Verdade o título de sua crônica: "A velhofobia está cada vez mais explícita, perversa e cruel". Tomo a liberdade de acrescentar outra: "Velhos enrolados de verde-amarelo estão cada vez mais explícitos [racismo], perversos [com diferentes] e cruéis [palavrão a atos]". Antes de 2018, minhas relações com meus colegas idosos eram ótimas. Agora, o virus do extremismo fez sumir relações humanas, demasiadamente humanas. Você poderia me alugar os seus velhos terapeutas?

Eu por exemplo não fico chocado com a velhofobia. Fico apenas angustiado e melancólico porque os jovens de hoje jamais, verão suas rugas, ou terão rugas como as nossas que conseguimos tentando criar um mundo melhor para eles, que apenas faziam chacotas de nossas imagens gastas pelas intempéries causadas, por também, velhos como nós, mas que pensavam que jamais iriam envelhecer e apenas envileceram vorazmente...

Texto maravilhoso e singelo! De uma emoção e humanidade que fala à alma! Parabéns!!!

Perdi minha mãe há alguns meses, aos 95 anos, já com muitas dificuldades de deglutir ou entender, e cuidar dela ao longo de dez anos, mesmo que não presencialmente, foi um aprendizado de vida inestimável. Eu mesma já tenho fios grisalhos e à medida que eles embranquecem percebo mais a "velhofobia". Isso me dá ganas de enfrentá-la cada dia mais à altura, com altivez e desprezo claro pelos preconceituosos. Amei sua crônica, e amo os velhinhos também.

Olha tenho 50 anos ,já passei no psicólogo já fiz de tudo e hoje o que me deixa mais feliz e realizado é fazer uma hora de ginástica , nenhum psicólogo me deixa mais feliz ,façam ginástica e sejam felizes

Mais uma bobagem que inventam. Difícil...

Maravilha de texto. Envelhecer é caminhar para a invisibilidade, não que queiramos, mas o mundo gira em torno dos novinhos. Parece que a pessoa idosa tem de estar sempre se desculpando simplesmente por existir.

Ser idoso no Brasil, imagino, deve ser deveras triste. Hoje senti a dor do que é ser idoso. (A folha censurou e não repetirei!) E o Dória tirou a gratuidade dos transportes coletivos para os maiores de 60 anos. Para o metrô torrar dinheiro público em propagandas malfeitas e autopromocional. Não vejo a hora de cumprir meu carma no Brasil.

Senti a dor em ser velha! Na catraca do Metrô Consolação, dois empregados , aí quando cheguei, com minha carteira na mão, os dois saíram de perto.Entraram na sala deles:falando no celular e a outra sentada. E fiquei como 2 de paus! Consegui achar meu passe na minha bolsa e passei.O cara do metrô: ah a senhora tem passe? Respondi, não! Pulei a catraca. Eu, linda, elegante,bem arrumada intelectual(aí acordei!),tratada com menoscabo abissal, imagino o que não passa os idosos humildes? !

Oi Miriam gosto muito da sua coluna espero toda semana para lê-la. Ainda bem que ainda existem pessoas como você no mundo que se preocupam em compartilhar seus conhecimentos sobre a interpretação da nossa horripilante realidade e ajudar os outros a também compreendê-la. Muito rica esta informação de que nossos sofrimentos pessoais não são culpa nossa mas da cultura que nos aprisiona em padrões estéticos e inúteis.

Seu texto me tocou muito. E faz refletir sobre a nossa (des)atenção com mais velhos. Quem conseguir envelhecer sentirá isso, pelo bem ou pelo mal.

O fator idade não é o problema. O problema está nas atitudes de cada um de nós. Existem velhos com espírito jovem e jovens com espírito de velhos. É óbvio que o idoso que parou no tempo e fica sempre comparando no meu tempo não era assim era assado será rejeitado pelos jovens. Mas os que estão antenados com a época e são empáticos, até tem o respeito e admiração dos mais jovens