Muniz Sodre > Faraós de bitcoins Voltar
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mais uma aula do emérito Muniz Sodré, que nos ensina sobre a virtual e inconsistente forma de gerar valor sem matéria correspondente. Fenômeno tÃpico dessa fase de uberização em que patrôes se tornam "patronos de clientes" cuja força de trabalho exploram de forma até mais perversa do que os proletários de Manchester no limiar da Revolução Industrial. E que levou Owens a considerá-los mais sacrificados que os escravos da América
mais uma aula do emérito Muniz Sodré, que nos dá uma aula sobre a virtual e inconsistente forma de gerar valor sem matéria correspondente. Fenômeno tÃpico dessa fase de uberização em que patrôes se tornam "patronos de clientes" cuja força de trabalho exploram de forma até mais perversa do que os proletários de Manchester no limiar da Revolução Industrial. E que levou Owens a considerá-los mais sacrificados que os escravos da América
Se o articulista considera BitCoin, e criptomoedas como um todo, esquema de pirâmide, quero ver o que vai achar quando analisar NFTs (non-fugible tokens)
Há sempre um risco na posse de qualquer forma de dinheiro, que afinal é sempre um sÃmbolo de valor. A rigor não há nada que impeça um evento tipo o menino que fala que o rei está nu na fábula. Nesse momento quem tem o sÃmbolo perde o poder de compra. Obras de arte são outro exemplo: se um colecionador compra por milhões de dólares uma pintura que o Van Gogh nem conseguia vender em vida, o reverso não seria possÃvel, e ela voltar a ser percebida como sem qualquer valor de troca?
"Massas sem bússola e elites sem chão": magistral. Quanto à firmeza da pirâmide, provavelmente cederá ao "toque do dedo de uma criança"...
Assim, o prof. Sodré, reforça minha convicção de que tenho sempre esperança de qua as coisas possam piorar ainda mais.
A confiança é imaterial, mas a riqueza é real e, se não for justamente dividida entre todos, causa miséria e desgraça, para a maioria. Uma coisa é certa e absoluta: para alguns se tornarem bilionários, milhares, ou milhões, terão que permanecer pobres ou miseráveis, nesse mundo especulativo...
A pirâmide invertida é sÃmbolo do poder popular em cooperativas e associações. O vértice representa, tradicionalmente, quem decide e manda, o proprietário da empresa (o faraó); nas entidades autogestionárias é a base que decide, via assembleia geral. Esotericamente, a disposição em triângulo invertido, da fórmula abracadabra serve para tragar forças do mal (veja-se o Dicionário de SÃmbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant).
Excelente texto. Gostei muito da simplicidade que são colocado temas tão complicados.
É, seu Muniz, se eu bem compreendi sua alegoria, vosmecê sofisticadamente descreve o que eu, de modo rasteiro chamaria de "tomada de consciência de quem produz": a grana preta apoiadora do Bozojeguismo pode ser dividida em dois grupos, grosso modo. No primeiro, especulativo, ganhou e ganhará conforme suas apostas, podendo até perder. Um segundo, elite produtiva, perdeu e deve perder mais - são aqueles de quem a ficha caiu. Pauta de costumes, é para a ralé; dos grandões, caÃram nessa os hidiotas.
Não estamos preparados para lidar com o aleatório- e por isso não percebemos o quanto o acaso interfere em nossas vidas. Combinar os mais diferentes exemplos para mostrar que notas escolares, diagnósticos médicos, sucessos de bilheterias e resultados eleitorais são como muitas coisas, determinados em larga escala por eventos imprevisÃveis.
Recentemente fui apresentado ao minerador de moedas digitais: potentes placas de vÃdeo conectadas a um computador. O parente, de 19 anos, até tentou explicar como funciona. Caem reais na conta bancária dele, o minerador localiza e disponibiliza dinheiro virtual; fatura cerca de R$ 2.000,00 por mês. Muita gente, mesmo com poucos recursos, investe nessas moedas, que são dezenas com os mais variados nomes. O jovem tem dificuldade de aprendizado mas domina esse ambiente esquizofrênico e irreal.
Os trades de moedas virtuais põe em xeque tudo o que acreditamos saber sobre como o mundo funciona. E assim, nos ajuda a fazer escolhas mais acertadas e conviver melhor com fatores que não podemos controlar.
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