É o Tradicionalismo de Guénon e Evola. Coisas de malucos. Misto de esoterismo, classe de seres humanos, tempos cíclicos. No fundo, parece ser medo da vida que segue e crença de que o fim vai causar grande mudanças, um novo tempo de que volta ao passado glorioso. Parece loucura, e é mesmo.

Infelizmente a humanidade caminha em círculo. Já, já chegaremos às cavernas novamente.

Em parte, o combustível para a desconfiança das 'elites globalistas' é comum tanto à direita como à esquerda. Por exemplo: o preço da grama dessas vacinas contra a Covid é da mesma ordem de grandeza da cocaína. É evidente que as grandes companhias lucram muito com elas. É difícil para muitas pessoas aceitar que o auto-interesse possa resultar em benefícios sociais. Adam Smith é um falso profeta para os 2 lados.

Estaríamos revivendo, com as devidas adaptações, o totalitarismo das décadas de 30 e 40 do século passado?

São as eternas contradições provocadas pela Liberdade. No entanto, prefiro as contradições suscitadas pela Liberdade às contradições suscitadas por um Estado Totalitário e Controlador. Pois, por meio da Liberdade podemos superar as contradições, coisa impossível num Estado Totalitário idealizado por Marx e seus fiéis.

Pôxa, eu ia elogiar o texto do João Pereira Coutinho, mas li o comentário do Hernandez...Como assim, o nobre escritor português, conhecido liberal, já fez elogios ao charlatão Olavo de Carvalho? Mas, dou-lhe um desconto, pois sua crônica-ensaio esclarece alguns pontos da nova direita.

E se a direita radical fizesse uma aliança com os radicais islâmicos contra a modernidade? Melhor nem pensar nisso.

Há uma frase que diz que duvidar é o primeiro sinal de inteligência, e eu acredito nela! Há outro dito filosófico, que diz que o homem só é bom quando lhes interessa! Num mundo superlotado de gente, não creio que haja uma preocupação com um percentual tão pequeno provocado por esta pandemia! À direita católica europeia, conhece bem as artimanhas dos charlatães! Não atoa que a Europa é um continente carregado de ateus e que tem os maiores condutores religiosos.

O autor certa feita cobriu de elogios um canastrão como Olavo de Carvalho, que não citou agora, entre outros da mesma espécie. Será que ele não havia percebido antes que Carvalho se opõe à modernidade? Sei tradicionalismo pré-moderno é absolutamente óbvio!

João Pereira Coutinho é uma das vozes mais lúcidas e inteligentes de nossa imprensa (embora seja português). Neste artigo, ele coloca a nu o cerne da direita: a recusa da modernidade.

Andei matutando bastante sobre esta questão, valendo-me de um paradigma diverso. Na Guerra do Vietnã os norte-americanos libertários eram contra a convocação compulsória, e se valiam da desobediência civil e da contracultura como esteio argumentativo. A direita defendia a intervenção e a rigorosa obediência às determinações estatais. Agora inverteu. A matéria ajuda a entender…

Nossa, que texto ótimo! De vez em quando parece que você coloca um terno na hora que vai digitar. Essa extrema direita faz fuá aqui no Brasil também, porém nossos radicais são menos tontos : O sujeito escreve aquele monte de barbaridades na Internet, mas depois vai lá esticar o bracinho. Como eu comentei ontem, há certas vantagens em sermos macunaímicos.