Opinião > Representatividade, antirracismo e a Folha Voltar
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Observo aqui várias comentários com forte teor racista . Alguns indignados pelas crÃticas feitas ao Narloch ,um cara que escreve desdenhando da escravização negra , dos privilégios brancos e etc... Exigem que a folha dê menos espaço para escritores negros e antirracista .Esse é o racismo estrutural brasileiro , é nojento .
Ao mesmo tempo que pleiteia mais espaço e igualdade , aciona o patrulhamento ideológico para exigir só pensamentos e posicionamentos iguais ao seu, mostrando intolerância . Não tem que haver cotas raciais pois isto é discriminatório . Deve haver cotas só para os mais pobres , sejam brancos , negros ou outras raças . Por que brancos pobres não podem ter direito a cotas que muitas vezes são ocupadas por negros com boa condição social ou por mera declaração ?
Boa noite ,meu caro . Você nega um fato concreto da História brasileira , nega a escravização negra por de trezentos anos e os seus efeitos sobre o contexto brasileiro atual . Deve ser branco .
Já deu! Espero que a Folha abra espaço para textos mais interessantes que repetitivas crÃticas à coluna de Narloch. Como assinante e leitor assÃduo de colunas bastante diversas, como Djamila e Pondé, Thiago e Demétrio, gostaria que o Jornal continuasse a ver os leitores como adultos, com inteligência e instrução o bastante para formar opinião própria, avaliando e selecionando ideias e fatos dos textos. Não cedam a patrulhamento ideológico. Sigam tentando pluralidade, ainda que sob risco.
Posicionou-se perfeitamente contra as distorções que são convenientes ao status quo. As mudanças só se concretizam quando o outro reconhece e respeita a História do sofrimento alheio.
Eis aà o combate ao pluralismo em nome da luta antirracista.
Prezado Seu Andre, este paradoxo apontado é apenas um dos diversos deste veÃculo. Confesso que não acompanha as posições institucionais, prefiro dar mais atenção à s práticas jornalÃsticas - que, infelizmente, incluem a manutenção de um medÃocre polemismo. Assim como, ainda que com rearranjos, nós leitores somos submetidos à censura automática e humana, fazendo parecer que o jornal vende chocolates, e não palavras. Há muito espaço para aprimoramento, a questão é querer fazê-lo.
Urge que esta Folha explique o porquê da saÃda de Sueli Carneiro do Conselho Editorial. Fiz comentário na notÃcia pedindo explicação porque, como escreveu Degenszajn, não houve qualquer contextualização sobre a saÃda de Carneiro. Ou seja, mau jornalismo. Quando pensei em escrever para o ombudsman, tive dificuldade em localizar, por meio do buscador, a referida notÃcia sobre o conselho. Espero que não tenham tentado interditar a discussão e escamotear esse erro.
Postura equivocada e intolerante do autor. O livro de Antonio Risério, resenhado por Narloch, não nega a escravidão mas apenas centra o foco em alguns casos especiais de escravas que, trabalhando, conseguiram comprar sua alforria e tornaram-se elas mesmas proprietárias de joias, imóveis e até de escravos. Não há como negar que as histórias das sinhás pretas da Bahia são dignas de interesse e merecem um livro, e que um livro de alguém do calibre de Antonio Risério merece ser resenhado pela Folha.
Por seu raciocÃnio e do Narloch , a escravidão foi um simples detalhe. Lamentável.
Caro João, Antonio Risério é talvez a maior autoridade em história da escravidão na Bahia e escreveu um livro sobre as sinhás pretas, negras que compraram sua alforria e enriqueceram, tornando-se elas mesmas proprietárias de escravos. Narloch resenhou o livro e fez uma boa resenha. Muito barulho por nada e muita intolerância e espÃrito de caça à s bruxas. A época da Inquisição e do Macartismo já passaram. Falta acabar com a intolerância "woke", o puritanismo politicamente correto.
Posicionamento repetido do comentaria, que acompanha Narloch na "pulga" dos assuntos escravidão, racismo, desigualdades. Para eles, só o detalhe interessa.
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