Demétrio Magnoli > Uma ilusão de cor Voltar
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Parabéns ao autor, excelentes reflexões.
O grande erro do movimento identitário é binarizar os conceitos. No Brasil não tem somente negros, tem o amarelo (que se acham brancos), tem o de pele clara neto ou filho de pardos, tem o caboclo, tem o "moreno claro", tem o branco que se define como pardo. PolÃticas baseadas em cor de pele praticamente excluem parte considerável da população que não é nem branca e nem negra, pois o risco dos comitês a considerarem branca é alto. O próprio comitê para analisar a cor da pele lembra o nazismo.
Hoje Demétrio esqueceu que surgiu um discurso de dominação lá nos séculos XVIII e XIX, como justificativa moral para incursão e o tráfico de escravos da Ãfrica - o "fardo do homem branco". No final do XIX e inÃcio XX, teorias raciais buscavam justificar a supremacia branca. Que o sistema escravagista negro foi um sistema econômico, não se tem dúvida, mas cresceu com ele algo mais, o racismo à população negra.
Mais uma vez caà na armadilha de ler um texto seu. Que horror
Por que? Qual o seu argumento? Fácil atacar a pessoa e não a ideia, certo?
Horror porque desnuda a mentira do identitarismo. Ou seja, horror porque te deixa sem argumentos.
Não tem diferença nenhuma entre o discurso identitário e o texto do demétrio: não explicam nada.
Basta ler a coluna com atenção.
O texto explica o que já está em vasta literatura sobre Ãfrica é escravidão. Inclusive em livros didáticos.
A nós brancos é preciso reconhecer a nossa responsabilidade polÃtica e moral que carregamos pelo escravismo de africanos e indÃgenas por brasileiros. O autor escreve de longe como se o escravismo de africanos e indÃgenas no Brasil fosse algo totalmente abstrato.
Na lógica do texto, seria mais lucrativo "brasileiros brancos" de uma região do Brasil escravizarem "brasileiros brancos" de outra região e com todos os castigos que "brasileiros não brancos" receberam ao longo de séculos.
Primeiro erro do teu comentário, supor que há brasileiros brancos. Há, mas na época que tu se refere, haviam europeus que aqui chegaram. Ainda hoje, mais de 90% da população é mestiça. Há casos de irmãos gêmos de pais pardos tal que é de pele branca e o outro, parda (o que os binaristas do identitarismo classificam como negro). Esse identitarismo não é um movimento anti-racistas, mas sim um movimento polÃtico em busca de recursos. Além de ser perigoso para a democracia.
O mercado escravo transatlântico já estava feito. É era extremamente lucrativo
A escravidão moderna surgiu quando os Europeus já não escravizavam europeus, surge quando os laços de servidão estão sendo rompidos na Europa. Isso ainda a torna mais terrÃvel e, sim, racista. Os zoológicos humanos na Europa, que mostravam negros como animais, visavam desumanizar os negros. Já que todo ser humano era livre, os escravos negros ou indÃgenas deveriam ser algo subhumano. Querer igualar a escravidão moderna com outros modos de escravidão é falta de senso histórico ou má fé.
Perfeito Alexandre. Profunda falta de senso a comparação.
A escravidão moderna surge como um negócio muito lucrativo na Europa e na Ãfrica.
Li a obra "Uma gota de sangue" . Rica em informações históricas, mas me deixou a impressão, da mesma forma que o presente texto , que a questão é a pobreza e não o racismo . O autor não é simpático a ações afirmativas , coerente com seu pensamento que relativiza e diminui a realidade do racismo . Pode ser que eu tenha entendido tudo errado e , se for o caso , então peço escussas .
O problema não é a luta séria contra o racismo. Essa luta parte pelo processo educacional que, ironicamente, é controlado por meia dúzias de "brancos" que querem promover um modo de reparação radical, a demonização do "branco". Só que essas outros brancos de tez, na maioria, são mestiços. Quando a Magalu abre um processo de seleção só para negros, está excluindo o rapaz branco pobre que nunca teve oportunidade, provavelmente neto de "negros" (padros são considerados negros pelos identitários).
"Uma gota de sangue " não li, mas está na agulha.
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