Opinião > A direita e o seu eterno problema racial Voltar
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Perfeita a análise. É na lama do discurso pós- moderno, anti-cientÃfico, negador da sociologia, que chafurda a atual extrema direita. Escandaloso, porém não surpreendente, é a tolerância que o establishment liberal(incluindo veÃculos de imprensa como a Folha) dá para as fachadas legais de organizações nazistas e racistas.
Então, que a ciência ache um meio de evitá-lo, porque o escravismo (não pense que apoio os modos), que na minha concepção é servilismo, sempre esteve presente no homo sapiens (se bem que de sapiens., muitos sociólogos e historiadores não tem nada). Os historiadores observam aquilo que dá notoriedade - fale, por exemplo, que as pirâmides do Egito foram erigidas com escravatura branca.
Criticas á racialização não vem apenas da direita fascistoide. A "esquerda" identitaria se alinha com os conservadores e aceita seu patrocÃnio pela "revolucionária" Fundação Ford. A esquerda sempre foi e é universalista, a "outra" é corporativa e quer apenas se inserir de forma privilegiada no capitalismo! Não quer mudança, quer continuidade e privilégios, isso se chama conservadorismo!
A súcia conservadora brasileira está importando a tentativa do trumpismo de afirmar que quem divide a sociedade é quem debate a divisão existente e não as desigualdades históricas, econômicas/raciais. Não à toa, eles têm tentado contrabandear a suposta crÃtica ao que parte da academia estadunidense chama de Teoria CrÃtica da Raça. Farão disso o cavalo de batalha do pânico moralista que tentarão instituir nas eleições de 2022 (mamadeira de p* 2.0). É imperativo que se fique atento.
Sim. tentam importar essas questões Yanques, raciais e debates intermináveis como religião, pena de morte e aborto. não que não sejam importantes é que nos EUA são realmente intermináveis e não leva a lugar algum. Mas o conservadorismo religioso e comportamental no Brasil não cola. um ou outro é crente mente fechada, o resto quer mais é mistura, samba e que se dane essses temas.
Perfeito, Professor Gabriel Trigueiro. A direita brasileira está aquecendo para tentar fazer da eleição de 2022 um cavalo de batalha moral e (vejam só!) identitário. Se nas últimas eleições o que predominou foi o pânico moral em torno das questões de gênero e sexualidade, para 22 a aposta é nas questões raciais. Eles farão de tudo para acusar a esquerda progressista de divisionismo e mobilizar sua base racista e conversadora.
Abdias do Nascimento denunciou o extermÃnio do negro no Brasil por meio da miscigenação. O mesmo se seguiu com outros neoracialistas sobre o mesmo tema revalidando as noções terraplanistas do racismo cientÃfico. Uma das falácias, é que ele foi casado com Elisa Larkin, uma branca loira americana. Fica a provocação: qual o problema dos identitários com a biologia moderna e com a miscigenação? Quem teria um “problema racial” e seria “anticiência”? Certamente, “free style sociology” não existe.
Até porque foi publicada recentemente na folha que 37% do DNA mitocondrial (materno) dos brasileiros seriam indigena e 33% de pretas (e 70% de homens brancos). Uma enorme miscigenação da qual o brasileiro desconhece. Somos muitos mais misturados do que se imagina e no Brasil (ao contrário do que ocorre nos EUA) a mistura é constante. Ainda bem. Viva a mistura, viva o Brasil. Para mim a palavra racista é racista. só existe uma raça, A Humana. o resto é preconceito.
Certamente, Edmund Burke, Roger Scruton, Michael Oakeshott, Russel Kirk, dentre outros, não grandes contadores de causos, como vemos aqui. “Verdade sociológica”!? “Verdade coletiva”!? DifÃcil saber a qual filosofia da ciência isso se enquadraria. A questão fundamental, imho, é que conservadorismo, liberalismo, progressismo, anarquistas, dentre outros, não são blocos monolÃticos que permitem afirmativas genéricas como está no texto. Narloch e Olavo não são comparáveis, como se sugere.
Há conservadorismo e conservadorismo. O conservadorismo que o autor critica nada mais é que uma caricatura inventada como boneco de palha. Por exemplo, por que a divulgação de atos de corrupção da parte de várias organizações quilombolas foi classificada como racista? Não seria o caso de separar o joio do trigo reconhecendo que tais organizações não estariam infensas à corrupção?
O conservadorismo faz pouco uso da sociologia? Mas a moderna sociologia brasileira tem algum uso útil? Como respeitar uma sociologia que se recusa a reconhecer méritos e valores na classe média, essa que é sempre retratada como racista, reacionária e outros epÃtetos infames? Como criticar o conservadorismo sem fazer o necessário contraponto com a miséria intelectual que o aparelhamento partidário trouxe aos nossos departamentos de humanidades?
