E pensar que quando se estudava a revolta da vacina, tudo aquilo parecia remoto, de uma época em que a eficácia da vacinação ainda não era comprovada para um grande número de doenças.

Dona Lúcia, querida, essa é só mais uma insanidade dos sobrinhos de Sam, né? Ex-olimpo da democracia moderna, virou Estado Redneck primitivo, teocrático e sujeito às crenças mais estapafúrdias e à mentirada republicana. Mas o pior disso tudo é sua potência exportadora dessas doenças: o mundo não tem nada que ver com o que fazem os estadunidenses, mas acabamos engolindo sapos colaterais. É muito batraquio pra deglutir...

Que bom que esse ativismo antivacina seja bem diminuto no Brasil. Mas com esse vírus, é sempre bom calçar as sandálias da humildade. Agiram bem os prefeitos que já cancelaram o carnaval do ano que vem.

As vezes os direitos individuais se confundem com egoísmo. Tudo indica que como espécie os humanos não vão desaparecer com a covid. A escolha de um indivíduo em correr o risco de ser eliminado pela covid não é solitária, ela implica o risco para outros. Portanto, é óbvio que não tomar vacina põe outros em risco, aí está o egoísmo. Mas, não chega a ser novidade, desde que a escolha pelo negacionismo é um ato político antigo. No leito de um hospital e entubado os egoísta mudam de ideia.