Opinião > Injúria racial Voltar
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"muitas vezes menos fruto do preconceito do que da raiva momentânea"... lastimável!
Aos 86, o experiente Ives Gandra, Ãcone do conservadorismo, integrante da Opus Dei, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, vem à Folha dizer de seu estranhamento diante do STF, que solta “criminosos perigosÃssimos” ao mesmo tempo em que considera injúria racial crime imprescritÃvel. Tá, anotei. E..?
E daÃ?, pergunta vc. E daà que o eminente jurista fez uma crÃtica bem fundamentada à decisão do STF e que, vindo de quem veio e tendo os fundamentos que teve, esta crÃtica deve ser levada em conta. O que o Prof. Ives disse foi que não faz sentido permitir a prescrição para crimes violentos e criminosos perigosos e não permiti-la para injúria racial, um crime de menor importância, pois não -violento. Tb disse que, se fosse o caso, o legislativo é que teria competência para fazê-lo e não o STF.
Matéria abordada com fina sensibilidade e técnica jurÃdica de quem conhece seu "métier". Quem sabe assim se possa encontrar mais autocontenção nos Poderes da República e mais gentileza no debate de ideias.
Há alguns textos que por, sua ambiguidade, geram o efeito contrário do que pretende o seu autor. Para mim, só reforçou a importância da decisão do STF a respeito da injúria racial, assim como o da criminalização da homofobia. É sempre bom lembrar que a letra fria da lei não pode ser sempre a melhor bússola para os tribunais: a realidade é maior e precisa de ajustes, muitas vezes imediatos, que a chancela legislativa não supre oportunamente.
CarÃssimo Dr. Ives - é que no Brasil o 3º poder (que deveria ser de equilÃbrio) é desequilibrado e dita torial.
Esta é a sua opinião. Desequilibrada e ditatorial.
Deveria se envergonhar de defender a legalidade de um golpe de Estado contra Dilma. Contorceu a lógica e passará para história como um golpista.
O homem vive num paÃs marcado pela escravidão, num paÃs que excluiu os recém-libertos de qualquer polÃtica pública e ainda se dá ao trabalho de criticar a qualificação de um crime que desonra toda sociedade brasileira. E seu argumento mais forte é: se a justiça liberta tantos criminosos, não deveria endurecer para racistas. Inacreditável
Prezado seu Ives, por motivos muito menos estofados do que os de vosmecê, também entendo excessiva a noção de imprescritibilidade da injúria racial. Mata-se, rouba-se, e prescreve; ofende-se, e não. Parece-me muito assimétrico. Contudo, estranho que o senhor não viva no mundo que deseja: tendo agido em prol da ridÃcula remoção da Dilma do trono, seria de se esperar idêntica ação relativamente ao Bozo. Talvez parte da responsabilidade pela discrepância seja de ordem pessoal.
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