Suzana Herculano-Houzel > Observações de uma neurocientista chapada pela primeira e provavelmente última vez Voltar
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Minha primeira experiência com cannabis, aos 30 anos, foi bem diferente: me deu uma acuidade mental e capacidade de foco impressionantes. Era como se eu pudesse perceber e assimilar várias camadas de significado ao mesmo tempo, coisas que normalmente me passariam completamente despercebido. Meu raciocÃnio ficou ágil. Ouvir música chapado foi o que mais me impressionou: de repente eu era a música. Os sabores da comida eram uma explosão de prazer indescritÃvel. (Cont.)
O uso repetido, porém, começou a me causar episódios de ansiedade, o que depois eu descobri era bastante comum. Um ataque de pânico me fez parar por um bom tempo. Acho que o que falta nesse assunto sobre drogas é estudo sério, informação de qualidade e desmistificação. Para mim ficou evidente o potencial benefÃcio da cannabis se forem eliminados ou diminuÃdos os efeitos negativos
Demência transitória é uma forma pesada de classificar os efeitos do THC. Reforça preconceitos. Os efeitos não são sempre idênticos. Sugiro experimentar em um dia de ansiedade ou estresse elevados, mas com atividade programada e permissão para curtir. Como mencionado em comentário, terapia e estudo das humanidades são indispensáveis. Assista comédias. Ouça suas músicas favoritas e tome sorvete. Vai gostar. E não peça licença ou se sinta culpada por gozar a vida.
História parecida com a de um amigo meu que o cachorro comeu um tasco bem grande da erva, preocupado, ligou desesperado para o veterinário pensando em levá-lo a um serviço de urgência mais próximo. A receita foi simples: “reforça a porção de ração, põe um Bob Marley pra tocar, é dê muita água… “ . Fim.
Me lembrou a primeira vez que usei cogumelos mágicos, também não é algo fora da Lei. Como foi gostoso! O mundo ficou mais belo em paz. Sentimentos bons de gratidão e luz. Ao contrário da colunista voltaria a usar se estivesse em uma praia deserta ou em uma montanha.
Tranquilidade, paz, pensamentos criativos, outra visão. Melhor, só mesmo ayuahuasca e sua névoa azulada. Claudia F.
Se for a última vez terá sido ótimo. Porque geralmente a primeira vez é a melhor.
Que bom que curtiu. Parabéns.
Adorei!
A pessoa chega a ter dores crônicas de ansiedade e acha problemático quando consegue relaxar e esquecer um pouco do mundo. Esse é o controle egóico que não cede facilmente. Neurociência sem terapia e filosofia humanizadas é apenas uma ferramenta de controle de poder. Não liberta nem os próprios cientistas. Viva a revolução psicodélica dentro das ciências da saúde. Para mais informações busquem saber sobre Sidarta Ribeiro, neurocientista brasileiro genial
Tanto verniz pra falar que consumiu maconha só serviu pra abrilhantar o preconceito e a desinformação. A única tragédia associada à maconha é a causada pela proibição. Milhões em dinheiro gasto à -toa, apenas pra prender preto e pobre, tanto nos EUA, quanto aqui. Já está mais do que evidente, há décadas, que o consumo de maconha não constitui risco social relevante que justifique abordagem por lei penal. Já o álcool, por exemplo, este sim é uma droga perigosa, porém tem o consumo estimulado.
Grata por apresentar a distinção entre delta-9 THC, delta-8 THC e CDB (já tinha lhe apresentado demanda correlata em outra oportunidade neste canal). Fico imaginando o dano cerebral que pode causar a delta-9 no longo prazo. Realmente, é sempre melhor ter um produto farmacêutico com registro em agência reguladora, pelo qual sabemos quais são os princÃpios ativos, a quantidade em mg, com indicação médica etc. Parabéns por este canal educativo e cientÃfico!
Noobie. Conversa de noobie.
Apologia a droga! Que ridÃculo uma neurocientista fazer apologia à droga!
Que poço!
Apologia?
Se o gozo é inevitável, relaxe e fume…
Interessante!
Suzana deu uma de Aldous Huxley, de Albert Hofmann. Tranquilo, Suzana. Faça a próxima parada no México, e depois volte ao Brasil para experimentar Ayuhasca, hehehe.
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