O centro da cidade está ao deus-dará e não é por causa dos sem tetos.

Acabar com a fome é um imperativo moral. Até o momento, só houve um governo declaradamente comprometido com isso.

Todos os nossos antepassados conviviam tão naturalmente com a escravidão que era comum negros serem senhor de escravos.

Profundamente lamentável. Independentemente do governo, façamos a nossa parte. Moro em uma Capital do Nordeste e vejo a mesma cena quando saio de casa. E são pessoas de todas as cores passando necessidades elementares! Como muito bem dito por Antonio Riserio em texto publicado nesta semana aqui na Folha: nosso maior problema é a desigualdade social. Essa, sim, é estrutural.

- Infelizmente vivemos em uma sociedade cega moralmente.

Lá vem o Brasil, descendo a ladeira. Bem que o homem falou que vinha para destruir. Apesar dele, parabéns a todos os voluntários que tentam mitigar o problema, levando sopa e outros tipos de alimento.

Pobreza extrema no Brasil é vergonhoso. O Brasil não é um país pobre. O que levou o país a esse estado de indigência foram esses maus políticos e o judiciário que não cumprem o seu dever negando regulamentar a lei constitucional do salario mínimo. Com o salario merreca do governo o trabalhador tem que morar em barracos na favela e mandar o filho na escola para comer porque o salario merreca não da nem para a alimentação dos filhos.

Quando nasci, há 67 anos, dizia-se que "O Brasil é o país do futuro". O autor dessa frase é Stefan Zweig que mais tarde se matou. De lá para cá, esse futuro só piorou e penso que vamos continuar nesse buraco por décadas. Quando pessoas disputam a sobra de ossos para se alimentar, tenho uma profunda desesperança da sociedade em que nos transformamos. Não dá para ser otimista com o futuro do Brasil.

Nos últimos dez anos o número de favelas no Brasil dobrou, isto é, aumentou 100%. Nesse período a população deve ter crescido no máximo 5%. Foram dez anos de PT e Bolsonaro, ou seja, o que de pior podia acontecer. E pior, estamos à véspera de repetir o mesmo dilema de 2018, ou seja, escolher sobre mesma dupla. Esses fatos podem fortalecer a terceira via mas é necessário que os formadores de opinião se manifestem sobre isso. São fatos, nada mais do que fatos.