Acho que basta que eles tenham um papo com os filhos, para que esses aprendam a 'dar um desconto' sobre o que os professores ensinam, ensinando a filtrar o conteúdo. Eu tinha colegas judeus no colégio católico e que estudei, e eles não se tornaram católicos por causa disso.

Jamais! Pais devem acompanhar a vida escolar dos filhos (e não são muitos os que o fazem) e sugerir pontos. Decidir o que ensinar é prerrogativa nossa, dos professores. Digo com muita experiência, de ter enfrentado situações escabrosas com pais bolsonaristas, com ignorantes terraplanistas, com gente achando que sabe mais de minha matéria que eu mesmo, com vinte anos de magistério. Basta de professores aceitarem "conselhos" e ameaças de quem não sabe o que fala e defende posições descerebradas!

A derrota do democrata se deveu ao radicalismo da esquerda americana, que a brasileira esquerda também pratica. Durante um debate ele disse , literamente, que os pais não tinham direito a escolher o que a escola deveria ensinar aos seus filhos. Resultado : o ditador esquerdista perdeu para a democracia.

Hélio, meu caro, me parece que há nessa questão um falso conflito: os pais pautam integralmente, sempre, o que é ensinado em casa. E, quando têm dinheiro, escolhem uma escola cuja pauta de ensino seja mais adequada ao que acreditam: se não a "pautam" propriamente, optam por uma mais adequada às suas crenças. Já a educação pública, deve ser a mais republicana/democrática possível, isto é, trazer discussões sobre diferentes maneiras de se viver em nossa sociedade. Resumo: grana faz diferença.

Enquanto as crianças estiverem na primeira infância os pais fazem as escolhas, mas qd atigem 16 anos fica impossível que não tenham acesso à informação sexual, Freud, Marx. As crianças qd forem adultas precisam romper com seus pais nesse quesito para assim fazer valer na sociedade

A diferença de ideias enriquece a pluralidade e o conhecimento, abre as portas para possamos ter acesso a escolha nossas, e não aquelas que foram impostas pelos pais. O corpo docente não pensa de maneira única em uma escola, e no Brasil vemos isso de forma muito aberta no cotidiano escolar. Quanto maior a exposição de nossas crianças e adolescentes as diferenças, maior seu desenvolvimento intelectual.

De fato, uma questão polêmica e delicada. Os pais, entretanto, não possuem formação acadêmica e profissional para pautar o currículo escolar. Numa escola democrática, eles(as) devem ser ouvidos(as), obviamente. Isto não significa que a escola deverá ficar refém do arbítrio paterno.