Mariliz Pereira Jorge > 'Ele era tão bom pra mim, nem me batia' Voltar
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Façamos como os suecos. Vivamos solteiros e felizes.
Por isso que digo sempre: antes só do que pessimamente acompanhada. Seja em relação hetero ou homo.
Concordo com seu comentário. Admirável o posicionamento da personagem de não admitir ser dominada por ninguém, mesmo sem ter a clareza de que o que sofria era abuso. Mais para o final, ela se vê novamente caindo na mesma esparrela, como uma força centrÃpeta que a puxasse para dentro de um relacionamento opressor, ainda que sem violência fÃsica. Porém ela novamente reage. Sua mãe, no entanto, sempre tão independente, não percebe ser vÃtima da mesma exploração masculina de seus parceiros.
O Paulo Prado descreveu a tÃpica respeitável famÃlia católica brasileira (modelo bem realista em minha opinião): pai soturno, mulher submissa, filhos aterrados.
No mundo de hoje, não há mais porque mulher aturar relacionamento abusivo! Desde a mulher classe baixa até as grandes profissionais, elas já não dependem dos homens para comer seu arroz com feijão. Alias as mulheres moderna, tem até mais facilidade para arrumar um emprego, uma vez que trabalha de faxineira a gerente de empresa...
Mariliz, queridÃssima, essa é dura, porque silenciosa - mesmo tendo testemunhas, não poucas vezes - e não se limita à s relações domésticas: também nas profissionais, onde há assimetrias, pode haver um bom grau de violência. É interessante que, embora tipicamente masculina, a violência interpessoal não-fÃsica pode ter a mulher como protagonista. Contê-la é uma lição de civilidade, não só de antimachismo.
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