Demétrio Magnoli > Uma ilusão de cor Voltar
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Cada um acredita no que quer. A diferença é que uns tem coluna em jornais outros não. Texto ridÃculo. Racista.
Maravilhoso o texto.
Se o autor do artigo quer falar sobre sistema econômico da escravidão, por que não se debruça sobre a pós escravidão e como ficaram os negros "libertos"? Por que chamaram os europeus ( Italianos, em sua maioria) para ocupar o lugar de empregados? Por que deram terras a esses europeus e não deram para os negos que aqui viviam ou que tinham nascido aqui: são brasileiros porque aqui é e era "jus solis" (brasileiro é quem nasce no paÃs). Por que será que nesse sistema econômico não coube os negros?
Deram terra a imigrantes italianos? Quero a minha parte. Meu bisavô, substituto da mão-de-obra escrava, foi açoitado por um feitor, fugiu da “terra alheia” após surrá-lo e sobreviveu, mesmo analfabeto, trabalhando num pequeno negócio de secos e molhados até montar o seu. Desculpe, dramas e dramas humanos.
Ou seja: brasileiros negros não tiveram os empregos e não tiveram as doações de terras do governo que tiveram os europeus que vieram para cá após a tardia lei que libertou os escravos. Isso é um "sistema econômico" do mais alto grau para o autor do artigo. Onde se quer chegar com isso? Eu conto ou você conta?
Não dá pra saber se é má fé ou desonestidade intelectual. Pouco importa a motivação inicial da escravidão, se foi o racismo ou o modelo economico. O que importa é que, seja o modelo economico a causa, a escravidão criou ou no mÃnimo intensificou o racismo em proporções absurdas com consequências sentidas até hoje. Achar que é possÃvel dissociar uma coisa da outra é vergonhoso, inacreditável darem voz pra tal inepto.
Acho que o artigo de Magnoli reúne as duas coisas: má fé e desonestidade intelectual. O que ele escreve ou fala é movido pelo seu rancor aos movimentos antirracistas. Ele não é um estudioso da raça. É um negacionista intelectual que não tem estofo nem hombridade para reconhecer sua limitação e o racismo que vive dentro dele. É detestável! Impressionante como tem espaço nas maiores mÃdias nacionais! Uma vergonha e uma ofensa para todos deste paÃs! Não me admira que esteja na grande mÃdia.
o professor Eduardo, que atua nas áreas da história da escravidão e das mestiçagens, vem fazendo descobertas surpreendentes. Uma das mais importantes se refere aos senhores de escravos que, ao contrário do que se aprende na escola e nos livros didáticos, nem sempre eram brancos. Em Minas, do inÃcio do século 18 a meados do 19, mais de 30% desses proprietários eram ex-escravos ou descendentes de escravos. Em 1776, conforme as estimativas, havia na capitania de Minas, então a mais rica e populosa
Aquela linha tênue que não se sabe onde acaba a ignorância e começa a má fé, eis o artigo de Demétrio. Ele faz justamente aquilo que acusa, segrega um dos aspectos e tenta consagrar o outro como se fosse a única explicação possÃvel. Dissociar a escravidão da questão racial é o mesmo que não reconhecer sua dimensão econômica. Mais um artigo lamentável de Demétrio sobre isso.
O que eu penso, como historiadora, é que as análises não podem ser pautadas tão somente em questões econômicas. Por isso discordo da visão desse senhor.
Paul Sweezy- Teoria de Desenvolvimento Capitalista-Imperialismo- Racismo:....".uma nova justificativa , pseudcientÃfica, para a polÃtica de expansão imperialista: a teoria da superioridade racial. A relação entre a ideologia racial e o imperialismo foi mostrada por Hilferdding "
O mais impressionante é que esses liberais se inspiram nos EUA em tudo, mas ignoram as décadas de polÃtica de cotas vigente naquele paÃs, as quais resultaram em verdadeira ascensão social da população negra, inclusive com um ótimo presidente negro (fruto ele também da polÃtica de cotas).
É o fim da picada dissociar o racismo da escravidão ocorrente nas Américas e na Europa do século XIX, onde os negros nem mesmo tinham o status de pessoas. E o autor defende essa ideia exclusivamente para fundamentar sua contrariedade à polÃtica de cotas. O Brasil tem sim uma dÃvida a pagar aos negros, e ela deve ser paga não só pelos brancos, mas também pelos negros que enriqueceram.
