O primeiro texto estava correto e este põe os pingos no is. Eu que já critiquei Alonso por ser muito bonzinho com a má qualidade da música sertaneja atual, me sinto à vontade para repudiar esse julgamento injusto e sumário do tribunal da internet. Por email, recebi petição propondo a demissão do colunista. Absurdo!

Um texto bastante extenso para tentar justificar o anterior. Da próxima vez quando te solicitarem um obituário, não entre em polêmicas pois a dor de familiares e amigos já é imensa. Seja gentil por favor.

Li o seu texto, confesso que não conhecia a cantora, mas a partir do que escreveu percebi a dimensão do seu trabalho! Parabéns pelos dois textos!

Convoco a todos que criticaram que leiam e reflitam a respeito desse texto. Melhor deixar pra lá, se não entenderam aquele, obviamente não entenderão este.

Comportamento de horda, turba, enxame, manada, alcatéia, matilha...todos com altíssimos níveis de pretendida autoridade moral e improvável posse do monopólio da verdade universal. A cultura do ódio transformada em zelo mórbido, saturado de julgamento radical, rancor dirigido e doutrinação realizada através de assédio imoral. Tudo dentro do eixo do 'bem'. O bem purificado que persegue, caça e crucifica os malvados sem noção! Claudia F.

Li o primeiro texto. Não fiquei indignada, entendi o que o autor queria dizer. Entendi que era o mercado que valoriza a magreza. Mas achei o texto mal escrito, pouco claro. Se as pessoas não souberam interpretar é porque o texto não foi claro. Se o texto fosse límpido, cristalino, se o autor se expressasse com mais clareza, teria evitado interpretações equivocadas.

Achei o texto do Gustavo sobre a Marília muito bom. A polêmica apenas se estabeleceu, em grade parte, por um punhado de feministas lacradoras, que retiraram algumas frases do contexto para, numa demonstração de oportunismo reprovável, ganhar audiência com a tragédia.

Ás vezes, quando todos estão dizendo uma coisa e só vc está na direção contrária, a explicação é muito simples: vc tá errado! O que vc tem que fazer nesse momento é analisar o seu erro e pedir desculpa. Mas vc não conseguiu perceber isso ainda. Espero que vc consiga em breve, no teu tempo, e que aprenda algo com isso. Desce do pedestral e melhora!

Macho, foi você que escreveu o texto impugnado. Foi você quem escolheu as palavras, a narrativa, o tom e contexto do que escreveu. Se faça responsável pela 'metedura de pata", não se "vitimize". Se errou, diga: errei. Se mantém o que disse: diga-o claramente. O texto, uma vez publicado, atrai adesão e crítica. Se é um texto ruim, igual a esta "réplica" ao Tribunal, só prova que você está na atividade errada.

Bem, basta ler os textos de quem o senhor recebe apoio, caro historiador. Talvez questionar a sua escrita e não acusar aqueles que viram no seu texto uma ofensa seria algo "grandioso", mas...

... que afastará ou já afasta quem muito poderia contribuir para o alcance e prática de pautas justas. A sua resposta vai na contramão da insensatez das vozes autoritárias que querem impor mudanças culturais e comportamentais negando a verdade, os fatos, ou mascarando-os com as "narrativas corretas". Um ato de coragem. Parabéns!

O mais engraçado é ver como os santinhos progressistas são os piores... parece que dessa vez a pré-checada de fatos e fake não deu certo. Eu tenho é nojo de lacrador e a Folha/Uol se transformou em centro de reprodução deles. PS: Goes é outro lacrador e pelo visto covarde pois não manteve a própria opinião.

Como assinante, leio quase todas as colunas da Folha, mas no sábado cheguei a sua pelo print. Depois de a ler, tive dúvidas sobre minha capacidade de interpretação de texto por não enxergar o que queriam me fazer ver. Tem a turba, mas o que vem me incomodando há tempos são os ativistas radicais querendo conscientizar subvertendo a realidade nas artes, letras, etc como se isso fosse funcionar a favor de suas causas. Vejo um futuro de revolta contra essa ditadura reversa (?)...

Gustavo, belos textos. Eu havia lido o primeiro antes da polêmica se instaurar e não havia visto misoginia (estudo gênero há algum tempo). Depois da polêmica, reli, e fiquei em dúvida, depois achei de novo que não havia misoginia. Esse de hoje mostra algo que me incomoda há tempos, essa prática do cancelamento, da exclusão, do não se poder dizer. Um abismo. Por essa prática, qualquer dúvida ou discordância tem que ficar guardadinha, e sabe-se lá quando vai aparecer e de que forma depois.

