Ilustrada > 'Marighella' sofre com ambição maniqueísta de canonizar personagem Voltar
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Se Coutinho não fosse um rapaz inteligente, diria que essa análise crÃtica é de uma ingenuidade sem tamanho. Sabendo de sua qualidade, afirmo que tem um tanto de má-fé com pitadas de sua fé inabalável na democracia liberal. Pela falta de espaço, aponto simplemesnte que confunde filme ficcional com documental. Ademais, é tão anacrônico que trata Marighella como um personagem do século XXI. Por fim, deveria ler a biografia escrita por Mário Magalhães. Assim, pelo menos aprenderia sobre Marighella.
Raras vezes li uma resenha de um filme polÃtico com tamanho equilÃbrio e sensatez. Marighella não lutou contra a ditadura. Seu propósito, assim como a militância armada da época, era transformar o Brasil na maior nação comunista das Américas. E o discurso de luta pela democracia era, e sempre foi, uma "fumaça" de legitimidade por traz do sonho vermelho. Ao final, o Brasil teve a "chance", naquele momento, de sair do embate como um ditadura capitalista de direita, ou comunista, de esquerda.
Tudo se resume, em escala global, à charada sempre repetida: Quem foi pior, Hitler, Stalin ou Mao? Não há resposta satisfatória. Debate inócuo que pode ser transportado para situações locais especÃficas continuando sem resposta.
Esse colunista é muito inocente, se até veÃculos tradicionais da mÃdia como Estadão e o Globo apoiavam a ditadura, querer que uma população com 40 % de analfabetos à época tenha discernimento politico é ignorância, e como sempre a classe média sempre foi a favor do golpe. Um artigo inútil e desnecessário.
Eu diria que sua opinião é mais inútil e mais desnecessária.
Um filme sobre Mario Kozel Filho ou sobre Elza Fernandes ninguém faz... Sequer sabem quem são ou lembram.
O filme é baseado numa biografia jornalÃstica, do Mário Magalhães. Marighella representa a resistência radical ao terrorismo de Estado. Chega a ser patética a comparação com o povo nas ruas defendendo as diretas já e não defendendo Mariguella, nos tempos mais duros da ditadura. Não conhece a Históriah? 1984 era um outro momentoÂ… Filmaço!
É agravante um jornal que apoiou a ditadura militar publicar a opinião de um jornalista que não deve ter lido Karl Marx e Lenin, ou pelo menos não deve ter entendido. Comunismo se trata da liberdade mais plena que um ser humano já imaginou viver em sociedade. Não esse capitalismo, ditadura burguesa que vivemos desde sempre. Assisti o filme, assim como o dos panteras negras, ambos retratos de uma burguesia ditatorial que usa o estado para reprimir aqueles que resistem a alienação.
Há um mistério sobre a emboscada que matou Marighella: como Fleury soube que, na tarde de 4 de novembro, Marighella telefonaria para a editora, se ninguém, nem mesmo os dominicanos, sabia com antecedência o dia em que Marighella telefonava para marcar os encontros? Marihella agia assim para evitar a delação. Somente ele sabia quando telefonaria. Como, então, naquela tarde, frei Fernando, junto com a polÃcia, permaneceu na livraria aguardando o telefonema?
É impressionante! Pois até hoje, mesmo depois de fisicamente morto, Marighella continua a ser fuzilado pela mesma gente. Porém, não podem mais atingi-lo, pois as balas atuais são blindadas pelas história.
O filme não se propõe a ser um documentário, logo não é correta a crÃtica de que deveria mostrar “os dois lados”. Se algum diretor se dispuser, que faça um filme retratando-o como terrorista. O crÃtico saiu de seu papel para tentar pagar de isentão.
Ainda vou ver o filme, mas acredito que a crÃtica a seu maniqueÃsmo seja pertinente. Era até previsÃvel que fosse assim. Já usar como argumento para validar sua crÃtica a (não) adesão à luta armada - em oposição à participação maciça nas manifestações pacÃficas pelas 'diretas já' - é ignorar processos históricos, e tudo o que transcorreu no paÃs ao longo de uma década e meia de ditadura. Resumindo para os jovens: era muito mais fácil (e seguro) ser oposição ao regime em 1984 do que em 1969.