O autor quer deixar de lado que a cada sistema econômico corresponde uma ideologia, um conjunto de ideias que sustentam ideologicamente e tb politicamente este sistema. Então qual era a ideologia do sistema escravista. Sem dúvida passava por uma menorização racista dos negros. Não focar isto é tergiversar. Uma arte que o autor domina.
Interessante a reflexão...
Eu não consegui compreender o objetivo do artigo: o autor tentar significar a desumanização de um grupo gigantesco de pessoas e chama isso de atividade economica e capitalista? O fato de negros libertos terem escravos significa que se tornaram capitalistas - mas de onde vem essa referencia de capitalismo? Também não entendi de onde o autor tirou que se quer responsabilizar os brancos sobre a escravidão.
O que não podemos esquecer é que por quase 400 anos nosso paÃs usou de mão de obra escravisada (como CRIME e não como sistema economico) e até hoje nossa sociedade marca os negros como cidadãos de segunda classe. A sociedade brasileira tem uma divida com os decendentes dos escravizados que precisa ser paga com inclusão. As cotas indicam um grande avanço mas não são suficientes. Este artigo publicado pela Folha indica quanta distancia ainda precisamos percorrer como sociedade. Muito triste.
Vale lembrar que os árabes foram proibidos de estudar ao longo da dominação otomana, razão da maioria que emigrou era analfabeta. Ontem alemães contra judeus. Hoje judeus contra os palestinos. O ódio imperando em ambos os lados. Conflitos entre etnias sempre existiram. Aqui, ficar lembrando um passado, com ostensivos ressentimentos, poderá resultar em conflitos perigosos para a paz. O momento é de união contra a inflação, contra a imoralidade do mercado, pela limitação do lucro excessi
Ele compartilhou uma boa visão da escravidão. Nada de racismo, mas de negócios. Era a cultura planetária da época, assim como é a atual imoralidade da polÃtica de paga pelo trabalho humano. Qualquer um pode ser dono de empresa que ganha com o trabalho humano, de branco ou de preto. Depende da capacidade de cada um. Cotas nas universidades garantem acesso a elas. Uma boa forma de reconhecer a imoralidade cultural que foi a escravidão. Mas racismo é que não foi.
Parabéns ao colunista por manter o dedo na ferida. Agora é aguardar os parcos argumentos do pessoal que é mais preocupado em lacrar e cancelar do que debater.
Sofisma puro, Demétrio. Alguns capÃtulos de Escravidão, do Laurentino Gomes, ajudaria-o a adentrar no debate kkkkk
Gustavo Carvalho disse tudo!
Para reivindicar respaldo da ciência e da historiografia é preciso antes estudar. Magnoli não se contenta em ser comentarista da Globonews, ele aparentemente se informa pela Globonews. Aos livros, meu caro!
O racismo não surgiu no outono da escravidão. Surge logo no inÃcio, para justificar a própria escravidão. Leia Voltaire, que investiu no tráfico negreiro e dizia que os negros eram, por natureza, escravos dos outros homens. Leia Montesquieu, que critica o argumento de que os escravizados eram *tão pretos que não podiam ter alma*.
“A escravidão acabou”. Só se for na bolha demetriana, haja vista a aceleração da deterioração das relações trabalhistas no Brasil, que em breve nesse caminho se tornarão análogas à escravidão.
Magnoli não leu Otelo. É impossÃvel ter lido a peça e dizer que não havia racismo na época de Shakespeare e que o mouro de Veneza não era considerado negro. Ao longo de toda a peça ele é tratado com desprezo exatamente por ser *black*.
Se for preciso destrua a semântica pra satisfazer pensamento torto. Bom texto.
Que artigo esclarecedor! Obrigado Demétrio. Excelente e oportuno artigo. Coloca as coisas nos devidos lugares. Parabéns.
Quanto ao fato de que mestiços - filhos de homens brancos e mulheres negras - por vezes possuÃam escravos, é correto: e isso era socialmente visto como "torna-se branco". O discurso da superioridade racial coloria - perdão pelo trocadilho - todas as interações econômicas. É impossÃvel que Magonli não perceba isso muito bem. Apesar de se querer muito lógico, esse texto foi escrito com o fÃgado, como uma provocação aos "identitários".