Faltou dizer: não é pela sofrência que ela é admirada por tantas mulheres e sim por retratar tão bem essa nova mulher brasileira que se anuncia nas ruas, no trabalho, nas escolas e nas faculdades.

Li a coluna objeto da controvérsia e não achei gordofobia ou misoginia. Oportunismo mesmo foi dessa turma do cancelamento. A civilidade sempre foi baixa neste país mas agora caímos em um poço que parece não ter fundo. Neste poço, os extremos caem juntos.

Gostei muito do texto do Gustavo Alonso, desse é do outro. Durante a semana fiquei pasma com a boçalidade de gente que eu costumava admirar e da boçalidade de outros que eu costumo detestar. A meu ver Marília Mendonça não foi a "Rainha da Sofrência".. Ela, como a Anita, e outras jovens cantoras, são as rainhas de um novo perfil de mulher Rainhas de suas escolhas e de sua vidas. Escutem outra vez as músicas delas. Sugiro Desapega (que ela cantou com Anita, linda dupla); Alô porteiro; Infiel.

Hoje, mesmo se alguém é gordo(a), não podemos dizer que ele(a) é gordo(a). Fico imaginando alguém que precisa fazer uma descrição física de um sujeito que é gordo sem poder dizer que ele é gordo.

Discussão boba e desnecessaria. Melhor seria se discutissem a qualidade e o "legado" de Marilia. Musica de pessima qualidade, brega, igual a tudo que há neste tal de "sertanejo". Como legado, ela deixa um novo estilo nessa geleia geral de má qualidade...O cornonejo!

Achei sua análise da música de Marília Mendonça pertinente e uma bela homenagem, apenas ressalvo que você acabou por reproduzir o lugar da 'sofrência' da mulher no corpo e música da cantora sertaneja: nunca está adequada fisicamente, é a mulher traída, a amante, a renegada, a prostituta. Por que essas canções emergiram para o sucesso? Há algum valor nessa condição feminina, o do sofrimento? As canções são uma forma de sublimação? Vale uma crítica cultural mais enfática.

E quanta hipocrisia, hein, Brasil! Um dos países que mais consome cosméticos e campeão em cirurgia plástica, que propagandeia internacionalmente o corpo da mulher brasileira como atração turística, julgar como execrável abordar a aparência de uma mulher celebridade, com a naturalidade de quem tem os padrões estéticos já absolutamente desconstruídos.

As pessoas que fazem parte do tribunal moral das figuras públicas atuam de duas maneiras: por ignorância, já que não interpretam o que foi escrito, ou maldade

A turba nunca lê o texto completo. Normalmente, pega uma frase e a coloca no contexto mais conveniente para aparecer nas redes sociais.

Para a maioria dos colunistas da folha interessa esse comportamento "lidera turba", a crítica sem reflexão, pois garante "cliques" e , quem sabe, participações em rega bofes nacionais ou até internacionais sobre o tema, com a consequente maximização da soldo pela própria inutilidade.

Acredito que a mensagem foi um tanto descuidada, mas não sabia da repercussão. Assustador o oportunismo sobre essa tragédia, Maria Homem já havia tratado sobre isso na sua coluna.

"Não foi isso que eu quis dizer. " blablabla... O que foi feito , foi feito. O Carregue isso com você.

Já havia lido e reli o texto. Não tem nada relacionado a misoginia ou gordofobia. Na verdade ou é falta de interpretação de texto e conhecimento do mundo musical. Pode ser também, como disse o autor, busca por likes e visualizações a qualquer preço.

Parabéns pela coluna. Deixo aqui toda minha solidariedade ao autor. A militância busca apenas a autopromoção fácil em sua bolha com base em justiçamento midiático. Na FSP mesmo há vários autores com este perfil. Infelizmente, não há ações afirmativas para bom senso, apenas estratégias de mercado, com seus tokenismos muito bem definidos.

Belíssimos textos, tanto o da semana passada, quanto esse. Parabéns e sucesso !!

textão para se defender e refutar qualquer interpretação atravessada. Sou assinante da Folha, li seu texto e não gostei tão pouco. Aceite o feedback e peça desculpas. Se tem uma pessoa que achou gordofobia, já deveria olhar. Foram muitas pessoas. Auto-crítica zero desse jornalista. :(

Verdade uma turba , um inconsciente coletivo paira no ar, otimo texto .

