dos "opressores", como a filosofia grega. Deseja bolsas Prada, carro Porsche e passeios na Europa. Essa turma é deprimente. Deveriam estudar ou trabalhar. Empreender, prosperar e empregar uns aos outros.
Nossa Mauricio, onde vc desenvolveu esse poder de ler as mentes e os corações de tantas e tantas pessoas? Além disso. O que lhe leva a supor tão genericamente motivações mesquinhas nas ações dos outros? Será algum tipo de projeção?
Creio que sei de quem vc fala ao se referir à apropriação da cultura grega.
Deixa eu adivinhar: você é branco, cristão e patriota. E em 2018 apertou 17. Acertei?
Ótimo artigo, pena que o espaço seja curto pra desenvolver argumentos sobre um problema tão grave. Hoje vemos a formação de grandes seitas que operam de forma parecida: com irracionalidade, apelo à emoção, espÃrito de eleitos versus pecadores. Os livros de identitários que li têm erros primários que só os abduzidos não enxergam: distorções, anacronismo, conclusões sem respaldo. Certamente devemos combater o machismo, o racismo e a homofobia, mas não com identitarismo.
Muito bom! Recentemente, fui acossado pelo seguinte argumento: a egÃpcia Cleópatra é representada nas artes em geral como branca. Ora, mas ela devia mesmo ser branca, na qualidade de descendente do macedônico Ptolomeu, fato ignorado pelo interlocutor identitário. E por aà a cultura egÃpcia, forjada ao longo de séculos por várias outras etnias, fica em segundo planoÂ…
Concordo. Tenho observado as mesmas coisas.
No dia 7 de julho de 2020, esse colunista escreveu: "Jair Bolsonaro está com Covid-19. Torço para que o quadro se agrave e ele morra".
Pena que o desejo não se realizou, né?
Eu torço até hoje. Você não?
Nossa, que profundo! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk patético
Se o identitarismo tem problemas de conteúdo e método o autor tem um problema mais sério ainda: atacar um movimento que não existe. Ao utilizar um movimento que inexiste Hélio reproduz um espantalho (e por isso problemático) criado para desqualificar a luta antirracista e antipatriarcal. O identitarismo é problemático, por isso que foi criado por qualificar a luta antipatriarcal e antirracista.
*para desqualificar a luta
Antiracismo agora não é por entender que todos somos iguais? Condenar o machismo não é por um pressuposto dos direitos universais? Esse discurso contra um movimento que não existe, supostamente identitário, é uma bobagem. Criam fantoches para atacar a luta antirracista e antimachista. A começar por criar essa história de chamar a luta das maiorias oprimidas negras e mulheres como identitarismo. Se afirmar não é ir conta a universalidade é compreender que ela é plural e a história é desigual.
#foraNarloch
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