(Cont.) Por isso mesmo nasce o discurso da inferioridade negra - para justificar a escravidão perante um estágio posterior da civilização. Ela precisava ser justificada ideologicamente, precisamente por ter, dentro do mercantilismo europeu, uma natureza absolutamente distinta do escravismo ancestral na Ãfrica (que ainda existia em moldes parecidos em alguns pontos da Ãsia). O texto de Magnoli obscurece essa distinção básica, sabe-se lá por quê. Talvez por ódio aos "identitários". Triste.
O escravismo ancestral dentro da Ãfrica representava, no século do Iluminismo, um resÃduo de um estágio anterior da civilização humana, antes generalizado, mas naquele momento cada vez mais circunscrito (à Ãfrica e a pontos da Ãsia). Quando os produtos desse escravismo primitivo embarcavam nos navios europeus, eles se tornavam 'commodities' dentro de um estágio mais avançado da civilização humana, um estágio já de posse de todos os recursos filosóficos e intelectuais para rechaçar a escravidão.
Magnole só esqueceu que nas Américas não houve, (até onde eu saiba) escravidão branca.
Texto racista. Deu um monte de voltas pra tentar se justificar.
Ou você que se faz de desentendido Max.
Sinto muito. Você não entendeu nada.
Concordo que a escravidão foi um modelo econômico . Europeus, africanos, americanos, Ãrabes (se bobear, até neandertais) foram escravizados na história humana. Mas a discussão atual é sobre a escravidão negra, africana, moderna - a maior e mais longeva de todas. Então, nessa discussão em particular, sim, há o componente racial.
Sofismo por parte do colunista. Obviamente que a escravidão era engrenagem de um sistema econômico. Mas a escravidão no Brasil alimentou sim um sentimento racista pois a elite dona de escravos, majoritariamente branca, associava as pessoas de cor a uma classe inferior.
Toda essa discussão é útil para tentar entender a dinâmica econômica da época. Os africanos viviam em reinos, onde a divisão de classes entre os que mandavam e os que obedeciam já era um costume. Em termos tecnológicos dominavam até a metalurgia do ferro. Com isso, eram melhores trabalhadores que os indÃgenas das Américas. Por outro lado, a costa brasileira tinha abundância de água, ao contrário da africana. Por isso a cana foi cultivada aqui e não lá.
De fato, os grupos de "luta identitária" criaram confusões que dificultam soluções para problemas graves, mas este artigo todo arrumadinho é uma lástima por negar o racismo intrÃnseco na escravidão negra no Brasil. Os africanos não foram escravizados apenas porque era lucrativo, antes disso ou ao mesmo tempo houve sua desumanização, pois não seria possÃvel tratar seres humanos de forma tão brutal. Nada a ver com os escravos em Roma, que podiam ser professores e cujos filhos nasciam livres.
Os escravos resultavam de vitórias na batalhas e viviam em outras condições. Nenhuma relação com a escravidão negra. O problema do colunista é que seu paÃs é quase que exclusivamente composto de população negra ou descendente dela. Somos um paÃs mestiço pelo abuso de 400 anos de escravidão e de projeto de embranquecimento com o estupro programado de negras na expectativa de que em 100 anos a população ficaria branca.
Parabéns pelo artigo, Demétrio! Naturalmente, o tribalismo identitário dentro e fora da FSP ficará raivoso. Acredito que estes nunca concordarão com as evidências apresentadas aqui ou alhures, pois pensam com o fÃgado e têm plateia cativa. Gostam de trabalhar o emocional da militância, a qual rumina racialismo e bordões pseudocientÃficos.
Excelente artigo. Prepara-se para ser taxado de racista ou de seu artigo causar asco. Sou contra todas as formas de descriminação: raciais, gênero, culturaisÂ… Mas não podemos adaptar a história ao que acreditamos, ou censura-lá quando não consigamos adapta-lá. A chamada causa negra é importante? Sem sombra de dúvidas. Somos um PaÃs racista ? Sim. O final do artigo deve nos fazer refletir.
Europeus escravizaram europeus. Logo, a escravidão, a qualquer tempo, é uma instituição apenas econômica. Falácia. O argumento salta da antiguidade até a modernidade e esquece que quando o sistema colonial recuperou a escravidão ela já havia sido superada na Europa. O que impôs a questão sobre a sua legitimidade. E ela foi dada por um aspecto racial: negros seriam descendentes do amaldiçoado Cam. Podiam ser escravizados. Já indÃgenas, certificou a igreja, tinham alma. Não é dominação racial?
