Hélio Schwartsman > Materializações do machismo Voltar
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Gostaria que a Claudia Goldin fizesse um profundo estudo sobre a tonelada de dados das mulheres que vivem nas periferias dos grandes centros das cidades brasileiras. A criança que aparece na charge estaria portando uma arminha de brinquedo e a coluna em que aparece o homem estaria vazia, porque a maioria desapareceu. Sem dúvida conhecer um cenário estranho ao que vivemos é instrutivo. Mas porque a mÃdia na maioria de suas matérias não escrevem sobre o cenário em que vivemos?
Excelente artigo. A charge de Annette Schwartsman além de pertinente ao conteúdo, é fantástica. Existe concurso para charges? Voto nesta.
Helio vc se esqueceu que quem dá base para o homem trabalhar é a mulher, pois os filhos são de ambos, assim vc reforça o machismo que tentou avaliar. Quase tudo é relativo. Cultura patriarcal difÃcil quebrar, mas um dia chegamos lá.
Interessante artigo. E gosto muito das charges de D. Annette
Excelente artigo ! Inteligente , elucidativo e, realista !
No mundo da produção de uma fábrica com turnos de revezamento fica difÃcil para as mulheres com filhos. O mecânico ou eletricista pode ser chamado a qualquer hora. Já no trabalho em escritórios não vejo muita justificativa exceto a crença de que as mulheres acabarão faltando mais, e alguém terá que cobrir as faltas. Sem falar na possibilidade dela simplesmente resolver chutar o balde e se dedicar, pelo menos por algum tempo, aos filhos.
Engraçado é o jornalista insistir na tese de machismo estrutural mesmo com os dados do livro mostrando que são diversos os fatores que levam as diferenças salariais ! O estudo mostra que se um casal optar para o homem ficar mais à disposição da famÃlia ele muito provavelmente ganhará menos que a mulher ! Simples, é só ter coragem de ver os dados e parar de ser militante !
Sem militância alguma, cara Eunice: o nosso levÃssimo Hélio indica claramente que "se isso se chamar machismo estrutural"... É o que é, e o nome pode até ser esse.
Não é machismo e o raciocÃnio está equivocado. Múltiplos fatores, já citados pelos comentaristas, influenciam nas promoções e diferenças salariais.
Dentre os fatores está a maternidade, que afeta, surpresa, mulheres. Portanto voltamos ao machismo.
Corrigindo : Desigualdade salarial entre homens e mulheres é balela, essa falácia é apenas um artifÃcio para as feministas obterem vantagens injustificadas. Se as mulheres recebessem salário menor para fazer o mesmo trabalho, os empresários , que não são tolos, contratariam apenas mulheres.
Hahahah, pândego!
Realmente, "em tese". Primeiramente que há questões que não dependem do casal (a não ser que que vc esteja se referindo apenas aos casais abastados, com condições de contratar empregados/as e creches), como com quem vai ficar os filhos; outra questão é que mesmo que o casal faça um "arranjo" diferente (tipo: o homem que vai cuidar das crianças), a "sociedade" não enxerga isso. Para ela, sempre que a escola ligar pra dizer que a criança está com febre, quem vai sair correndo desesperada é a mãe
Priscilla, se a "A sociedade estipulou o "papel" das mulheres (cuidar das crianças e dos idosos)" para o homem reservou o papel de provedor do lar. Dessa forma entende-se porquê da resistência dos homens em assumir a tarefa de cuidar dos filhos, o que pode reduzir seu salário e por em risco o bem estar da sua famÃlia.
Sim, Manila, por isso que o machismo é estrutural. A sociedade estipulou o "papel" das mulheres (cuidar das crianças e dos idosos) e por isso "aceita" a sua ausência (os cargos são os inferiores, os que pagam menos, etc.). Realmente se o homem começar a fazer esse papel, ele vai ser preterido, mas isso não vai fazer que a sua companheira seja enxergada de outra forma pela sociedade.
Em contrapartida a "sociedade" aceita melhor a ausência da mulher no trabalho que a ausência do homem, além do que, a exemplo da mulher, caso o homem comece a se ausentar demais do trabalho , em função dos filhos, ele também é preterido nas promoções.
