Thiago Amparo > O nome do que aconteceu em São Gonçalo é chacina Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Thiago, como diria o Pasquim, é a "pena de morte no black". Somente duas categorias podem fazer justiça com as próprias mãos: o trabalhador (greve) e o dono do hotel (reter as malas), fora isso é crime. O povo gostaria muito de saber qual é tipo de treinamento que é dado no curso dos policiais cariocas? E o boso ainda não conseguiu acabar com o STF, portanto as ordens continuam valendo e devem ser obedecidas!
Essa e as últimas chacinas no RJ escancaram a falência da segurança pública no Brasil, que nada serve à segurança (uma vez que não a promove) e de pública não tem nada (vez que é movida por interesses privados).
Engraçado, pois há poucos dias a PM mineira detonou 26 bandidos que tinham intenção de assaltar o Banco do Brasil de Varginha e tumultuar a vida da cidade, onde poderiam morrer muita gente e outros tantos serem feridos. Quase ninguém reclamou do episódio e pelo contrário a ação foi super elogiada por todos. Parece que no Rio as coisas são diferentes, já que o povo se volta contra a PolÃcia e protege os bandidos.
Perfeito, meu caro.
Uma coisa não tem absolutamente nada coma outra. As mortes em MG foram sim questionadas, tanto que há uma discussão pública entre a OAB e a SSP/MG. Aqui claramente foi uma ação de vingança, com sinais evidentes de tortura e forte ligação com milÃcias.
Doloroso e revoltante. No filme sobre a vida de Billy Holiday, essa música na voz dela justificou a chamada guerra contra as drogas.
Eu prefiro o termo pena de morte. Como ela é vedada pela constituição, mas aceita como necessária pela maioria da população, acaba sendo terceirizada para as polÃcias, em vez de passar pelo crivo de um processo judicial. Nosso Ãndice de homicÃdios é o da Europa da século 17, quando a forca era rotina.
A PM (Pelotão da Morte) está à vontade para estraçalhar pretos, pobres e milicianos rivais. E tudo isso sob proteção do Grande Miliciano instalado em BrasÃlia.
Se foram apreendidos pistolas e fuzis, assim no plural mesmo, é sinal de que se deu ali algum tipo de confronto com armamento pesado. Ou seja, criticar o policial que está na linha de frente arriscando o pescoço é sempre o caminho mais fácil.
Se tivesse mais duas linhas o colunista exigiria que os fuzis apreendidos fossem devolvidos. E sobre avisar a operação ao MP, faltou o colunista elucidar o que aconteceu que o relatório da operação do Jacarezinho foi parar em barraco do local, com papel timbrado e tudo. Só pra lembrar, um policial teve um tiro na cabeça no dia, antes mesmo de qualquer ato preparatório da ação. Foi um policial, com famÃlia, que estava indo enfrentar marginais fortemente armados. Merecia mais que um parêntese.
A sua defesa é de que as organizações milicianas tomem conta em definitivo, isto porque a PM n]ao deve invadir tais territórios.
Curso Belodi de interpretação de texto. Inscrições abertas, garanta sua vaga.
A canção "strange fruit", obra prima a que o articulista se refere, foi escrita (1937) e composta (1939) pelo judeu Abel Meeropol. Foi primeiro interpretada por Billie Holiday que a cantou durante toda sua carreira. Meeropol adotou e criou os filhos órfãos do casal Rosenberg. Os Rosenberg foram executados durante o perÃodo da caça aos comunistas. Alegadamente por espionagem.
Josã. Não se iliuda. Tanto Meeropol como os Rosenbergs eram novaiorquinos. Billie Holiday idem. Pouca coisa mudou.
Não sabia dos detalhes da criação dessa música e nem que Meeropol adotou os filhos do casal Rosenberg. Letra antirracista em pleno Sul segregado, denunciando..."Black bodies swingin in the Southern breeze.." Claudia F.
Doloroso e revoltante. Essa música, no filme sobre Billie Holiday , na voz dela, justifica o inÃcio da chamada guerra contra as drogas.
Pois é, não foi Nina Simone.
A polÃtica de extermÃnio do governo do RJ, executada pela secretaria de polÃcia civil, fere o estado democrático de direito e ataca apenas determinadas facções do tráfico para liberar o território para a ação de milicianos aliados de certos polÃticos.
Óia, seu Thiago, que negócio aziago é ser preto e sem dinheiro no Brasil - é quase sinônimo, mas é sempre melhor ter um dinheirinho, permite morar em lugar de menor risco pra preto. Mas esse treco da polÃcia simplesmente entrar e matar, já deu: como é que é, o braço armado do Estado não obedece à s ordens do Judiciário? Braço longo, mão boba, dedo descontrol: Bozofrenia & PolÃcia, juntas no terror? Tem muita coisa de podre, e não é na Dinamarca, não.
A chacina por militares nos trás tristes constatações: o Estado faliu, o Poder Judiciário e o Ministério Público fracassaram. A consequência que advém quando as Instituições falham é a de que o Estado não se justifica e o contrato social sofre ruptura . É preciso resgatarmos o Estado Democrático de Direito que está refém das miliciais e de parte das forças policiais que atuam acima do império da lei , ou senão tudo estará perdido .
Desde que Flávia Lima deixou de ser ombudsman, a Folha parece ter deixado esse lugar vago. Sorte do jornal que já também colunistas como Thiago Amparo que, por vezes, acabam por cumprir o papel de apontar para os sérios problemas de cobertura no jornal, especialmente em situações em que são vitimados pretos, pobres e periféricos. Quem deveria agradecer são os editores. De qualquer forma, obrigado, Thiago.
Foi chacina, foi um horror!!!! Texto excelente do Thiago, isso tinha de ser dito.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Thiago Amparo > O nome do que aconteceu em São Gonçalo é chacina Voltar
Comente este texto