Dá-lhe, Demétrio!
Por que no Brasil a maioria dos escravos eram negros?
Porque a maioria dessa "commoditie" era negra e fácil de ser obtida.
Gabriel. Releia o texto, pois foi dito que "brancos escravizaram brancos na Europa e negros escravizaram negros na Ãfrica".
Gente, vocês estão de brincadeira. Não é possÃvel. Vocês não enxergam mesmo que os negros, mesmo após a "abolição" continuaram a serem tratados como nada, não como indivÃduos, não como gente? É esse o nÃvel de vocês?
Sugiro ao doutor em geografia humana pela USP que se preste ao trabalho de ler, com alguma seriedade, a obra do doutor em história e ciência polÃtica pela Sorbonne, Achille Mbembe (atente-se tb à s referências bibliográficas). Faço essa recomendação ciente de que os numerosos pesquisadores brasileiros, estudiosos do assunto, não se mostraram à altura de Vossa Senhoria.
Demétrio viajou na maionese outra vez. Mesmo que é óbvio que a escravidão está presente há milhares de ano entre os mais diversos povos e grupos, há algo de peculiar na escravidão africana para as Américas: 350 anos de exploração industrial da escravidão somente dos negros pelos brancos criaram um fato profundo de racismo branco no negro que constitui o fundamento do racismo do qual padecemos hoje. Demétrio erra de forma trágica e imoral
Acho que vc não entendeu o texto. O argumento do articulista eh exatamente esse, o racismo tem origem na escravidão, motivada economicamente. O racismo foi criado pela escravidão. Vcs estão falando a mesma coisa.
Seu Demétrio, em respeito ao seu intelecto, reconheço: é assim que se faz, intelectual traz argumentos e que podem ser rebatidos. Não há dúvida de que a escravidão é sistema econômico; ocorre que, justificada pelo argumento racial, intrinsecamente imbricados, assim constituiu uma sociedade. Esse mesmo racismo que a sustentava, a despeito de um nascente igualitarismo, perdura até hoje. Não importa a origem, a decorrência racista é vilã contemporânea e não deve ser minimizada.
Marcos Benassi, sempre preciso em seus comentários.
Demétrio agora tenta relativizar a escravidão, desvinculando-a do racismo estrutural da sociedade brasileira. Só falta agora dizer que o bolsonarismo é uma figura de linguagem e não um movimento nazista. Patético.
Mais um que não entendeu. O racismo estrutural tem origem na escravidão. Certo? Eh o que o artigo argumenta. Não havia racismo estrutural antes da escravidão.
Demétrio, então por qual motivo não existiam "brancos" escravizando "brancos" em nuestra América?
Existe , sim, até hoje "trabalho escravo" em várias regiões do Brasil sobretudo no nordeste. Não distingue entre brancos e negros. "Escraviza" todos.
A pobreza de ambas as visões é de doer. De um lado, a escravidão lato senso independe de conflito racial De outro, a escravidão estrito senso, brancos escravizando negros, guarda elementos culturais nocivos até os dias presentes. Uma situação não exclui a outra, argumentar que a primeira reduz os efeitos da segunda [o colunista] ou reduzir um horror universal em uma luta de brancos contra negros [ativistas identitários] é desonestidade intelectual e marketing oportunista barato.
Tenho dúvidas sobre a afirmação: "O racismo não era necessário para a existência de escravidão". Se o racismo não está na raiz da escravidão, ele por outro lado sempre justificou e legitimou os mecanismos de subjugação escravocrata. Mesmo entre "brancos" sempre existiu um sistema perceptuvo de castas, desde a antiguidade, que definia uma hierarquia entre os seres que, por sua vez, homologada a escravidão. E, no Brasil, pensar que racismo e escravidão são fenômenos distintos é insulto... racista.
Tenho que concordar com Demétrio, embora suas abordagens tradicionalmente partam da direita liberal, desta vez excepcionalmente usou o Materialismo Histórico, a razão e o universalismo contra o irracionalismo identitário. Racializar relações sociais e destacar interesses corporativos não são posturas da esquerda, por isso teve patrocÃnio da Fundação Ford!
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