Thiago Amparo > O fígado e a escravidão dos outros Voltar
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A turba reaça veio com tudo. Bozo vai passar, mas o bozoismo não. Parecendo Amparo, a fake historia deve ser combatida também.
*parabéns
Se fosse redação do Enem tiraria zero por fuga ao tema. Não há relação do tÃtulo com as ideias (há ideias?) desenvolvidas. Como a esquerda escreve mal
Acho q vc q está c problema de interpretação, de contexto e de referências.
Parabéns, Thiago! Sempre assertivo e necessário. O problema é que essa gente nunca foi confrontada com a particularidade do seu pretenso universalismo. E, só para não perder a oportunidade, Narloch é um traficante. Entretanto, ao invés de traficar corpos negros, de um continente ao outro, ele "só" trafica ideias ruins.
Um bom artigo, bem melhor que a primeira crÃtica de Amparo. Para refutar Narloch, precisamos de argumentos claros e melhores que o dele, não de fÃgado. A melhor linha é a argumentativa, como fez Itamar Vieira Junior. Tanto que em sua réplica Narloch respondeu a Thiago Amparo, mas foi obrigado a ignorar Itamar, que tinha sido mais consistente que ele.
Já está na hora do Narloch ganhar um cargo no governo Bolsonaro! Ele fez por merecer! Uma das maiores injustiça! Tanto talento para desinformação desperdiçado!
Melhor comentário.
Muitos por aqui parecem não conhecer a distinção entre fÃgado e coração... Prossiga, Thiago, unindo inteligência e coração.
Agora, queria ver se Narloch tivesse falado sobre o Holocausto: "ao invés de se vitimizarem, os judeus deveriam se inspirar nos que conseguiram superar os campos de concentração - os quais, afinal, apenas faziam parte do espÃrito da época..." Aposto que este folhetim já teria despedido o escriba.
Racismo eh crime. O texto do Narloch nao tinha nada de racista e eh uma acusacao grave publicar o contrario. Se a FSP nao estivesse empenhada em manter leitores atraves do debate mais rasteiro, demitiria o Thiago Amparo pela difamacao do colega, pela pouca capacidade argumentativa e por fazer parte das hordas de canceladores que destroem o debate publico. Como isso nao vai acontecer, ele vai continuar desfiando os seus argumentos xoxos e desonestos. Chora mais!
É sempre assim, o racista branco comete racismo publicamente e o culpado se torna o negro. Narloch errou feio e eu enquanto mulher negra me senti completamente ofendida. NÃO EXISTIRAM SINHÃS NEGRAS. Mulheres negras sempre foram as maiores vÃtimas do sistema escravocrata e até hoje, infelizmente, os resquÃcios desse sistema permanece enraizado em nossas vidas. Pessoas não negras, façam um favor para nós, não falem sobre nosso passado e ancestralidade, limitam-se a estudar e ouvir mais.
Pouco me importa que tenham ou não existido "sinhás pretas". Caso tenham existido, escravizaram outros pretos, de maneira que não vejo razão pra servirem de inspiração a qualquer pessoa preta. Pra mim, a existência de "sinhás pretas" comprova justamente que há uma raça que se deu mal no Brasil. Afinal, estamos falando de SINHÃS.
Thiago, você É do Conselho Editorial. Tem muitos falando como se fossem dele (e você até cita), mas não são. Você responde como se estivesse sendo repreendido pelo Conselho Editorial, sendo o único representante dele, no caso. Os papéis nesse drama estão todos embaralhados. No teatro, quando está assim, a gente reorganiza as marcações...
Calma! Você é vÃtima sim! Coitadinho, coitadinho, coitadinho! Nada de andar para a frente! Viva o passado que nunca passa. Minha esperança é o fim da civilização, quando todos seremos iguais na barbárie. Não haverá mais vÃtimas pois a natureza está para além do bem e do mal. Não haverá espaço para a moral dos ressentidos. Os fracos serão devorados pelas feras e estará tudo bem. Não haverá culpa. A barbárie é a solução. Parou para chorar, o leão devorou! Eros e Tanatos. Sem desmaios ou tremores.
Calma. Não fi-Caputo.
Marcos, estamos caminhando a passos largos para a barbárie, mas ainda não estamos nela plenamente. Nietzsche, Freud, e Darwin são boas leituras para entender a decadência em marcha. A natureza prescinde de nossa frágil civilização. Algo em nós clama pelo retorno e estamos empenhados nisso. Seja nas relações interpessoais, seja na relação ao planeta. Vai piorar. Aguarde.
