Ilustríssima > Não posso ser julgado pelo que não está em 'Sinhás Pretas', diz Risério Voltar
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Não sou pesquisadora, então partirei do pressuposto de que a tese de Florestan Fernandes realmente está sendo desconstruÃda. Sendo assim, o que ocorreu entre a maravilha que foi a abolição (quando os ex-escravos empregaram-se e passaram a viver dignamente) e os dias atuais (em que a população negra é predominante em favelas, presÃdios e subempregos)? Aguardo a próxima pesquisa.
Então, e sobre a proibição de a escolas do Rio de Janeiro de ter alunos ex- escravizados. Pesquisa isso também. A escravidão nasceu junto com a humanidade. Mas delÃrios como a "maldição dos filhos de Cam" que ainda circula entre os fanáticos religiosos, foram forjados para fazer acreditar que determinado povo era destinado à escravidão.
Alude ao passado remoto.Na minha infância, não tinha favela na cidade que morei, hoje tem!O Brasil invés de melhorar, regride.Os polÃticos invés de aplicar o dinheiro público em infraestrutura,Educação, visando tirar o brasileiro da pobreza, aplicou em Copa do Mundo,construção de Cidades, como BrasÃlia! E foi nessa linha: um paÃs paupérrimo torrar dinheiro público em Copa do Mundo, OlimpÃadas, Tropa Militar no Haiti ?É querer demonstrar o que não é.
Li apenas hoje. Gratidão para a Folha por postar uma preciosidade como esse artigo.
o antropólogo tem "toda razão". As estatÃsticas são sempre falsas. As condições dos negros e favelas são maravilhosas! Não morrem como moscas, só não ascendem socialmente porque não querem... A escravidão nunca acabou, senhor!
Ele não está falando de hoje.Do passado remoto.Na minha infância, não tinha fa ve la na cidade que morei, hoje tem!O Brasil invés de melhorar, regride.Os polÃticos invés de aplicar o dinheiro público em infraestrutura,Educação, visando tirar o brasileiro da pobreza, aplicou em Copa do Mundo,construção de Cidades, como BrasÃlia! E foi nessa linha: um paÃs paupérrimo torrar dinheiro público em Copa do Mundo, OlimpÃadas, Tropa Militar no Haiti ?É querer demonstrar o que não é.
João Coutinho comentou Dave Chappelle na Terça; Helio Schwartsman falou dele ontem. O que tem a ver Chappelle com Antonio Risério? Dave contou em um dos especiais que fez a história de um negro que foi liberto por seu dono branco que também lhe deu alguns acres. Trabalhou, prosperou e comprou escravos a quem tratava tão mal que até fazendeiros brancos achavam incomum. Tanto nos EUA como no Brasil negros possuÃrem escravos, enquanto persistiu escravidão, parece não ter sido fatos raros.
Risério acabou de bater o martelo. Chega de ataques histéricos de quem pouco conhece. O fato de haver tal classe abastada em nada, repito: em nada, diminui o triste processo de escravização. Ademais, os ataques pouco ou nada são argumentativos, mas, sim, a quem levanta a poeira da história. Lamentável
Algumas questões: 1) De quem era a posse da terra e a propriedade da indústria (a têxtil, pelo menos) no inÃcio do século XX? Da sinhá preta ou do senhor branco? 2) Quem se tornou o lavrador assalariado no campo, o operário nas fábricas e o prestador de serviços (vidraceiro, ferreiro, carpinteiro, alfaiate, dono de restaurante) nas grandes capitais? A sinhá preta ou o imigrante europeu e seus descendentes? 3) Quem planejou a chegada em massa desses últimos (e também dos japoneses) e por quê?
O Brasil assistiu na Globo uma angelical dessa (Karol Konká) humilhar dia sim noutro também uma branca (Juliete) e um negro (Lucas). E não era novela!!!!!
Para uma pesquisa que realizei, tive que ler centenas de inventários dos séculos dezessete, dezoito e dezenove e consultar censos de inúmeras cidades mineiras do inÃcio do século dezenove. Das conclusões a que cheguei, posso dizer que o que Risério escreveu está correto. Isso não ocorria só na Bahia, ocorria em todo o Brasil.