Lendo os comentários percebe-se o quanto essa ferida ainda está aberta no Brasil.....
Seu Jorge me surpreendeu como protagonista... os hiatos ficaram, o reforço da "denúncia" dos crimes da ditadura também... Vale a pena ser visto... boa qualidade.
Boa parte da esquerda acreditava que a justiça social só seria alcançada com a revolução socialista, se esquecendo ou justificando os expurgos stalinistas, o grande salto adiante de Mao e o paredón de Che. Do outro lado, defensores da direita viam sádicos torturadores como heróis e o assassinato de 30 mil argentinos como "limpeza". Deus e o diabo estão muito além da religião, são representações instintivas pintadas pelo ser humano que acredita com toda a sua força serem a essência da verdade.
Já nem esquento mais a cabeça quando sou bloqueado. Devo ter dito alguma vdd
João Cândido o almirante negro. Lamarca. Marighella. Heróis sim ! Muito por causa deles podemos falar e comentar os duas de hj !
João vc poderia escrever um livro sobre Salazar. Q tal ?
É engraçado um filme sobre sobre o maior terrorista da história do Brasil não mostrar os horrores do terrorismo, e demonizar quem o combateu. Seria oe mesmo q um filme sobre Fernandinho Beira Mar enaltecer o tráfico e esculachar a polÃcia. Essa gente perdeu totalmente a noção. Depois não entendem a ascensão da direita e dos valores q ela defende. A esquerda só vai pro lao errado.
Pra sua informação o tra fi co fez uma po nte q era nec essidade de uma comu nidade a 40 anos. Por 10 % do va lor q foi lic itado por 3 gov ern os.
É muito mÃope a visão do autor ao falar de supressão das "liberdades fundamentais" pelos regimes comunistas, quando na verdade essas liberdades estão na barriga. É quando o estômago ronca de vazio sentimos mais a sua a falta. Quando houve a ameaça do povo comer três vezes por dia, o golpe de 1964 evitou esse perigo comunista. O golpe sempre se repete quando o povo experimenta comer melhor,: ou não foi por isso que derrubaram a Dilma? Povo comendo é sempre uma ameaça comunista a ser combatida.
Muito boa a crÃtica. Primeiro por acertar em que o filme mostra o horror da Ditadura. Segundo porque a crÃtica também acertou ao lembrar que o filme faltou com uma crÃtica ao personagem da História. Terceiro por lembrar muito corretamente que o povo não se manifestou por Marighella. Mas sim depois pela democracia, livre e pluralista. Bom texto.
É a velha tática canhota de subverter a realidade para criar uma narrativa. Só que este café é requentado. Não cola já há alguns anos! Vai ser o fiasco que merece!
Disse narrativa, é gado. Não falha
a esquerda da época era sim não democráticaÂ… tu sim tapa o sol com peneira, lê ou vê apenas teu lado, é partidário, não provido de princÃpios que Gabeira, ele mesmo, tem de sobra
A verdade está imersa nos porões da ditadura, e se esses porões escuros tivessem sido execrados não terÃamos esse pensamento fascista reinando e governando. DeverÃamos ter tido aqui sim uma verdadeira revolução popular, levada por um revolucionario sim, certamente esse povo não estaria hoje tão cabisbaixo assistindo os trastes de farda desfilarem abraçados a uma eliitizinha ignorante e envergonhado o paÃs no mundo.
Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil é uma paÃs maravilhoso, mas tem uma elite mesquinha, curtoprazista, autoritária, rançosa...
Lobos solitários que querem dar uma de heróis ou salvadores da pátria não poderiam se dar bem. Um regime jamais seria derrubado dessa forma. Ou se partiria para uma verdadeira guerra civil, ou então um processo gradual como o que culminou com as diretas já
Deixa eu ver se eu entendi. A épcoca de colonizar a América do Norte os colonos chegaram as terras e as dividiram entre eles. No Brasil a terra foi designada a poucos e aqui seus descenendetes (eram muitos filhos) tornaram-se barões e nós os expropriado de terras ficamos servindo os barões. seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos e desde então pavimentando a Democracia rural para usufruto ad eternum de produtores rurais. É isso mesmo. "Democracia e Meritocracia no Brasil" é tão correto.
