Ilustrada > 'Marighella' traz retrato menos branco da luta contra a ditadura militar Voltar
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Esperava bem mais do filme. Por ser dirigido por VAGNER MOURA, com tanta experiência na frente das câmeras, pensei que quando ele passasse para trás delas, sairia alguma coisa melhor. O filme é violento, tem várias cenas de ação e a atuação do SEU JORGE é realmente fantástica. Mas a coisa para por aÃ. Talvez o excesso de simpatia do diretor pelo personagem tenha até atrapalhado a condução do filme. Vai ser esquecido em pouco tempo e duvido que se pague nas bilheterias. O cinema estava vazio.
Se não tivesse havido a anistia geral e irrestrita aos militares que praticaram certamente o povo brasileiro teria uma ideia diferente do que foi a ditadura e de quem, com bravura,lutou contra ela dando a própria vida . Talvez o miliciano psicopata genocida ,que tem como Ãdolo o torturador Ulstra, não tivesse sido eleito e não terÃamos jornalistas agredidos como hoje noticiado.
Certamente verei. Mas se Wagner Moura tratou Marghella como super heroi maniqueista, colocarei o diretor no cesto de filmes da Marvel.
É um filme, não um projeto de sociedade imposto a ninguém. É filho do contexto e das idiossincrasias do autor.
Tudo pelo espetáculo, e nada pelo respeito à história. Para filmes de ação, Wagner, prefira as ficções. Se for contar uma história baseada em fatos reais, procure as incertezas, as falhas, as dúvidas, os medos inerentes ao espÃrito humano. As pessoas não são super heróis ou vilões dos quadrinhos. São de carne e osso, vivem o calor do momento, sem muita chance de avaliar o panorama completo, como temos quarenta ou cinquenta anos mais tarde. Infelizmente, não vou me interessar em assistir.
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