Sou contra a cultura do cancelamento, mas seus comentários, mesmo que em duas sentenças, foram sim infelizes, especialmente publicados em um obituario. Nesta sua réplica não há um pingo de autorreflexão, somente um exercício fútil em redundância de viés de confirmação. A julgar pela machaida que cerrou suas fileiras aqui nos comments pra te proteger, fico feliz na decisão de cancelar a minha assinatura, tendo seu artigo como catalisador final.

Soube da polêmica e procurei o texto para lê-lo por inteiro, que não é, nem de longe, ofensivo. A turba das redes sociais não espera, não lê, não interpreta e não reflete. Parabéns por manter a sua opinião e o seu ponto de vista! Hoje, faltam pessoas como Gustavo Alonso, que procuram não se render ou não abdicar de suas opiniões por conta de pressão popular ou cibernética. O mais comum é pedir desculpas de forma irrefletida ou mentirosa para satisfazer a multidão sedenta de sangue.

Li o obituário que você escreveu sobre Marilia Mendonça e considerei inofensivo, porem a julgar pelas reações que causou, seria bom refletir. Esse artigo recoloca o debates em termos mais apropriados. Solidariedade total!

Inacreditável o espaço para esse assunto! O mundo quase um “Mad Max” e ainda se desenrolam milhões de palavras sobre o corpo da moça, que é o menos importante a ser falado dela.

O texto, excelente, desenha para os que não sabem diferenciar uma opinião de uma análise. Analisar Marilia Mendonça sem citar a questão se deu peso é fazer um mau trabalho. Parabéns ao Gustavo, que com grandeza respondeu à turba.

Não li o texto original, mas a réplica me soa bem esclarecedora. E se Carlos Bolsonaro, Manoela D’Ávila e aquele simulacro de jornalista que atende pelo nome de Sikera Jr. se uniram para atacar o artigo, então o texto só pode ser bom.

Gustavo! Independentemente do que disseram os teus apoiadores e os teus críticos, a tua réplica esclarece o sentido do teu texto sobre a Marilia Mendonça. Se essa nova manifestação agrada ou não os leitores, isso passa pela formação, informação e desinformação de quem teve acesso ao texto. Na verdade, as palavras muitas vezes são inimigas das idéias, seja de que lado se põe quem as ouve ou as lê. Esse é o ônus de quem escreve.

A diferenca entre burrice e ignorancia é que a segunda tem cura hehehe, o triste é que a primeira impera , se assim nao fosse o brasilzinho seria outro. Tenho a mesma consideracao e respeito por todas as vitimas, nenhuma delas deve receber mais consideracao que outra. Acho todo esse blablabla em cima de uma das vitimas um verdadeiro oportunismo.

Quem se sai mal nesta réplica é a Mariliz que é "profissional". Caberia um posicionamento por parte dela.

Parabéns pelos dois textos, Gustavo. Li o primeiro, vi a polêmica ridícula e oportunista e fiquei na expectativa de ler sua resposta. Lembrei muito dos textos de Nelson Rodrigues, sobretudo de um, intitulado “Ex-covarde” (ainda que a questão, hoje, não seja direcionada exclusivamente contra a esquerda, como ele fazia). Siga adiante sem censuras, promovendo o bom debate de ideias e sem preocupações com hipersensibilidades canalhas e burras que obscurecem nossa compreensão da realidade.

Cara, que trabalheira... Gustavo, meu caro, li dois ou três textos sobre a morte da moça, e o seu não foi um deles; mas, mesmo furtando-me de acompanhar o assunto, percebi a polêmica com teu artigo. Daí que, para ler esta sua réplica ao público, fui ler aquele. Meu, artigo bacana, delicado, multifacetado e cuidadoso, tá ótemo. Realmente nós, ao rés-do-chão, tamo pirando na batatinha. Se ela era como você a descreveu, a falecida te daria o maior apoio: "bando de gente louca linchando o moço!"

A meu ver, Gustavo, o único "erro" que vc cometeu foi escrever um artigo muito extenso, muito acima dos 140 caracteres usuais que a turba consegue ler atualmente. Se tudo tivesse sido bem resumido em um único parágrafo, acho que nada disto teria ocorrido.

Gustavo, se houve entendimentos diferentes do que você quis dizer é porque o seu texto foi mal escrito, querido, fica a dica.

Apenas um último comentário à guisa de justiça: o obituário escrito por Gustavo Alonso para Marília Mendonça foi muito bom (muito bom mesmo!), e muito respeitoso. Salvo uma única frase sobre a qualidade dela como cantora. As críticas que ele recebeu demonstram a falência do povo brasileiro. Até Djamila Ribeiro e Manuela D'Ávila incorreram em gravíssimo erro. Desalentador. Ainda assim, peço licença para escrever um hipotético obituário humorístico de Gustavo: "Nunca foi excelente obituarista" :-)

Devido à repercussão, quis ver o texto da discórdia. Não vi nada assustador nas ''mal traçadas''. Não sei o porquê da polêmica.