Que tristeza ver um suposto acadêmico utilizar expressões como "escravaria" e "potencial reprodutivo das fêmeas". Um texto que bem exprime a ideologia ressentida que chegou ao poder.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Quanto gosto em
Mas pode ser julgado pelas palavras neste texto, "mulata", " hossexualismo", até dá nojo reescrever essas palavras... O autor tenta se esconder atrás do manto acadêmico, mas deixa escorrer o esgoto pelas beiradas.
Gilzamir, uma versão da etimologia da palavra mulata defende que se origina do latim mulus, portanto cria uma genealogia étnica em analogia ao animal relacionado aos descendentes de negros miscigenados. O termo homossexualismo, por seu sufixo ismo, define uma patologia e confere um estatuto de doença a uma orientação sexual que não é opção, já que não se aplica aos héteros.
Ele não é acadêmico, cara LaÃs. Nunca foi, a vida inteira. Ele é um pensador. Inclusive com livros belÃssimos como "Que você é esse?", "Oriki orixá", "A utopia brasileira e os movimentos negros", "A cidade no Brasil", "Uma história da cidade da Bahia", "Bahia de todos os cantos: uma introdução à cultura baiana", "Mulher, casa e cidade", entre outros.
E está proibÃdo de usar essas palavras? Meu avô era multato, pode-se considerar que era negro, homem intégro e corajoso. Não há nada de errado na palavra mulato. Homossexualismo também é uma palavra normal! Se o autor não adjetivou com outros significados, não tem nada de errado. LaÃs, vê se encontra o que fazer.
Riserio pensa fora da caixa e é corajoso. Dito de outro modo, é um verdadeiro intelectual.
Leiam monografia apresentada em 2006 na Universidade Federal de Ouro Preto: "Senhores negros: um breve estudo sobre libertos donos de escravos em Mariana de 1750 a 1760". DisponÃvel na internet.
Os colunistas de lado a lado comentaram sem ler o livro, isso parece óbvio. A escravidão foi uma atrocidade, isso também parece óbvio. Mais do que aprender e entender os processos que nos trouxeram até aqui, o pessoal gosta mesmo é de fazer Fla x Flu de comentário. Depois de ler o livro, volto para fazer um comentário decente.
Não havia nenhuns santinhos, como não há. Quanto à obra de Antonio Riserio (cerca de 20 livros), é digna de lhe conceder assento na Academia Brasileira de Letras. Ele é um dos grandes intérpretes do nosso Brasil, ao lado dos demais que receberam esse tÃtulo. E ainda vivinho entre nós!
Narloch fez várias extrapolacões duvidosas a partir uma obra que, muito provavelmente, ele nem leu. Uma coisa é a obra de Risério, outra as conclusões do Sr. Narloch, por demais conhecido como provocador primário da extrema-direita.
O autor distorce dados para chegar a conclusões estapafúrdias. Independente do número (assumidamente irrisório) de "sinhás negras" e de uma população livre "mestiça", cem por cento dos escravos eram negros, em um número que se estima ao redor de cinco milhões e meio de pessoas. O fato de que a alguns pouquÃssimos negros foi dada a possibilidade de, na última fase da escravidão, explorar outros negros como eles (nunca houve escravos brancos ou mestiços) não muda nada.
De onde tirou a informação de que não havia estrabos mestiços? Uma criança nascida de uma escravizada pertencia ao senhor/senhora (antes da Lei do Ventre Livre). Um founding father americano famosamente teve vários filhos com uma de suas escravas (que seria mestiça também). A realidade é complexa. Há famÃlias quatrocentonas em SP que tiveram antepassada ex escrava rica. Isso não elimina o fato de haver racismo no paÃs.
E da� Qual a novidade em se tratando do escravismo da Era Moderna, baseado na cor da pele? Se não tens o que dizer, cala-te.
Apresente então fontes que negam a pesquisa do Antônio Riserio
Como assim nunca houve escravos mestiços? Certamente que houve.
Fora Risério e outros que produzem obras sérias e pesquisadas como ofÃcio, isto, por enquanto, está a serviço exclusivo de senhores da "cultura". Uma queda de braço para ver como a história será escrita no futuro e, como pano de fundo, a disputa de grupos para ver quem domina a "cultura" e seus bônus polÃticos e pecuniários. E os evangélicos vão comendo pelas bordas, levando a massa jovem preta para as igrejas onde cantam e produzem música gospel num modelo americano abrasileirado.
