Hélio Schwartsman > Identitarismo tem problemas de conteúdo e método Voltar
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Identitarismo é um conceito criado para desqualificar grupos que põe na centralidade das discussões sobre a desigualdade, conflitos sociais estruturantes da sociedade, que antes eram relegados ao lixo por boa parte do debate público, como raça, sexualidade e gênero. Os que entendem o identitarismo enquanto um movimento estão na verdade aderindo a desqualificação de um movimento social. Tão pior é ver pessoas aderindo a esse suposto movimento dentro de uma lógica individualista e contraditória.
Inventaram um termo pra desqualificar argumentos de quem não concorda com a inação, a covardia e a mentira forjada como verdade na meritocracia i justa dos que manejavam o relho e a chibata.
Orgulho de ter trabalhado ao lado do Hélio, uma das pouquÃssimas cabeças pensantes que restaram no paÃs. Aprendi muito com ele.
O conceito universal não pode ser deixado de lado. Há o risco de o subjugado tal como fruto da minoria também subjugar outros grupos. Então estarÃamos fazendo a mesma coisa. Isto é que entendi. O identitarismo precisa ver além da defesa do grupo especÃfico. Precisa ver o que luta como direito serve para Todos. Isto não é negação da sua própria luta. É se igualar.
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Concordo plenamente. Vários pensadores têm-se dedicado ao tema nos últimos anos (por exemplo, Robert Lilla e Asad Haider, entre os gringos, e Antônio Risério e Paulo Ghiraldelli, entre nós), não sem polêmicas, mas o articulista sintetizou-o de forma magistral. Parabéns!
Identitarismo? Como americanos, ingleses, russos e asiaticos gastam mais seu tempo em peoduzir tecnologias e vacinas ( vide as da covid), que os enriquecem, a elite de la, nao perde tempo xom essas bobagens.
Geraldo, na verdade muito do discurso identitário que vem sendo aplicado no Brasil foi importado dos Estados Unidos. Porque uma parte da nossa esquerda gosta muito de se declarar EUAfóbica, mas na prática se deixa colonizar pelas ideologias daquele paÃs.
Nao perde tempo com essas bobagens.
Questionei numa aula sobre as cotas - apesar de 50% nas universidades públicas, 78% dos ingressantes em certa unidade da USP provêm das classes A e B - pra quê! Me combateram até o final: acham isso irrelevante, para eles a "dÃvida histórica" justifica que gente rica entre por cotas e os mais necessitados continuem de fora. A esquerda tem um discurso agressivo e segregador, que não ajuda a promover igualdade.
Aqueles que falam em "dÃvida histórica" se esquecem que os descendentes de escravos, tanto no Brasil e como nos Estados Unidos, vivem muito melhor do que os africanos que permanecem na Ãfrica Subsaariana. Conforme disse muito bem a ativistas conservadora americana Candace Owens, "Nunca, em nenhuma época ou lugar, negros viveram tão bem quanto vivem hoje nos Estados Unidos."
No Catecismo da Inquisição Identitária está escrito: "qualquer discussão sobre cotas é pecado e quem ousar debater este tema proibido será marcado como racista na Terra e conduzido ao Inferno".
Segregadores é a direita hereditária e escravocrata que teu discurso defende e se alinha. Administre tua herança com cuidado, pois a justiça social irá cobrá-lo cedo ou tarde.
Falou muito, mas não disse nada.
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