Ah, Caputo, fica frio: já chegou, acabas de oferecer comprovação de que a barbárie grassa, valeu.
Sinhás pretas existiram, assim como Donos da Casa Grande pretos também. Cerca de 1/3 dos proprietários de escravos da região de Campos dos Goitacazes era de pessoas de “cor”, como nos informam censos da época. O mesmo acontecia na Bahia, em Pernambuco, em Minas Gerais, dentre outros estados, mesmo antes da abolição. O tribalismo identitário conta a história que o interessa, apenas. Ele não responde questões fundamentais. São farelos emocionais aos militantes.
Grande historiador Luciano Ferreira Gabriel. ( Ironia 3.0)Muito bom, então como Narloch você transforma exceção como se fosse regra, para afirmar que tudo bem, Tivemos escravidão por mais de 300 anos no paÃs base de nossas relações sociais e econômicas e... Tudo certo! Não precisa de reparação nenhuma afinal a maior parte dos afrodescendentes vivem em comunidades carentes, Não são massacrados preferencialmente pelas Pms, Para que cotas em universidades? Não e mesmo? Tudo não passa de mi-
- Narloch! - Fala, Demétrio! - Tá chorando de novo.
Lembrou bem do Haiti, que foi talvez a única vez na história em que a classe trabalhadora tomou o poder. Perto disso, Rússia, China ou Cuba são uma enganação, onde grupos tomaram o poder e os trabalhadores apenas mudaram de patrão. Já no Haiti, os ex-escravos compreensivelmente largaram os canaviais e passaram para a agricultura de subsistência, onde estão até hoje.
Esta insistência sobre o tema , vai levar algum lugar ? Acredito que não ! O racismo se combate é com educação e respeito com as diferenças . Basta ver as crianças , todas se aceitam umas as outras e só começam a praticar alguma discriminação que foi passada e ensinada por algum adulto .
O tema importa, qdo propagandas usam a mulher negra como simbolo de prazer, qdo nas escolas ligue as profissoes a mulher negra tem a vassoura , nada contra a profissao , so alertando que o papel do negro na sociedade é estigmatizado ate hoje.
Qualquer cidadão obcecado por uma causa que não contribui com soluções, possui desajuste mental. "Não é de hoje que se distingue razão de emoção para desacreditar argumentos" - argumentos construÃdos pela emoção ficam longe da razão.
Ôôô, Belóide, coisa linda essa sua especialização em psicopatologia. Fiquei embasbacado.
"Argumentos construÃdos pela emoção ficam longe da razão." Será mesmo, Belodi? Qual é o melhor argumento para lhe convencer que pimenta arde, profundas explicações teórico-quÃmicas sobre a atuação da capsaicina nas papilas gustativas ou uma pimenta fresca macerada sobre a lÃngua? Ai, ai. Dor, vergonha, humilhação: nada melhor do que isso para ensinar alguém alguns fatos elementares da vida. Razão, ora pois sim.
Os racistas no Brasil estão em jornais de grande circulação, soltando suas banalidades preconceituosas para um público vasto.
E que, com isso, tornam-se conhecidos e são afastados do convÃvio social, ou juntam-se aos que pensam igual na latrina da História. Não lhe parece mais justo do que caçar-lhes a palavra?
Pena que aqui, nos comentários, não tem como colocar aquele emoji com a carinha com os olhos pra cima.
Pena que aqui nos comentários da Folha não tem como colocar aquele emoji com a carinha com os olhos pra cima.
a Folha não tem nenhum constrangimento em estimular e dar espaço para machistas, misóginos e racistas.
Basta ser omà branco e cis, né Camila? Esse desejo infantil de cancelar todo mundo. O fÃgado é a parte mais celebrada no mundo das redes.
O colunista continua argumentando com o fÃgado, mesmo que diga que não. Uma evidência? É uma metralhadora giratória: a filosofia grega, a presença de mulheres na redação, a Revolução Francesa e a Revolta no Haiti. Quando entra no assunto, apenas nega: não existiram Sinhás Pretas. Verdade, não chequei as referências, mas ele também põe coisas na boca dos outros que ninguém disse: o argumento da escravidão benevolente.
Sem o figado nao ha metabolismo correto
Exatamente Camila. "Omà cis branco" e privilegiado economicamente na área, Verdade, mas como é um argumento do fÃgado, irrelevante.
falou o ómi cis branco
Narloch, que iniciou essa polêmica, até onde vejo, procura sedimentar sua figura no debate público, e assume posições provocativas. LegÃtimo, e como disse Magnoli, não foi racista em momento algum. Seria fácil desmontar seu argumento inicial: que relevância podem ter as Sinhás Pretas para o movimento negro atual, que exige a inserção a que faz jus na sociedade? E sim, o debate racional exige ânimos serenados. Pode expressar emoção, mas deve mantê-la a uma distância segura.
