O texto de um inspirado Gaspari, como dizem, faz valer o ingresso. No caso em questão, a assinatura.

O senhor Pastore teve, durante sua gestão no BC, marcada por um descontrole total da inflação e uma dos calotes, digo moratória, da dívida brasileira. Quanto a "imaculado", não fez mais do que sua obrigação de servidor público. Se teve ou tem sorte, pelo visto é sempre para ele, porque para o País foi um desastre.

Pastore ao unir à Moro se nivela pelo nível mais baixo, na verdade ao esgoto da política.

Esse gaspari é de uma inteligência medonha! Italiano fera !

Sempre divertido esse tom de último não iludido da República com que Gaspari acha brechas para elogiar o aparentemente criticado "andar da cima". Não é fácil ganhar a vida, década após década, como um rebelde a favor.

O Brasil é uma cópia mal feita dos Estates. Nem para colocar um touro de metal na frente da Bolsa eles colocaram, preferiram economizar, usando a fibra de vidro pintada, sendo o Brasil um dos maiores exportadores de minério do mundo. No Brasil é assim, cada um pensando somente no seu próprio bolso.

Deu a louca no censor. Está decidindo em que artigo enquadrar o meu comentário.

Melhor coluna da Folha.

Tudo isso para acabar no Irajá, Lula, um político igualzinho aos outros que trabalham na fábrica de retirantes. Não é só o Fernando Morais, você também gosta dele, e suas colunas são enviesadas por causa disso.

Nunca acreditei em Bonsonaro, Doria, Dilma e Moro. Tem muitos outros, mas esses já bastam para exemplificar. Mas decepção forte só sinto por dois politicos: FHC, o mais culto, e Lula, o mais sofrido.

Como alguém que foi presidente de Banco Central em uma ditadura pode ter uma biografia "imaculada"? Deve ter sido uma das inúmeras ironias desse colunista. E eu não percebi. Só pode.

O problema do Brasil é que o "andar de cima" detém os poderes econômico, jurídico e, principalmente, bélico para se manter a açoitar a sociedade com sua ignomínia.

Sêo Elio, só lerei a biografia se me emprestarem, mas tem o enorme mérito de, ao menos nesse início, ser absolutamente comum, como a de tantos, há séculos. "Vai pela estrada enluarada tanta gente a retirar, levando só necessidade, saudade do seu lugar", já cantou Elomar há décadas, em uma de suas maravilhosas óperas sertanezas. Noutra, canta que "Gonçalim perdeu o seu pai na fome dos noventinha", fazendo menção a uma desgraceira específica. Medievo, Elomar nem sabia o quão moderno ficaria.