Sugiro q vc releia o segundo parágrafo da Mariliz Pereira Jorge, no texto citado p vc, q termina: Talvez o jornalismo não esteja preparado p isso. Não é c vc, é geral. Na mesma linha, ao comentar um artigo da Bianka Vieira, fui à raiz da questão: é necessária uma reeducação geral. Não cabe mais alusão à qualquer tipo de imagem a quem quer q seja. É bom p todos q seja assim de agora em diante. Oportunidade imperdível de alastrar a mudança de mentalidade a partir de sua matéria e das percepções.

Detalhe...: O título do artigo criticado não ajuda muito também - "Marília Mendonça, rainha da sofrência, não soube o que é o fracasso". Na verdade, nada de ruim título, e Gustavo está elogiando a cantora. Mas, logo que vi, me passou uma impressão ruim, algo como "Nunca teve dificuldades na vida". Isso talvez tenha contribuído na reação contra Gustavo.

Rapaz, se você tivesse dedicado 10% do tempo que levou pra digitar essa coluna, pra pensar no que iria escrever sobre a Marília, teu primeiro texto não teria sido tão infeliz. E partir do pressuposto de que quem criticou o texto original não o leu, é uma premissa arrogante. Aceite críticas. Faz parte do jogo.

O jornalista Flávio Gomes também foi um dos poucos que ficou a seu lado Gustavo e recebeu vários xingamentos. A turba é realmente insana, as pessoas nem leram ou souberam interpretar seu texto. Tristes tempos.

Infelizmente as pessoas leem frases soltas e titulos de matéria e já sofrem da ilusao de que sabem tudo o que é necessario saber sobre o tema, e que sua propria opiniao é fato. Ironico é que vi muita gente fazendo sensacionalismo ao criticar o autor e a 'sociedade sensacionalista'. No fim, o que importa é o numero de cliques. Infelizmente parece que nos tornamos um episódio de 'black mirror'.

Mimimi, né Gustavo. A reação contra o seu texto foi, sim, animalesca. Mas veja sua frase logo antes do trecho injustamente acusado de gordofóbico: "Nunca foi uma excelente cantora". De onde você se acha no direito de escrever uma coisa dessas. Foi nesse solo que você plantou tua frase "gordofóbica" depois. Deu no que deu...

Vivemos tempos difíceis onde a ditadura dos bo çais impera. Ou você segue a cre tina cartilha deles ou é engolido por eles.

Caro Gustavo, sou psicóloga há 25 anos. E como tal, posso garantir que as palavras que a gente escolhe fazem diferença, especialmente quando estamos produzindo um texto que só vai ser lido e não ouvido. Humildemente sugiro que o problema parece ter sido a forma seca/crua que vc usou para descrever a forma física de Marília e a importância do corpo esbelto p/ a indústria. Já esse seu texto de hoje parece impecável; nele é possível sentir um cuidado bem maior com a escrita. Continue assim!

É Gustavo...triste qdo não podemos dizer o que pensamos. A realidade não vai mudar porque não falamos dela. Só mudamos após termos consciência. Peço desculpas e, ao mesmo tempo, que continue . Obrigado, R.

É Gustavo...triste qdo não podemos dizer o que pensamos. A realidade não vai mudar porque não falamos dela. Só mudamos após termos consciência. Peço desculpas e, ao mesmo tempo, que continue . Obrigado, R.

Eu li seu texto aqui na folha e adorei. Algumas horas depois vi um print de uma parte dele no twitter distorcendo o que você falou. Escrevi no msm momento: "Mas ele não estava se referindo a opinião pessoal dele e sim falando como o mercado sertanejo vê as mulheres". Também fui linchada no meu comentário no twitter por ter lido o texto todo e ter aprendido interpretação de texto na escola.

O autor está correto mas não adianta discutir com turba; é como querer argumentar com linchadores. De qualquer forma, a turba só se torna um problema maior quando o empregador da pessoa atacada dá ouvidos a ela e demite o alvo das críticas. Felizmente a Folha não é uma empresa do tipo que cede a esse tipo de pressão.

Desconfie-se de quem adora participar de um apedrejamento.

A partir do momento em que se manifesta discordância mediante uso de ofensas, que foi o que vimos sobre o obituário escrito por Gustavo Alonso, abandona-se o campo do debate honesto, baseando-se ao linchamento raso e sanguinolento, em que o que importa é exibir o cadáver do bode expiatório. No fim de semana passado, senti duas tristezas: a morte precoce de uma artista talentosa e a constatação de que somos uma sociedade adoecida e pautada pelo apedrejamento como método de 'debate'.

As pessoas lêem frases e formam juízos , criam teses . O artigo não foi ofensivo, para quem leu de fato .