Imaginemos alguns obtuários feitos por Gustavo para algumas queridas personalidades brasileiras...: Pelé: Nunca foi excelente jogador de futebol. Sílvio Santos: Nunca foi excelente apresentador de TV. Guga: Nunca foi excelente tenista. Villa Lobos: Nunca foi excelente músico. Bechara: Nunca foi excelente gramático. Fernanda Montenegro: Nunca foi excelente atriz.

Sobre Djamila Ribeiro, Gustavo "esqueceu" de comentar que ela criticou também o fato dele ter depreciado a qualidade de Marília como cantora. Ela disse: "Entre alguns abusos (de Gustavo), comentários sobre seu corpo e o fato do autor não a considerar uma boa cantora".

No OBTUÁRIO de Marília Mendonça, Gustavo se refere deste modo a uma das coisas que, creio, ela mais se orgulhava na própia vida, o cantar: "Nunca foi uma excelente cantora". Fico imaginando Gustavo escrevendo meu obtuário: "Júlio nunca foi um excelente pai"...

A reação ao texto de Alonso é apenas mais um elemento que demonstra inequivocamente a contínua e crescente imbecilização da sociedade, seja da direita, esquerda, feminina ou masculina. Inclusive imbecilidade de suas pseudo-sub-microcelebridades, que se acham o máximo, mas no fundo não conseguem ler um texto. Deveriam todos voltar para o ensino primário para aprender leitura e compreensão de texto, matéria essencial para o desenvolvimento cognitivo humano.

Em qualquer aula sobre a relação da mídia tradicional e as mídias sociais, não deverá faltar o texto de Gustavo Alonso tanto por suas qualidades quanto por suas deficiências e ambivalências. A turba digital tem seu comportamento bem explicado pelo colunista, que exemplarmente identificou jornalistas do mainstream que alimentam as indignações e intolerâncias das redes sociais. Erra somente ao apontar o mercado musical como vilão

O amigo virou boi de piranha dos virtue signalers, eles passarão

"Disputar o corpo político de Marília", perfeita definição da reação absurda que se sucedeu na semana passada a respeito do texto. Sua colega de redação,Mariliz, foi um dos vetores deste descontrole ao pautar sua análise a partir de um extrato, detalhe que apontei em comentário neste espaço como antiético e desrespeitoso. Definitivamente não vivemos nosso melhor momento como sociedade...

Gostei do primeiro texto . Foi respeitoso, fundamentado e objetivo , uma narracao de fatos da breve e gloriosa vida de uma grande cantora popular. Nao dê ouvidos aos vadios da internet , a eles só resta acusar , pq. ler , refletir e respeitar a opniao do outro dá trabalho !!!

A esquerda precisa ser mais arguta pra não levar rebote da direita, como levou nesse caso.

Seu texto continua tão ruim quanto o primeiro. Acho que a emenda ficou pior que o soneto. Muda de assunto!

“Turba digital” descreve bem, mas acrescento um termo sobre o afã reativo das redes hoje em dia: ‘bando anônimo’, termo usado por estudiosos do comportamento animal, ao descreverem atos e gestos frequentemente cruéis de algumas espécies.

Li seus textos. Não integro esse turba do linchamento, mas achei desnecessário dizer que a cantora gordinha estava fora dos padrões do mercado. Certamente você jamais faria uma afirmação dessa se fosse referir -se a um homem. Meu caro, não há essa assepsia nessa afirmação e nisso reside o seu problema. Como um historiador, vc sabe disso. Fique mais atento!

Texto irretocável, assim como o primeiro, que produziu uma gritaria sem qualquer fundamento. Eu mesmo fui um dos que entrou no embate dos comentários das redes sociais pra dizer que o "texto não era esse diabo que pintavam". Mas os fiscalistas de plantão e os moralistas hipócritas não estão interessados em entender coisa alguma. Como o autor mesmo escreveu nesse segundo texto, se "desencadeou um tribunal moral nas redes, criando um comportamento de turba".

Gustavo, o que atrapalha é que tem gente que leu (será?) os teus textos, mas não conseguiu interpretar.

Parabéns rapaz , já no dia havia comentado num texto de sua colega o quão equivocada estava , reitero aqui , como assinante inclusive li todo o texto , que não falou nada demais .

É triste ver que foi necessário escrever esta coluna (aliás, uma ótima coluna) para se explicar depois de um linchamento do qual participaram jornalistas, políticos e outras pessoas que supostamente tiveram aulas de interpretação de textos na escola e na graduação. Nas redes sociais a polêmica vazia gera engajamento, e viciados em atenção acham que é melhor estar errado com muitas curtidas do que certo com poucas, nem que para isso tenham que destruir reputações. Bruxas de Salém total.

Depois que o jornal virou digital, quase ninguém lê os textos inteiros, basta ler um trecho e lacrar encima de quem o escreveu, triste país que não gosta de ler e entender o que havia sido escrito...