E o autor cai na velha ladainha de comparar Pinochet a Fidel e ao espantalho do "dois demônios". Acho que o autor, a quem discordo, mas é honesto, deveria levar em conta não só a ditadura militar como pano de fundo, mas a interdição de TODAS as formas de intervenção pública. O mesmo "terrorista" fora parlamentar no nosso soluço democrático - talvez a História seja impiedosa com quem tenta jogar nas quatro linhas da constituição em meio a Guerra Fria. Não foi Marighella que deu o golpe.
Gabeira, militante da luta armada, exilado, mas é honesto o suficiente para dizer: "nós não lutavamos por democracia e sim para estabelecer uma dit adura de esquerda no Brasil". O resto é querer recontar a história. Esquerda, pare com narrativas fantasiosas...
Mario Sérgio respeite quem lutou, foi preso e exilado por um ideal. Hoje reconhece que errou. Você, no entanto, deve ser mais um desses bab acas, luli sta, seguidor do foro de SP, a vanguarda do atraso.....
Gabeira se vendeu. Se liga
No livro O que é isso companheiro? De Gabeira, mostra exatamente isso. Sua auto-critica
Nunca ouvi Ou li gabeira dizer isto mas se é verdade é a prova de que ele é um vendido
A história do século passado tem uma pilha interminável de corpos dos ditadores socialistas. A diferença deles para Mariguella é que o bahiano não chegou ao poder.
Muito bom artigo. Defender o terrorismo não pode ter espaço no mundo democrático.
Terrorismo foi o que o governo militar fez torturando e executando pessoas em um governo autoritário ditatorial
Articulista bobinho: o povo aderiu ao Diretas Já porque havia estrutura para fazer propaganda, divulgação, coisa que o regime militar não permitia. Não iria para implantar um regime comunista no Brasil? provavelmente não iria. Mas iria para derrubar uma ditadura militar que cassou polÃticos, Ministros e JuÃzes do Poder Judiciário, fechou sindicatos, não permitia reivindicações salariais (ao contrário do que diz um comentário abaixo, isso só aconteceu, pasmem e engulam, depois de Lula, PT e CUT).
Por que pasmem e engulam? Acho que você também é bobinho, ou bobão
Mariguella lutava pelo que ele acreditava, o socialismo marxista. Enfrentou um inimigo muito mais forte, um estado comandado por assassinos que pouco se importava com o povo. Esse tipo de artigo é pura hipocrisia.
Contrariando o Barão de Itararé que dizia "de onde menos se espera, daà é que não sai nada", a Folha surpreende e publica uma crÃtica correta e verdadeira com o filme, com o personagem retratado e com a história. Parabéns João Pereira Coutinho.
Está um bom texto mesmo.
Concordo. A crÃtica está realmente muito boa. Acerta onde filme acerta. Mostra onde pecou e o escritor ainda levanta a questão fundamental das diretas já. Está um excelente texto Folha.
Ótimo artigo. O povo não aderiu as guerrilhas porque o povo trabalhador não foi afetado pelo regime militar. No tempo dos militares tÃnhamos muito mais liberdade do que agora. PodÃamos nos organizar e lutar por reajuste salarial quando a inflação subia e sempre conseguÃamos aumento. Agora o salario está com 40% de defasagem e ninguém vai a luta por reajuste. Se limita a reclamar dos preços. Empregos não faltava. Violência não existia.
Que mentira! Você não tem vergonha de dizer uma coisa desta? Vai estudar véi?
Todos os comentários dos esquerdistas sectários não discutem o essencial: por qual causa os esquerdistas que aderiram às armas lutavam? Por uma democracia ouvir uma ditadura do proletariado? A hipocrisia mora da esquerda me rnoja
As ditaduras que se espalharam pelo continente, o transformou numa América latrina submissa aos EUA. A democracia foi esmagada e se tornamos num quintal sujo. O filme e sobre heróis lutaram contra isto, que amavam seu povo. Procurem uma mesinha com a foto do salazar e uma vela no quarto do narrador.
