Thiago Amparo > Os guichês que não quebramos Voltar
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Com todo respeito ao autor, não é assim que vamos mudar o mundo para melhor.
Há vários e vários tipos de violência, até aquela que age contra nós mesmos ao não reagirmos com os meios que dispomos contra injusta agressão. Ficar 7 horas retido num avião sem um motivo muito relevante é violência, tornar esse fato quase corriqueiro entre companhias aéreas é violência e escárnio. Depois, pedir reparação é outra violência, recorrer aos labirintos jurÃdicos é ser duplamente vÃtima de abuso.
o articulista ja comeca de maneira pessima com o titulo, onde incentiva a quebra de guiches e a violencia contra trabalhadores !! o caso se deu por uma condicao meterologica, fora do controle da cia aerea, e se direitos foram violados, devem ser cobrados a posteriori e sem violencia como a cometida pelo casal descontrolado e criminoso ! em qualquer pais serio, nao existe indenizacao por condicoes metereologicas adversas, onde os pilotos devem ser obrigados a zelar pela seguranca do voo.
Se você ler a história da mãe, a real preocupação com a saúde e a vida do filho em face ao atendimento horrÃvel que essa (e pelo menos a LATAM, que já me fez esperar 3 horas em um simples check-in) empresa oferece, a ausência de punições por parte da ANAC, a interminável demora em conseguir reparações no poder judiciário, enfim, não justifica a violência mas faz compreender a indignação
Acho que faltam a você, as referências para interpretar o texto. Leia novamente.
Me parece que o autor mistura violência estrutural ou polÃtica com uma situação privada de fúria e descontrole, fruto de um caso fortuito (mal tempo), cujo gastos extras poderiam ser cobrados depois, em vez de esperar sete horas pela empresa. Não há profundidade em quebrar guichês ou vidraças, o capital não é fÃsico para ser golpeado, mas os funcionários sim. Injustificável.
Há a violência que emerge da humilhação sofrida e há a violência da humilhação imposta. No caso, o desespero da dos primeiros se concretizou contra o balcão atrás do qual costumam se defender os da segunda.
Essencial a intenção do colunista de se colocar como voz que pede reflexão: quais são as violências que condenamos, afinal? Por que motivos condenamos algumas (como quebrar o guichê) e não outras (privar um bebê de cinco meses de seu direito à alimentação e abrigo)? Por que motivos condenamos as vidraças quebradas mas não a violenta desigualdade que impulsiona quem as quebra? As pessoas tem muita dificuldade de enxergar os fios que as manipulam.
Excelente reflexão.
Notável, Marcia.
A narrativa do casal explica o destempero mas não o justifica. Buscar legitimar que situações de stress e indignação possam fazer com que se queira resolvê-las na marra vai além da conta. O casal errou e parece que reconheceram isso. Isso não afasta que muitas vezes as companhias aéreas prestem um péssimo serviço.
16 anos para engravidar com custo aproximadamente de R$50 mil reais. Acredito que o casal deva gastar R$20 mil com terapia e muito tempo para saber como ser adulto e pais. Imagina como esse casal irá resolver conflitos do filho na adolescência.
Falando inclusive por mim, esse caso gerou muitas interpretações antes que a imprensa esclarecesse como os fatos de fato aconteceram. Por que os passageiros foram obrigados à longa espera dentro da aeronave? Foi mesmo oferecido o hotel, como afirma a Cia? A princÃpio me passou a ideia de que eram umbigos em fúria. Afinal, a mãe bradava pelos 16 anos e 50 mil gastos para engravidar. E se a viagem fosse de ônibus e durasse 3 dias?
Leiam o conto "Maria" de Conceição Evaristo.
O desespero do casal é poderoso ao ressaltar o desprezo do capital pela vida. SÃntese do que as Cias aéreas teimam em perpetrar com alguma frequência. Quem nunca teve algum acesso de raiva, ainda que contida, contra alguma violência do capital?
Thiago, carÃssimo, forte coisa. De modo muito sutil, sem nenhuma polêmica, este seu artigo é muito mais polêmico do que a média. Não faltará quem enxergue legitimidade no siricutico do casal mas a negue à mãe que rouba pacote de biscoito no supermercado pros filhos famintos. Multidões são violentadas no seus direitos e continuam quietas. O casuÃsmo ainda é a nossa regra.
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