Ilustríssima > Lições de Xenofonte sobre instrução do rei persa Ciro ainda impactam nosso mundo Voltar
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Li a "Ciropedia" (assim mesmo, paroxÃtona, como consta no VOLP da ABL) há uns 20 anos na bela tradução em português de João Félix Pereira (1822-1891), publicada no Brasil pela W. Jackson e Ediouro. É um belo livro, e a tradução de Pereira é saborosa, deliciosa. Lembro-me de como se diz nela que os persas comiam apenas pão e o conduto era mastruço... Lamento que os tradutores atuais lancem moda e desprezem os termos clássicos. De onde tiraram "Ciropédia", se o próprio VOLP registra "Ciropedia"?
Adendo: Há outra tradução em português, chamada "A Educação de Ciro (Ciropedia)", feita por Jaime Bruna (professor da USP) e publicada pela Cultrix na década de 1960. Sorte a dos lusófonos por termos não uma, mas três traduções desse clássico de Xenofonte!
Destaco: -"Como ensinar...a generosidade e a cooperação? Como evitar que a brutalidade... destrua o broto... vicejar por um futuro melhor!" Xenofonte ensina o Fora Bolsonaro!
O assunto é mais que importante. É fundamental. Não precisamos ir à Austrália ou Argentina. Os temos aqui. Por que migrantes miseráveis, sem educação formal prosperam, compram propriedades, formam os filhos, e os pobres daqui não? ImpossÃvel hoje, pesquisa nos anos 90 entre universitários americanos, identificou em destaque 1. asiáticos 2. anglo saxões 3. hispânicos 4. afro descendentes. Seria QI menor? Não. São hábitos culturais. A pressão por excelência entre asiáticos pode ser desumana.
Migrantes alemães famintos que vieram no pós guerra, construÃram jardins em torno de suas casas, e deles cuidam todo dia. É uma questão de valores. Quem não fizer isso fica malvisto. Nesse sentido nossas escolas falham de novo. Nem ensinam matemárica e gramática, nem constroem valores. As famÃlias deveriam fazê-lo. Como, se nem elas tem. O resultado é a perpetuação da miséria e a eleição de culpados.
Xenofonte foi um dos homens mais interessantes da Grécia clássica. Escreveu sobre cavalos, filosofia e um dos relatos mais interessantes sobre guerra, Anabase. Antes de se juntar aos mercenários que tentariam destronar um tirano e coroar aquele que seguiam foi ao Oráculo de Delfos saber se deveria seguir nesta aventura. A pitonisas perguntou se a incursão seria proveitosa, e recebeu a resposta que sim, e assim decidiu ir. Sócrates o repreendeu dizendo que Xenofonte fez a pergunta errada.
Quando se comparam nações, muitas vezes os traços de caráter transmitidos pelas famÃlias e a cultura, e menos afetados por decisões de governo, são ignorados. Por que a Austrália prosperou para uma nação de primeiro mundo enquanto a Argentina, até mais rica no inÃcio do século 20, e com clima semelhante, patina até hoje?
Alexandre, O maior isolamento e distância dos principais centros me parece mais uma desvantagem. Quanto à s guerras, exatamente por serem parte do império britânico, os australianos sofreram fortes perdas com mortos e mutilados tanto na primeira como na segunda guerra. Os argentinos, como os suecos e suÃços foram bem menos afetados.
Em termos de traços de carater transmitidos por famÃlia não sei se a história australiana de envio de criminosos para lá é muito melhor ou muito pior do que a história cultural e familia argentina. Me parece que o conceito de "educação familiar" ou ser maiis ou menos afetado por decisões do governo são o fator mais relevante. Cada nação tem alianças e decisões e contextos diferente que moldam seus destinos.
Será porque Argentina está cercada de paÃses e tem portos no Atlântico que a colocaram mais em contato com eventos e contextos que nem sempre lhe foram favoráveis como guerras com vizinhos e até com a Inglaterra ao passo que Australia se manteve mais isolada recebendo ajuda por se tratar de um posto avançado no extremo oriente? A favor também o fato de fazer parte da comunidade britânica e cultura inglesa hegemonica nos últimos dosi séculos.
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