Ilustríssima > Cartas em tupi traduzidas pela 1ª vez mostram visão indígena sobre formação do país Voltar
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Estou ansiosa esperando para ler estas traduções! Como historiadora e como descendente indÃgena, carente de referências e de identidade.
Apesar de todas as diferenças, os povos encontrados pelos portugueses tinham algo em comum: todos estavam ainda na Idade da Pedra. Isso significa que não conheciam a roda nem a pólvora, e muito menos a escrita. Ou seja, viviam da caça, da coleta e de uma agricultura incipiente. Não significa que são inferiores
Reverenciar a memória dos povos originários: uma dÃvida a ser saldada em benefÃcio não só dos descendentes que sobreviveram, mas também de nossa própria humanidade.
Parabéns ao Prof. Navarro. Estas cartas são parte importante da história infame ocorrida nas terras hoje denominadas Brasil. Já naquela época os genocidas europeus faziam os Povos Originários guerrear entre eles e muitas vezes a favor dos genocidas. Nada muito diferente ao que acontece hoje. Por exemplo, bem recentemente mataram três IndÃgenas da Etnia Kaingang no RS em conflitos diretamente relacionados aos arrendamentos ilegais em territórios indÃgenas.
A história a contrapelo, como diria Walter Benjamin.
Um paÃs com outra lÃngua, mas somente o português é lÃngua de Estado. Será que os indÃgenas são “ menos” brasileiros?
Texto terminou com gosto de quero saber mais.
Achei interessante os potiguaras se comunicarem por escrito em tupi, a lÃngua comum a ambos os grupos, aqueles a serviço da Coroa portuguesa e a serviço da Companhia das Ãndias Ocidentais. Será que os empréstimos linguÃsticos do tupi-guarani advém dessa passagem da lÃngua falada para a escrita? A datação das cartas, o pronome de tratamento (senhor) e a designação do cargo na estrutura militar (capitão) estão em português, muito provavelmente por não haver termos equivalentes na lÃngua indÃgena.
Os empréstimos tupis entraram no português durante todo o perÃodo colonial, pois a lÃngua era falada numa região extensa do litoral e foi levada para o interior pelo processo de colonização a partir de São Paulo e do Maranhão. Quanto aos empréstimos do português para o tupi, quando não se criava um termo próprio, como "ybyrá ioasaba" (cruz), adaptava-se o termo português: "kabaru" (cavalo).
Dos Incas também temos registros através del Inca Garcilazo de La Vega ainda na época colonial, cujo livro é: Los comentarios reales de los Incas. Outra versão eh o: el primer nueva corónica, escrita pelo também amerÃndio Felipe Guamán Poma de Ayala. Duas versões, a primeira cavalheresca e a segunda uma das múltiplas denúncias ao clero, único patrocinador do invasor. O quechua idioma falado por mais da metade do Perú, também tem a mesma ordem na formação das frases, assim como o potiguar.
A história do Brasil ensinada nas escolas é aquela escrita pelos vencedores europeus.
Deveriam ensinar Tupi na escola. Acho absurdo não sabermos o significado dos milhares de lugares com nomes nessa lÃngua no Brasil.
Não há cursos de formação nem professores suficientes para isso; o único curso disponÃvel no Brasil é o da USP, ministrado pelo Prof. Navarro. Mas os interessados podem estudar por meio dos livros dele e das aulas no canal dele no YouTube.
Muito feliz com essa notÃcia! Parabéns ao professor. Que nossos parentes sejam lidos e ouvidos!! Maravilha!
Espere, Tupi tinha escrita ?
Não antes da colonização. Anchieta e outros padres jesuÃtas criaram para o tupi uma escrita baseada na do português da época. O mesmo fizeram Montoya e outros jesuÃtas de lÃngua espanhola para o guarani. Isto pode ser verificado nos catecismos e gramáticas escritos e publicados nessas lÃnguas.
O próprio texto dá uma explicação: ""Isso significa que, na hora de escrever, eles parecem ter registrado seu idioma materno "de ouvido", usando uma ortografia puramente fonética (imagine alguém que só conhece a forma falada do português escrevendo "táxi" como "tácsi" ou "táquissi", por exemplo).''"
Leia com atenção o texto
Parabéns ao prof. Navarro. Isso que ele fez é coisa de chinês. Haja paciência!
Excelente!! Espero que essas maravilhas estejam ao alcance de todos nós, o mais breve possÃvel.
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