"Quanto a legitimar a escravidão, por favor, a imbecilidade não tem o direito de ir tão longe". A qual (quais) dos ilustres cronistas da FSP ele está se referindo?
*colunistas
Para isso é que servem os pensadores Iluminar os caminhos
Parabéns pelo artigo e obra, Risério.Muitos dos militantes identitários da FSP não são especialistas nos seus campos de saber (e.g., Direito ou Psicologia),apenas escrevem com farto espaço tentando mobilização para uma pauta neoracialista, woke, a partir de uma engenharia social que revalida o racismo cientÃfico e outras pseudo teorias e análises (e.g., desigualdade=privilégio branco). É o terraplanismo racial,com enorme desejo de caçar não militantes.Alguns têm convulsões ao serem contrariados.
Misericórdia, um show de história ciência: documentos, relatos, censo demográfico, tudo pra comprovar um argumento contra a "história militância", há muitos historiadores atuais que começaram a ter uma visão diferente do que tradicionalmente se ensinou nas escolas e na academia como a República Velha, por exemplo, que aos poucos está tendo uma visão mais realista do que foi.
Texto interessante como puro exercÃcio de retórica, nada mais. O autor é pesquisador de um fato local, sobre o qual possui farta documentação, evidências e casos (as escravocratas ex-escravas da Bahia); mas resolve, a partir daÃ, usando sua posição de pesquisador, propor argumentos e generalizações que extrapolam muito seu escopo, falácia tão óbvia que nem se precisa de esforço pra enxergá-la.
Não é um fato local, isso se reproduzia por todo o Brasil. Por exemplo: no Mapa de População do Curato de Nossa Senhora da Aparecida do Claudio do Termo de São Jose Del Rei - 1831, o Sr. FRANCISCO DE SALLES de cor parda, idade de 31 anos,agricultor. possuÃa 29 escravos. Esse é só um exemplo. Consulte o site http://www.projetocompartilhar.org/Censos/indiceCensos.htm
Não havia só escravocratas negros e negras na Bahia não, meu caro. Mas em toda a extensão do Brasil. Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco etc. Pesquise. Lembro agora de monografia apresentada em 2006 por Guilherme Cabral Nóbrega na Universidade Federal de Ouro Preto: "Senhores negros: um breve estudo sobre libertos donos de escravos em Mariana de 1750 a 1760. Está disponÃvel na rede!
Força Risério ! O Brasil precisa muito de inteligência independente ! Se o pensamento e as pesquisas ficarem refém da mediocridade patrulheira que grassa em nosso mundo acadêmico é o fim do que resta de vida inteligente no paÃs.
Nada novo no bar do seu Manuel. O sistema sempre abre brechas para justificar o injustificável. E sempre existirá o aspecto moral subposto ao interesse econômico. Qual seria a proporção destas sinhás e das não sinhás (pretas) nesta exploração. Ou quantos Sérgios Camargos ou o famoso sombra atende aos interesses fascistas?
Olha, isso é história ciência, não é justificar o injustificável, se no censo de 1872, segundo o autor, 69% da população de Salvador era preta e mestiça e desses só 12% eram escravos, isso já diz muita coisa. A questão não é nem ser sinhá a questão é que, na prática, não existiam escravos na Bahia em 1889, quem dirá sinhas.
Interessante é como ele gosta de passar por Florestan Fernandes. Primeiro distorce a tese, segundo coloca que a evidência que alguns negros e mestiços (sem nunca mencionar proporções ou dados sólidos) serem minimamente prósperos em um local seria suficiente para fazer desabar uma construção de uma tese que envolve uma análise de toda a sociedade. É uma proposta mais floreada do famoso argumento "olha, aquele ali é bem tratado, então obviamente não podemos dizer que há problemas estruturais".
Muito instrutivo o artigo. O fato da população não branca ser muito maior que a de escravos na Bahia no final do século 19 nos anos anteriores à abolição não deixa de ser surpreendente, embora depois de pensar um pouco, veja-se que é razoável.
O gesto de fazer um recorte particular da história mostra que há intencionalidade na narrativa. Embora de interesse sociológico a obra é incômoda e inoportuna mas mostra que o traço colaboracionista se justifica há muito tempo sob a égide do lucro e o argumento da meritocracia.
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