Um Juiz de verdade!

Sempre falei que um dos fatores que contribui com o magistrado na distribuição da justiça, é a sensibilidade

Há algo também neste relato que ressoa algo que Alysson Mascaro disse em uma palestra sublime que fez no TJ/SSp ( yt: Aula Magna TJ Sp), as decisões dos agentes forenses se dão por uma série de fatores pessoais, culturais, etc, externos aos textos legais. Primeiro juízes, promotores, delegados, etc. Decidem o que fazer com aquela situação e com a aquela pessoa, depois tratam de traçar um caminho legal que embase e justifique a decisão.

Obrigado por compartilhar, meus olhos marejaram. Não há ciência jurídica, lei, filosofia, empenho profissional que dê instrumentos aos profissionais presentes nestas audiências de reinvidicar um ato de justiça. A injustiça da vida de tirar o filho de um pai e fazer uma criança definhar desse jeito, criando ainda por cima um efeito cascata que arruina a vida do homem... haja injustiça! A justiça do humana não pode dar jeito nesta injustiça divina.

É uma lição a ser aprendida pelos operadores do Direito. Mais do que técnicos, somos humanos . Não me envergonho em dizer que , quando me dei por conta , algumas lágrimas corriam pelo meu rosto e me senti resgatado como ser humano .

Mais que um relato técnico, a crônica do fato e do desfecho dele são literatura, poesia e biografia das melhores (impossível ler, sem se inquietar, refletir e se emocionar). O autor não pode devolver o filho aquele homem, nem mesmo o emprego, nem cabia uma coisa ou outra a ele juiz. Mas devolveu-lhe a dignidade do gesto, e talvez o tenha reconciliado com a vida. Foi corajosamente justo e bom de uma forma difícil de ser neste mundo dos homens. Bravo Doutor Danilo.

Tudo isso diz muito mais sobre seres humanos do que sobre leis

Parabéns. Justo e perfeito.

A história é emblemática e a melhor que circulou nos últimos 10 anos de FSP. Não se ensina “prudência” nas Faculdades de Direito. Virtudes práticas parecem nascer em outros lugares. Essa aí foi Justica com letra maiúscula…. Quanto ao direito, feito por homens e mulheres, padece do desejo de almejar algo que não existe.