Pelo jeito o autor está com o emprego ameaçado, porque não há razão para escrever um texto tão longo se explicando. Se tem que se explicar tanto, é porque não tem explicação! Parei quando vi a batida frase "não foi minha intenção ofender ninguém". Não foi bem sucedido no primeiro nem no segundo texto.

Parabéns Gustavo!! Seu texto foi altamente elogioso à Marília e espanta que revelar uma superação assumida e realizada pela própria cantora tenha gerado mais uma condenação à fogueira pelo tribunal do cinismo e da hipocrisia.

O texto que gerou a condenação do colunista à fogueira é altamente elogioso à cantora. O "crime" do autor foi o de revelar a superação assumida e realizada pela cantora a uma imposição preconceituosa imposta pelo MERCADO?? Vivemos um período de assustador cinismo e hipocrisia. O que figuras como as citadas no texto querem é aproveitar os movimentos insanos e furiosos que impulsionam as massas para os linchamentos com o claro objetivo de se promoverem.

Parabéns pelo esforço de insistir em um diálogo crítico, sensível e inteligente.

Gostou da péssima fama? Mais uma subcelebridade via polêmica. Amanhã vc volta a lugar nenhum

Admira-me a esquerda dar todo esse valor ao fenômeno "Marilia Mendonça". Combatem ferrenhamente o capitalismo, mas apoia os ídolos criados por ele. Se formos analisar bem esse fenômeno encontraremos coisas que desencantarão muita gente. Sugiro a todos lerem livros de Edgar Morin sobre cultura de massa e Bourdieu sobre a necessidade do herói.

Eu li o seu texto e não achei nada que merecesse todo o cancelamento que fizeram. Hoje temos dois grupos na mídia: uma direita bolsonarista escrota e uma esquerda xiita que sempre vai opinar a favor ou contra de forma exagerada. Sobre o primeiro grupo, é uma aberração que jamais deveria ter voz e deveria ser o foco de qualquer luta da esquerda. Sobre a segunda, é decepcionante o direcionamento de sua energia de luta.

Minha defunta mãe, então viva, dizia: se não tem nada o que falar, fecha a boca com tramela ou então, comece a enaltecer a música erudita... Ela amava as valsas vienenses! Minha irmã caçula faleceu em trinta e um de dezembro, em decorrência do covid. Ela tinha os olhos azuis lindos...e hoje, o que adiantou os ter? Foi cremada!

Gostei da reflexao. Mas ainda acho que um desculpa pisei na bola, seria mais fiel. Todos erramos uma hora né? ForaBolsonaro!

Não é tribunal da Rede, até porque tenho bom senso. Se o senhor queria homenagear a artista(ou aspas desomenagear), poderia ter focado em sua música, dizer, por exemplo, que as letras eram cafonas(não conheço nenhuma!), ou de uma poesia ímpar(idem), e não focar se era gorda ou magra... Depois que morrer, isso era, é , de somenos importância. Até compreendo, vai ver que o senhor não a conhecia(como eu!), e não tinha o que escrever. Poderia ter dito: faleceu na flor da idade.

De fato a incompreensão passa pela dor de ser mal compreendido.

Tenho coisas mais importantes no meu dia a dia.

Não li o obituário encomendado. Mas, sendo um obituário, creio não caber adjetivos polêmicos à falecida, no caso, tampouco avaliações de preferências do seu trabalho em vida. Sendo a FSP a FSP, quanto mais polêmico e descolado o texto, melhor. A defesa contra o tribunal digital é inglória, saiba.

Prezado colunista, você realmente acha que foi gentil e elegante ao chamar uma mulher de "gordinha"? Melhor seria se você reconhecesse o seu erro e seguisse em frente sem textão tentando explicar o inexplicável.

Fiquei pasma qdo li as críticas ao 1° texto do Alonso. Tanto q o reli pra me certificar q o tinha entendido corretamente. E concordei com sua visão! Essa turma do politicamente correto só se desmerece ao subjugar a visão crítica aos reclames desse enquadramento q está se tornando pervertido. Vc nem deveria ter se desculpado, Alonso!!

Fiquei pasma qdo li as críticas ao 1° texto do Alonso. Tanto q o reli pra me certificar q o tinha entendido corretamente. E concordei com sua visão! Essa turma do politicamente correto só se desmerece ao subjugar a visão crítica aos reclames desse enquadramento q está se tornando pervertido. Vc nem deveria ter se desculpado, Alonso!!

Eu confesso que não gostava de sofrência. Aí parei pra escutar melhor e cheguei à conclusão de que intragável!

Essa patrulha do 'politicamente correto' tem que acabar. Esses patrulheiros desocupados, inúteis e sem talento sobrevivem de chafurdar pela internet a procura de alguém que não reze pela cartilha deles para destruir-lhe a vida. São como beatas alucinadas, bradando com o hinário do 'politicamente correto' na mão, pedindo a fogueira para os infiéis. Tentam em vão , com essa caçada covarde , dar um sentido a suas existências medíocres.