Zorra, seu Mário Sérgio, até botei acentos em vossos prenomes: que artigo fino - provavelmente não lerei nenhuma dessas maravilhas, mas fico já feliz de saber que existem. Malemá, em um dia de bom uísque, passearei por uma velha edição da Divina comédia que herdei dos meus pais, com uns bico de pena do Gustave doré. E me sentirei seguro: minhas ignorâncias tem a possibilidade de redenção, mesmo que eu não o faça,

Artigo maravilhoso! Só o Conti mesmo com sua erudição, leveza e fino humor para escrever algo assim. Uma preciosidade como indicação de leituras. Só resta agradecê-lo! Merci.

Ler uma obra do século 14 no original só com rudimentos de italiano? Acho difícil. Mesmo Os Lusíadas de Camões, posterior e que escreve em português é impenetrável sem uma versão que atualize a ortografia, e tenha muitos comentários explicando os temas de mitologia grega.

Não conhecia a recomendação de T S Elliot mas a compartilho. Se se sabe um pouco de italiano, a sonoridade nos leva ao sentido de um modo que me parece um tipo de encantamento. Calcularam que Dante teria escrito na meia idade, é assim começa o canto… Nel mezzo del cammin di nostra vita… No meio do caminho desta vida me vi perdido numa selva escura, solitário, sem sol e sem saída. Boa descrição de uma crise de meia idade.

"O não é sim quando o dinheiro dita"ésta é adequada para o relacionamento Governo-Congresso.

"Bolsonaro entalado no funil do Inferno..." e "... respescagem no Juízo final" valeram a crônica sugestiva das várais visões do Inferno de Dante. Mas brinca não, Conti. A república evangélica bozofrênica está infestada de bozocrentes e, agora, o avatar de Torquemada em sua versão calivnista no STF, sei não. Em breve revivals de piras de livros queimando nas praças. Acabando os livros, novas piras com autores, tradutores, leitores, livreiros, cronistas... Nem sempre nessa ordem. Fui.

Fantático não li os "Nove ensaios Dantescos" do JLB, mas vouler