“O Erro de Descartes . Emoção, razão e o cérebro humano “. O livro do neurologista português Antônio Damásio nunca foi lido por Narloch ou por Demetrio Magnoli. O tivessem lido não teriam feito uma crÃtica tão rasa e superficial da resposta de Amparo ao texto pueril e inconsistente de Narloch.
O livro citado é muito bom mesmo, mas o argumento não procede. A emoção estará sempre presente e, por isso mesmo, se faz necessário um esforço deliberado para mantê-la afastada dos argumentos. Assim como um jornalismo isento pode ser um objetivo inalcançável, mas que deve ser buscado pelo jornalista quando não está escrevendo um editorial.
Mano Amparo, "é isso aÃ" - era slogan da Coca-Cola, cê chegou a ouvir? Como no caso do refrigerante Preto, ao humano preto não se sonega o espumar. Eu nem li direito toda aquela controvérsia, embora pudesse até aprender com ela; é que tô de saco cheio. Pra mim, como guia pessoal, é simples: esse paÃs se construiu nas costas de preto. Vamos retribuir? Vamos cessar a violência, agir em prol de equalizar melhor as coisas? Não me sinto culpado, apenas empático. Pra minha humanidade, basta.
Pois é, Alberto, é isso mesmo. Mas história não se apaga ou anula, embora possa haver esforço voluntário pra lidar com cuidado. A quem teve a carne marcada a ferro e à humilhação diária, não creio justo nem factÃvel botar "isenção" como sine qua non.
Não há como retribuir, não há como compensar. "Cessar a violência", "equalizar melhor as coisas", seja lá o que for, é tratar dos direitos atuais da população negra atual, é combater o racismo que continua excluindo a maior parte da população.
Toda sensação de hegemonia traz as discórdias à baila. Há pouco havÃamos desbastado Bolsonaro a ponto de torná-lo inviável, virou então hora de negociar dÃvidas antigas entre quem se juntou. O Centrão percebeu esse movimento fraticida e se movimenta também e sabe se movimentar muito bem. Narloch ser racista ou não importa tanto assim? Ele ao menos tem $ para comprar negros e materializar seus delÃrios? Definir, condenar, demitir Narloch vale o Congresso e a Presidência ?
(1) Benassi, debate-se Narloch há um mês na FSP. É civilizatório que as boas idéias vençam. Mais quais estão vencendo? As grandes lideranças negras que escrevem aqui na FSP estão propagando as idéias dele, criticando, é verdade, mas propagando. Será que algum dia ele sonhou com isto? O grande truque do Narloch é o método, aprendido com Bolsonaro: Mantenha-se à tona com a força do seu inimigo - ache alguma coisa, preferencialmente que o ofenda, e ele fará propaganda de suas idéias, de graça...
(2) Alberto, a atuação do Centrão não é assim tão desconexa da do Narloch. É a 3a. Via garimpando votos seus no consenso que se formou do 'Fora Bolsonaro' (e em consequência Lula dentro). Lá o Centrão, (que sempre foi 3a. Via, só que 'mal cheirosa') vai atrás dos votos compráveis. Aqui Narloch garimpa os votos anti-intolerância, fáceis de se conseguir nos movimentos identitários.
E do aquecimento global, não vai falar?
Zé Ricardo, meu caro, vou avançar um pouco no seu raciocÃnio: a extração do Bozo do trono, também ela se move por uma busca de igualdade; nessas falas e ações bozolinas, está embutido um privilégio antidemocrático, "toda glória aos neandertais": à queles que cultuam respostas armadas ao mundo, "cristãos", hhhéteros, blá, blá, blá. *Não*. Não. Governo, ação pública, é para todos. Estado, essa instituição republicana, hoje, deve cuidar de todos. Nesse espÃrito, Zé, vejo a mesma luta, civilizatória.
O pessoal está brigando por registros históricos enquanto a História acontece. ;)
Boa, Thiago. Apoiado. O artigo de Nardoch é intelectualmente desonesto e o de Magnoli, ressentido. A escravidao é uma sombra que paira sobre a consciência deste pais. Finalmente estamos falando dela. Nem isso havia.
Nunca vi ninguém tentando excluir a escravidão de qualquer debate. Nem o Sérgio Camargo, presidente bolsonarista da Fundação Palmares, seria tão tolo.
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