Deem um Google. Livro escrito por João Pereira Coutinho: "Por que virei à direita?" Direita no Brasil não é nem gente, é só cÃnico mesmo.
Ou seja, o autor queria uma obra centrista. kkkkkkkkkkkkkkkkk
Nossa, ganhou o Prêmio Centrista do Centro de 2021.
Viva Marighella!
Um mrda.
O autor Coutinho parece ser candidato ao prêmio Tucano de Ouro... A Folha já cedeu seu espaço para crÃticos bem mais interessantes...
as viuvas de 64 em prantos. nao querem anti herois para velar. se tivessemos feito a lição de casa em 88 nao estariamos em um regime militar disfarçado.
Não existe santo em lugar nenhum no mundo
Joao Pereira Coutinho vai receber a ira dos fanáticos, mas teve a coragem de abordar dois aspectos que o filme de Wagner Moura evitou: o maniqueismo de quem quer canonizar Marighella e o fato de que a sua luta violenta e sanguinária não era por democracia, mas pela implantação de uma ditadura de esquerda.
Você viu o filme? Aposto que não...
E o tal de Wagner acha que nos ilude. aliás, a classe artÃstica.
De fato em Cuba havia uma revolução democrática burguesa em curso, rumo alterado porque os EUA não admitia que o paÃs tivesse caminho independente. Pra sobreviver se aliou a URSS. Qualquer biografia de Fidel mostra isso. Afora dizer que o povo Cubano quer uma democracia libera é licença poética. Os inimigos do povo cubano que vivem em Miami e querem entregar de volta ao controle americano não são o povo cubano.
Por que piada? Me explica onde ele não está certo? Fidel tentou entrar em acordo com os EUA e não teve sucesso! Daà a opção pela URRS! Isto está documentado! A piada é você!
Se não tivesse havido a anistia geral e irrestrita aos militares que praticaram tortura o crÃtico que escreveu essa matéria talvez teria uma ideia diferente do que foi a ditadura e de quem, com bravura,lutou contra ela dando a própria vida . Talvez o miliciano psicopata genocida que tem como Ãdolo o torturador Ulstra não tivesse sido eleitome não terÃamos jornalistas agredidos como hoje noticiado.
O colunista é uma de direita e pensa age como tal. O marcatismo perseguiu artistas transformou Carlitos nos EUA, um perigoso agente soviético. A história revela os heróis e a verdade sempre emerge, pra tristeza destes ener gumenos.
É mesmo dureza ter que ler esse tipo de crÃtica na Folha. Nem parece que esse Coutinho viu o filme.
Realmente Mariguela sofreu muito . Não precisava sofrer com essa ambição maniqueÃsta do crÃtico aprendiz.
Maniqueismo nunca é bom.
A crÃtica que tenta exprimir imparcialidade forçada as vezes se toda fatÃdica. É como se fôssemos ser imparciais com judeus contra o nazismo, assim como os escravos que lutaram diante dos massacres. Vale pros Ãndios, pra outros regimes de exceção, evidente que cada um no seu contexto. O que Mariguela pretendia com a tal revolução? Evidente que não se santifica personagem.. Mas se formos observar os q liberais apoiaram na história, dá vergonha. Mariguela teve uma causa nobre, em tempos sombrios.
Só ler a "Revolução dos bichos" (G. Orwell) e entenderá o que aconteceria se o Marighela (que não era negro) conseguisse seu intento e sua "revolução".
20 anosÂ… está suave, foi breve.. tudo ao seu tempo, o povo é muito sábio, intelectual e cultularizado, por isso soube “aguentar” e por mais que achava o fim do mundo viver numa ditadura de militares bananeiros, nunca explorou as vantagens que apareciam ou achou ruim a falta total de direitos, até nem achava bom quando polÃcia ou milico matava ladrão, porque ladrão morto é uma vida perdida. Agora se por x motivo da vida o Che Guevara conseguia trazer a revolução aqui junto com o Maringhella aà o
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