Antonio Prata > O Brasil que deu certo ou que poderia ter dado Voltar
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Muito bom!
Preliminarmente, devo observar que o Millôr morava em Ipanema há muitos anos quando inventou o frescobol. O artigo retrata brilhantemente a mentalidade anos 1960 da elite intelectual da Zona Sul que "descobriu" os subúrbios, ficou fascinada e criou toda uma narrativa de exaltação. Passadas muitas décadas de decadência generalizada no Rio, creio que podemos ter uma visão mais crÃtica: os nossos subúrbios têm grande valor histórico, mas a atualidade é lastimável: bala, bÃblia, funk e desmatamento.
A história do futebol carioca no inÃcio do século 20 mostra como as ligas suburbanas forjaram os craques negros e mulatos que surpreenderam ganhando a liga principal em 1923 com a ascensão do Vasco. Os comerciantes portugueses pagavam os craques para jogar, empregando-os de fachada em suas lojas. Antes disso só os filhos de papai, sócios do Botafogo, Flamengo e Fluminense tinham tempo livre para se dedicar ao futebol.
Estou sofrendo censuras abusivas desse jornal, que saco!
Eu também. Um texto com português correto e sem uma única palavra grosseira ou ofensiva foi para a "moderação"...
Lindeza de texto, Prata. Torcer pra que ela, ou parte dessa galera, nossas raÃzes mais profundas e fortes, que foi enganada e torpedeada por mentiras na última eleição, se vingue, e vote certo agora. Vamos tomar de volta nosso paÃs. Censura nunca mais, Folha!
O que há nessa msg para ser avaliada? Nada! Só vontade de controle, mesmo, né Folha?
Sou do Interior do Estado do RJ, mas morei em Realengo e estudei um tempo em Madureira. Povo inteligente, observador e sobrevivente, viva o subúrbio, viva a vida e eles podem nos ajudar a entender a 'estória' desse paÃs. Parabéns Prata.
Pratiscopista contumaz, o Pratinha pratiscopeia a preta prata carioca, eita! Cara, nunca vi o tanto que "esse povo" - a crasse mérdia e assima - esnoba a perifa. Rapá, moro numa chácara periférica há décadas, junto duns iguais e incontáveis diferentes, a maioria com menas dindin. E sempre fui feliz. Bem como em Portugal: no subúrbio, cheio de velhos e quintas, cachorros e ruÃnas, muros adoravelmente mofados e jardins de tomates e hortênsias. A perifa, pr'eu, é vida e glória Severinas!
Turistar na zona norte do rio ou nos incontáveis subúrbios do paÃs e dali tirar poesia é mole, como dizem os cariocas. DifÃcil mesmo é tirar dali a sobrevivência diária.
Como diria o paulistano Arnaldo Antunes, "O pulso ainda pulsa!"
Bravo!!!
Texto excepcional, como de hábito. E se entende aonde quer chegar. EsperançaÂ… Nada está perdidoÂ… Ninguém resiste à pulsação de dezenas de tambores ao ritmo do samba. Dançar e cantar a beleza do amanhã é consequência certa. O problema é que, ao cessar a música, só restam as mazelas desse subúrbio sem lei. DifÃcil ser otimista. Metáfora perfeita para um Brasil que passou em minha vida.
O Brasil deu certo para os banddidos disfarçados de polÃticos que temos é seus seguidores.
Nosso consolo é o choro! Infelizmente choramos e mamãe não ver....
Excelente texto, uma séria reflexão sobre um paÃs que não tem caminhado para melhoras.
Mario Prata agora deu pra escrever textos sobrenaturais. Sempre escreveu bem, magina agora com ajuda do além. Deu pra ver daqui, ao leitor atento, os espÃritos dando palpite, um de cada vez, ou em coro, todos a um só tempo. Pixinguinha, Sinhô, Mestre Cartola, Wilson Batista, Nelson Cavaquinho. Noel. Sentado ao fundo, no escuro, divertido, AloÃsio de Azevedo, que em O Cortiço, da pobreza, primeiro, cantou a nobreza. Vamox ajudar o polixta.
Maravilhoso! E vem coisa boa por aÃ...
Lindo o que você escreveu Prata! Gostaria de saber colocar no papel o que sinto quando leio os teus textos.
Genial. O Rio Além do Túnel, no entanto, não se restringe a outro tipo de maniqueÃsmo - na verdade, cliché - formado pelos extremos alegria e violência. Pode ter certeza: é bem mais complexo e difÃcil de avaliar.
Pode dar certo, sim. Com nossas peculiaridades, já fomos a sexta economia do mundo. Fiquei pensando em algo : Não sei, mas acho que nunca fizeram um concurso para saber quem é o maior vilão da nossa História. Talvez pelo excesso de candidatos. Mas agora surgiu um que é imbatÃvel! No futuro virará hors concours
Lamento, mas acho que trata-se de glamourização da decadência persistente. Nasci e vivi décadas no subúrbio do Rio, mas tirando o Niltão do meu Glorioso e meus amados familiares que lá resistem, sobra muito pouco para se orgulhar.
Me lembrei do hotel Flamengo Palace, no qual fiquei hospedada no Rio para realizar uma pesquisa, isso há vinte anos, agora virou hotel decadente da Zona Sul, passando por reforma para se tornar prédio residencial, juntamente com outros, conforme reportagem desta Folha. Esse grupo D de escolas de samba tem mais a mostrar do Brasil: arte para deixar de sucumbir diante dos prédios construÃdos pelas milÃcias e que matam pessoas.
Otimismo é bom, mas para quem morou décadas entre Piedade até Campo Grande, passando por Oswaldo Cruz e Madureira, suburbio do Rio, não há lugar para otimismo, com tudo que Antonio Prata observou. É preciso conhecer o dia a dia do povo, hoje cercado entre o narcotráfico, milicianos e evangélicos obscurantistas. Lamento.
Infelizmente é esta elite tacanha que manda, através inclusive deste jornal.
Aplausos. Muitos. Longos.
Escreve bem esse Prata!!!
E como ...
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Antonio Prata > O Brasil que deu certo ou que poderia ter dado Voltar
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