Teste do arranjo: "Querido, assim não dá. Precisamos gerar prole. Mas, como tenho ambições iguais à s suas, você fica grávido, pare, amamenta por seis meses, diminuindo suas expectativas...". Parece que não funcionaria, não é verdade? A escolha mais difÃcil será da mulher: ter filhos, adiar o engravidamento ou não tê-los. E isso não é uma escolha de carreira, mas existencial, e onde esta não é possÃvel ou é restringida, tem-se injustiça estrutural. Contra ela não há arranjo que funcione...
É falso q basta um casal fazer arranjo diferente para q a discriminação contra as mulheres desapareça. Eu presenciei gerentes descartando promoções de mulheres pq haviam engravidado ou achavam q pretendiam engravidar (o argumento valia para qquer mulher jovem casada). O simples fato de engravidar (e o perÃodo pós-natal) era motivo de patinar na carreira. A menos q o colunista pretenda q no tal arranjo os homens engravidem, a solução não é tão simples.
Iago, você nunca presenciou isto porque não tem o menor sentido. E duvido que um sujeito como você teria capacidade para avaliar a competência de qualquer pessoa.
E eu já presenciei gerentes promovendo mulheres incompetentes simplesmente para parecer bacaninha para o movimento feminista nas redes sociais.
Desigualdade salarial entre homens e mulheres é balela, essa falácia é apenas um artifÃcio para as feministas obterem vantagens injustificadas. Se as mulheres recebessem o mesmo salário para fazer o mesmo trabalho, os empresários , que não são tolos, contratariam apenas mulheres.
Não é balela. Afeta até oportunidades. Já escutei um gerente recomendando não contratar mulheres, pois teria que ampliar o exÃguo vestiário feminino. Também já ouvi diversas vezes comentários sobre o problema(!) da licença maternidade.
Obrigado Paulo César. Corrigido.
Vc vive na macholandia ,um mundo paralelo regido por uma cultura machista e de negação da realidade .
Correto, Iago, mas acho que vc quis dizer que, se as mulheres recebessem salário menor para fazerem o mesmo trabalho, os empresários contratariam apenas mulheres.
Como se esses arranjos fossem obra puramente de escolhas privadas, de casais apertados da realidade e dos imperativos sociais. Tenha paciência, Hélio.
Porque o colunista, um gás nobre, enxerga apenas o topo da pirâmide. Nesse grupo há escolhas. Para os demais, há mais escolhos que escolhas.
Jogar luz nesse tipo de questão é sempre importante. Mas as radicais feministas não se importam com dados, elas querem mesmo é polemizar e se colocar como vÃtimas do dito machismo estrutural. É nessa quadra que elas se sentem confortáveis.
Ou eu entendi errado, ou ultimamente as mulheres ganham mais que os homens...
É, meu caro Hélio, eu sempre achei esquisita a afirmativa do "salário feminino menor", mas dava de barato sua correção, porque nunca trabalhei em RH - quando tive que contratar, sempre usei de "frilas" por projeto, e nunca paguei diferentemente. A hipótese que você levanta é realmente muito boa. Entretanto, como a mediana é medida posicional, seria interessante comparar a distribuição salarial, e não as médias: quanta gente está abaixo e acima da mediana?
Não posso falar dos Estados Unidos (embora o glass ceiling seja discutido langa décadas. No Brasil, discriminare deste cedo pela possibilidade de que as mulheres venham a casar e ter filhos. Pagam menos até porque acham que mulher precisa menos (ouvi isso) e não as promovem porque um dia vão tê-Los (ouvi isso também). O clube do bolinha funciona ainda. Que tal explicar o fenômeno de 4 milhões deixarem empregos todos os meses nos Estados Unidos. Isso é novo.
Essa seria outra informação interessante, cara Maria: como se distribuem os salários de homens e mulheres que trocam seus empregos? Comparar distribuições, e não médias, é uma visão que talvez traga insights diferentes. Talvez, também, comparar diferentes grupos de mulheres, com um e com três filhos, por exemplo.
A culpa é do casal. Gênio.
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