Não saberia contestar a primeira parte, mas a nossa classe média é realmente digna de se chamada de "racista, reacionária e outros epÃtetos infames". É classe média do elevador de serviço, da empregada doméstica, da Disney, da Louis Vuitton falsa ou contrabandeada, do condomÃnio "exclusivo", etc
Os ideais liberais no séc. XIX foram uma verdadeira revolução para acabar com o conservadorismo. As pessoas podiam se manifestar, escrever obras revolucionárias em várias ciências e tal fato mudou o mundo e destruiu a escravidão no ocidente. A escravidão sempre foi uma chaga da humanidade, no inÃcio do século XX tribos maiores ainda escravizavam tribos menores na Ãfrica.
Esse colunista é especialista no pensamento liberal e conservador??? Meus conceitos de liberalismo e conservadorismo são muito diferentes dos dele. Não acho q o Narloch relativizou a escravidão, apenas mostrou alguns exemplos que historiadores insistem em negar.
Li o texto de Olavo de Carvalho. A questão é que aquilo que ele chama universal, não é mais do que a expressão de um ou outro povo. Quando fala do tal compromisso na Cruz do Calvário está-se referindo a um dissidente judeu executado pelos poderosos de seu tempo, cuja lenda da ressurreição foi incorporada. Aliás na América cristianismo foi, desde o começo, imperialismo.
Esta gentalha que quer amenizar as atrocidades da escravidão não podem ser todos como de direita ,mas como gente perversa .
Reinaldo Azevedo, um liberal conservador, na sexta-feira parecia referir-se a Narloch ao criticar cronistas vigar/istas que se opõem a minorias militantes.
Faltou falar sobre o livro de Antonio Risério, que motivou a coluna de Narloch. Risério, um intelectual respeitado e que participou do núcleo de campanhas petistas à presidência, é antropólogo e sabe do que fala. Não houve relativização alguma da escravidão no livro dele. Lá, consta fatos históricos que o colunista parece querer não ver.
Caro Antonio , fiz uma resposta à sua resposta ao meu comentário . Acredito que ficou melhor esclarecida minha opinião. Com relação a obra do Risério , está no topo da minha lista de leitura .
Li o livro do Riserio e não há, no texto, encaminhamento para a interpretação dada por Narloch. Essa última lembra a explicação caricata (dos anos 1980) de que, como o Pelé namorou a Xuxa, não há racismo no Brasil. Sobre o artigo do Olavo, não li. Já li muita gente, boa e ruim, mas Olavo está além do limite.
Mano Gabriel, vosmecê pode ser Trigueiro, mas o texto do Olavão que evocou é mesmo Urtigueiro: meu, que Herda comichativa. Sei não, mas parece mesmo o "Samba do KCKrioulo Doido" do Sérgio Porto: Preto bom é o embranquecido, e os Tugas são Celtas. Eu morei na primeira cidade Romana da penÃnsula, Bracara Augusta, e lá não tinha nada de celta: fui vizinho de um aqueduto romano e, antÃpoda à minha casa, o banho público. Sei, sim: o Olavão é saudoso da Sauna Gay de dois mil anos, orgulho da raça...
Marcos, há tempos sou fã da sua escrita! Já faz parte da leitura do jornal vir aos comentários só pra ver “o que o Marcos Benassi escreveu”. E com alguns colegas leitores comentamos, além do texto, as suas considerações! Excelente!
O presente artigo coloca uma pá de cal na questão , e defitivamente desconstrói o posicionamento de Narloch e , no meu entendimento, trás um contraponto a obra "Uma gota de sangue" de Demétrio Magnoli , que coloca o racialismo com uma criação polÃtica e não uma realidade social aviltante e degradante .
Caro Antônio Araújo , conforme escrevi em meu comentário, a pá de cal é com relação ao texto do colunista Narloch . Com relação a obra do Demétrio Magnoli, acredito que faz um contraponto , ou seja , um argumento para discussao . A obra Uma gota de sangue é excelente , rica em informações, só me pareceu dar importância a questão econômica, relativizando a questão racial .Com certeza o tema é complexo e importante para ficar limitado a comentários de jornal .
Um artigo de poucas de poucas linhas colocar par de cal na importante obra de Magnoli? Veladamente, você só quer interditar o debate.
Do jeito que é a coisa, Vilarino, melhor juntar um pouco de cimento a essa cal e fazer logo uma argamassa forte: terra calcinada é capaz de cair no gosto desses Bozofrênicos. Faz concreto e deixa secar, mais Prudente.
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